COMUNIDADE (GEMEINDE) ENTRE LÓGICA E POLÍTICA NAS LIÇÕES SOBRE A FILOSOFIA DA RELIGIÃO DE HEGEL

Autores

  • Rodrygo Rocha Macedo Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v11i4.52226

Palavras-chave:

Hegel, Política, Religião, Lógica, Comunidade

Resumo

O presente artigo tem o propósito de explicitar como o projeto político de Estado que Hegel delineia na Filosofia do direito (1821) é retomado sob o conceito de “comunidade” (Gemeinde) nas Lições sobre a filosofia da religião (1821-1832) a partir do uso dos silogismos tais como apresentados na  Enciclopédia das ciências filosóficas (1830) e da Ciência da lógica (1816). O Estado racional, fundando-se nas diferentes dimensões da vida humana e reconhecendo-as como suas próprias, materializa um projeto coletivo viável somente quando as liberdades individuais são resguardadas. Na Filosofia do direito, a realização do Estado se dá pelo acúmulo de etapas prévias, como é o caso da vontade, a qual abrirá caminho para a moral e a eticidade. Por outro lado, Hegel, nas aulas que compõem as Lições sobre a filosofia da religião, se deterá no conceito de “comunidade”. Assim como o Estado, a comunidade também é um arranjo social, com ritos e normas próprios, cujos participantes adquirem senso de pertença e unidade. Com propósitos políticos semelhantes ao Estado, a meta da comunidade é a manutenção do grupo a partir de uma ordem constituída e coletivamente assimilada. O papel político da comunidade, portanto, é melhor visualizado ao quando a teoria política de Hegel é conectada com a filosofia da religião a partir dos elementos  “liberdade”,  “finito”, “infinito”, “conceito" e "verdade" da lógica de Hegel.

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Publicado

04-12-2020