A CRÍTICA DO VALOR NO LIVRO TERCEIRO D’O CAPITAL:
MARX E A ATUALIDADE DO CONCEITO DE CAPITAL FICTÍCIO
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v10i4.49724Palavras-chave:
Marx, O Capital, Capital fictício, Valor, Virtualidade realResumo
Este artigo consiste em uma leitura imanente de parte do livro terceiro d’O Capital, no que diz respeito especificamente ao conceito de capital fictício (fiktives Kapital) e como este se constitui a partir do sistema financeiro de crédito e daquilo que Marx denominou de negócios fictícios (Scheingeschäften). Apresenta o conceito de virtualidade real para tentar contribuir na compreensão do processo global de produção capitalista, e seu movimento fetichista estabelecido como uma contradição entre conteúdo e forma na constituição das relações sociais sob a forma do valor (Wertform) autonomizada. Relaciona a leitura imanente do livro terceiro com outros textos marxianos e, de maneira sincrônica, problematiza como ficam as formulações de Marx no que tange à contemporaneidade da era digital, com o propósito de demonstrar a atualidade da crítica marxiana diante do tempo presente.
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