ROUSSEAU E THOREAU:
A SAGA DOS PENSADORES CAMINHANTES
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v14i3.66262Palavras-chave:
Rousseau, Thoreau, caminhadas, filosofia da naturezaResumo
Nosso objetivo no presente artigo é examinar o papel das caminhadas em meio à natureza, enquanto ponto de contato e aproximação entre as obras de Jean-Jacques Rousseau e Henry David Thoreau. Indiretamente, faremos a aproximação de ambos os autores em relação à tradição dos antigos filósofos cínicos, em especial com Diógenes, o cão. As caminhadas em meio à natureza servem em nosso entender, como instrumento de crítica dos ambientes urbanos corrompidos e também como forma de reflexão e autoconhecimento filosófico. Os dois autores em tela foram fundamentais para consolidar as caminhadas enquanto práticas filosóficas de contato dos homens com a natureza. A prática da caminhadas encontra-se descrita de forma abundante ao longo das obras de Rousseau e Thoreau.Nesse sentido, as caminhadas de natureza configuram-se enquanto elemento fundamental da filosofia da natureza de ambos os autores. Para atingirmos nosso objetivo, nos concentraremos principalmente no exame das Confissões e dos Devaneios de Rousseau e em Caminhando e Walden, de Thoreau.
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