Alteridade e Educação em Levinas<a href="http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v4i1.16098"><i> <b>[doi: 10.7443/problemata.v4i1.16098]</i><b></a>

Autores

  • José Tadeu B. de Souza UNICAP - PE

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v4i1.16098

Palavras-chave:

Levinas, Subjetividade, Alteridade, Educação

Resumo

O texto tem o objetivo de apresentar a categoria de subjetividade e seus modos de expressão no pensamento de Levinas, como inspiração para o ensino de Filosofia. Seu pensamento emerge tendo como novidade fundamental a alteridade, que marca toda sua obra. Sua crítica ao pensamento ocidental reclama o fato de ele ter negado a significação do outro. Levinas constatou que os esforços da razão ocidental em explicitar as problemáticas questões do ser, os modos de conhecimentos possíveis e as formas de agir constituíram-se na própria identidade da Filosofia. A identificação entre pensamento e ser tornou o pensar incapaz de abrir-se para a alteridade. Assim, o pensamento atuou como um movimento circular, reduzindo o que era diferente à mesmidade. Ao primado da identidade do mesmo Levinas propõe uma transformação para o fazer filosófico, que atinge tanto os conteúdos nucleares e os métodos da Filosofia, como a sua perspectiva mais geral. No que concerne aos conteúdos, ele propõe a “ética como filosofia primeira”. A dimensão ontológica centrada no ser cede lugar ao humano como locus originário da busca da inteligibilidade e do sentido. O humano perde o caráter de objeto de investigação teórica e sujeito cognoscente e torna-se polo de uma relação intersubjetiva fundada no diálogo aberto e no respeito incondicional à diferença do outro. A subjetividade plasma-se como instância fundamentalmente ética e pode expressar-se no desejo desinteressado pelo outro; na responsabilidade por ele e tem como medida a desmedida do infinito; na escuta paciente de quem reconhece no falante uma autoridade ensinante; na hospitalidade, como aquele que se alegra pela visitação desarranjadora do visitante inusitado; no encontro face a face com o rosto de outrem que traz uma significação originária e originante de novos sentidos: dizer de aprendizes e ensinantes.

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Biografia do Autor

José Tadeu B. de Souza, UNICAP - PE

Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, Professor Adjunto III da Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP, líder do Grupo de pesquisa Ética e Linguagem na Filosofia Contemporânea,  linha de pesquisa Éticas da alteridade. em@il: jtadeuoli@hotmail.com

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Publicado

08-06-2013

Edição

Seção

Artigos