A FESTA POPULAR NA REPÚBLICA SOB A PERSPECTIVA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v9i4.39959Palavras-chave:
Teatro de comédia, Festa popular, República, RousseauResumo
Ao apresentar em sua Carta a D’Alembert a discordância à proposta da criação de um Teatro de Comédia em Genebra, Rousseau paralelamente expõe uma exaltação à festa popular. Buscando examinar a concepção de “festa popular” no pensamento rousseauniano, e defendendo a hipótese de que é possível compreender de que maneira a festa popular pode contribuir para a longevidade da república a partir da análise de alguns aspectos da Carta a D’Alembert e das Considerações sobre o governo da Polônia, o presente artigo se concentrará em quatro pontos: o primeiro, em um exame da proposta de um Teatro de Comédia para Genebra apresentada por D’Alembert; o segundo, na perscrutação da objeção de Rousseau à proposta d’alembertiana; o terceiro, em uma avaliação das razões pelas quais o autor genebrino preconiza que a festa popular é o espetáculo mais apropriado para a República de Genebra; o quarto (tendo como referência o texto sobre a Polônia) consistirá no enfrentamento da seguinte questão: de que maneira a festa popular pode contribuir para a durabilidade da república?
Downloads
Referências
KANT, Immanuel. Gesammelte Schriften. Hrsg.: Bd. 1-22 Preussische Akademie der Wissenschaften, Bd. 23 Deutsche Akademie der Wissenschaften zu Berlin, ab Bd. 24 Akademie der Wissenschaften zu Göttingen. Berlin 1900ff.
______. A Religião nos Limites da Simples Razão. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1992.
______. Antropologia de um Ponto de vista Pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras, 2006b.
______. Anúncio do término próximo de um tratado para a paz perpétua na filosofia. Trad. Valerio Rohden et al. Ethic@. V. 5, n. 2, 2006a, p. 221-233.
______. Crítica da Faculdade do Juízo. Trad. António Marques e Valerio Rohden. Segunda ed. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2010.
______. Crítica da Razão Prática. Edição bilíngue. Trad. Valerio Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
______. Crítica da Razão Pura. Trad. Fernando Costa Matos. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2012.
______. Crítica da Razão Pura. Tradução Valerio Rohden e Udo Baldur Moosburger. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999.
______. Do génio. Apresentação e tradução de Fernando M. F. Silva. Estudos Kantianos, Marília, v. 3, n. 2, Jul./Dez., 2015 p. 211-232.
______. Formas e princípios do mundo sensível e do mundo inteligível. Trad. Paulo R. Licht dos Santos. In. KANT, Immanuel. Escritos pré-críticos. São Paulo: Editora da UNESP, 2005, p. 219 - 282.
______. Metafísica dos costumes. Trad. [primeira parte] Clélia Aparecida Martins; [segunda parte] Bruno Nadai, Diego Kosbiau e Monique Hulshof. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2013.
______. Metaphysical foundations of natural science. Trans. and ed. by Michael Friedman. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
______. Observações referentes a Sobre o órgão da alma. Trad. e Notas de Zeljko Loparic. In. Kant e-prints. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, Vol. 2, n. 7, 2003.
______. Primeira Introdução à Crítica do Juízo. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. Coleção Os Pensadores. Volume XXV. Abril Cultural, 1974, p. 257 - 297.
______. Realidade e existência: lições de metafísica. Trad. Armando Rigobello. São Paulo: Ed. Paulus, 2002.
______. Sonhos de um visionário explicados por sonhos da metafísica. Trad. Joãosinho Beckenkamp. In. KANT, Immanuel. Escritos pré-críticos. São Paulo: Editora da UNESP, 2005a, p. 141 – 218.
BECKENKAMP, Joãosinho. Tinha Kant um conceito de espírito? O que nos faz pensar, [S.l.], v. 1, n. 32, dec. 2012.
DÖRFLINGER, Bernd. A ideia de Kant de um sentimento intuitivo no contexto de sua teoria do organismo. In: MARQUES, Ubirajara Rancan de Azevedo (Org.). Kant e a biologia. São Paulo: Editora Barcarolla, 2012.
FALDUTO, Antonino. The Faculties of the Human Mind and the Case of Moral Feeling in Kant’s Philosophy. Berlín/Boston, De Gruyter (Kantstudien- Ergänzungshefte), 2014.
GIANNOTTI, José Arthur. Kant e o espaço da história universal. In: KANT, I. TERRA, Ricardo (org.). Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. 3ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
LEBRUN, Gérard. Kant e o Fim da Metafísica. 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
MARTINS, Clélia Aparecida. Organismo no Opus Postumum. In: MARQUES, Ubirajara Rancan de Azevedo (Org.). Kant e a biologia. São Paulo: Editora Barcarolla, 2012.
ROHDEN, Valério. A função transcendental do Gemüt na Crítica da razão pura. Kriterion vol.50. Belo Horizonte, nº 119, Jun./2009.
ROHDEN, Valerio. Tradução em perspectiva: sobre algumas questões e dificuldades na tradução da Crítica da faculdade do juízo. In: ______ (Org.) 200 Anos da Crítica da Faculdade do Juízo de Kant, 1790 – 1990. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, Instituto Goethe/ICBA, 1992.
SANTOS, Leonel Ribeiro dos. A formação do pensamento biológico de Kant. In: MARQUES, Ubirajara Rancan de Azevedo (Org.). Kant e a biologia. São Paulo: Editora Barcarolla, 2012.
VAIHINGER, Hans. Kommentar zu Kants Kritik der reinen Vernunft. Stuttgart: Union Deutsche Verlagsgesellschaft, 1922.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).