TRAGÉDIA E NATUREZA. UM FRAGMENTO DA CORRESPONDÊNCIA DE HÖLDERLIN
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v10i5.49131Palavras-chave:
Hölderlin, Tragédia, NaturezaResumo
O artigo examina passagem epistolar de Friedrich Hölderlin em torno da noção de Natureza, tendo em vista a apresentação de sua concepção do trágico. Liga-se o conceito hölderlineano aos de Necessário e Todo, títulos para a determinação metafísica da Liberdade. Para introduzir a apropriação conceitual proposta, observa-se, de início, a posição diderotiana sobre a arte dramática, cujo horizonte parece ser estético-pedagógico, o natural sendo concebido como meio e submetido à moral. Notas do conceito de “necessário”, em Aristóteles, são ligadas ao conceito de Todo, e servem de conexão para a interpretação da Natureza, na carta examinada. Se esta é referida ao Todo, então o corpo e a vida do homem são naturais sob o modo de sua pertença ao primeiro – a verdade do orgânico, assim como a unidade de sentido da vida humana, repousa na conexão com a Natureza concebida como totalidade metafísica. O trágico será mostrado, por conseguinte, como dinâmica de unificação com o Todo, e a tragédia, como apresentação dessa unidade mediante a ruptura do centro de sentido consignado no “herói”.
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