Cem Anos de Respostas às “Diversas Questões” de Lanson

Autores

  • Geneviève Artigas-Menant

Resumo

A invenção dos manuscritos filosóficos clandestinos por Gustave Lanson em 1912 é incontestavelmente um dos elementos mais marcantes da pesquisa sobre o século XVIII na França. Para compreender a importância dessa descoberta e o grito de vitória que hoje ela proporciona, é preciso considerar sua lenta penetração na cultura universitária e a amplitude dos resultados da investigação lançada há cem anos. Com um título modesto, « Questions diverses sur l’histoire de l’esprit philosophique en France avant 1750 (Diversas questões sobre a história do espírito filosófico na França antes de 1750) », Lanson lançou um projeto, deu as pistas e elaborou um método. Em 1938 surgiu a notável síntese com a qual Ira O. Wade aplica ao pé da letra o programa lançado por seu predecessor. Em 1969 foi lançada a primeira de uma série de edições que se multiplicariam desde então num ritmo cada vez mais rápido. Em 1980, Olivier Bloch organiza o primeiro colóquio internacional de síntese sobre o fenômeno descoberto por Lanson. No mundo inteiro, investigação em bibliotecas, trabalhos, encontros, publicações não param de confirmar, de forma espectacular, a precisão das intuições de Lanson e a fertilidade do filão clandestino. Esse sucesso mundial foi acompanhado inevitavelmente de problemas de definição e de interpretação do corpus.

 

Palavras-chave: Anticristianismo, Corpus clandestino, Espírito crítico, Manuscrito filosófico, Século das Luzes.

 

[doi: http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v4i3.17161]



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