A FILOSOFIA NO TERCEIRO GÊNERO – O INDECIDÍVEL PARA ALÉM DA SOBERANA SEXUALIDADE

Autores

  • Rafael Haddock-Lobo

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v9i2.41245

Palavras-chave:

pensamento brasileiro. sexualidade. teoria queer do conhecimento.

Resumo

Este artigo é uma longa confissão e uma promessa de retirar a filosofia do “armário” e, a partir dos rastros deixados por Derrida, ressexualizar a filosofia. Para tanto é preciso trabalhar com dois pontos que fundamentam este tipo de movimento: a questão da sexualidade na filosofia e o desenvolvimento de um pensamento brasileiro. O primeiro ponto leva à formulação de uma “teoria queer do conhecimento” que exalta a artificialidade contra qualquer defesa do natural e, sobretudo, denuncia a neutralidade e a universalidade como uma dessexualização do pensamento. O segundo ponto toca na ferida daquilo que se chama filosofia brasileira já que a sua inexistência seria oriunda da falta de amor à própria língua e de um receio a origem “impura” (no melhor sentido) da cultura brasileira. A partir deste movimento surge então a idéia de uma Filosofia no e do terceiro gênero; uma filosofia mestiça; uma filosofia das e nas ruas. Por fim, há um relato sobre a importância do deputado Jean Wyllys para a construção deste mundo fora do armário.

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Referências

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Publicado

24-08-2018

Edição

Seção

Dossiê Especial - MARGINAIS E CLANDESTINOS