A DESPOLITIZAÇÃO DA ESFERA PÚBLICA EM JÜRGEN HABERMAS SOB A PERSPECTIVA SÓCIO-POLÍTICA<a href="http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v3i1.12657"><i> <b>[doi: 10.7443/problemata.v3i1.12657]</b></i></a>
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v3i1.12657Palavras-chave:
Jürgen Habermas, Esfera Pública, Política, Legitimação, IdeologiaResumo
O artigo faz a leitura de um tema fundamental explorado por Jürgen Habermas – A despolitização da esfera pública – sob a perspectiva sócio-política. Por este viés, a despolitização caracteriza-se pela mudança estrutural e funcional e conseqüente desintegração da esfera pública, pelo abandono da idéia de neutralizar a dominação e racionalizar o poder através do meio da esfera pública. Tal problema é examinado no contexto da mudança estrutural e funcional da esfera pública: o processo sócio-histórico pelo qual a esfera pública burguesa, estabelecida originalmente na sociedade civil, é gradativamente solapada sob a pressão econômica do sistema capitalista e a crescente influência dos meios de comunicação de massa. Nessa mudança estrutural e funcional, Habermas já aponta para o eclipse da esfera pública como instituição política e a conseqüente despolitização da sociedade. Esta despolitização revela o caráter negativo da política nas sociedades capitalistas avançadas, excluindo da comunicação pública temas inconvenientes para o sistema do poder e que poderiam, justamente, levar os indivíduos a promoverem a abertura de discursos problematizadores e, assim, a proposta que resguarde os interesses gerais e públicos e que oriente uma práxis emancipatória, baseada num modelo racional de esfera pública crítica. O texto é dividido em três partes: as mudanças estruturais e funcionais da esfera pública, que enfatiza o crescente intervencionismo estatal na base econômica da sociedade (1); a crítica ao caráter ideológico da técnica, que procura desvendar a relação existente entre razão instrumental e a dominação tecnocrática, e suas conseqüências na prática política (2); e a análise dos problemas de legitimação no capitalismo avançado, das modernas formas de legitimação de variante tecnocrática (3).
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