ENSAIO A RESPEITO DO MEDO DA MORTE DE SI E DO MEDO DA MORTE DOS OUTROS
DUAS REFLEXÕES DE PERSPECTIVA SCHOPENHAUERIANA
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v15i2.69324Palavras-chave:
Schopenhauer, morte, filosofiaResumo
O presente artigo tem um aspecto ensaístico para refletir a respeito da morte na filosofia. Para tal, o texto está separado em dois tópicos principais: I) da relação do filósofo com o medo da própria morte, onde proponho digressões a partir da máxima de Platão: “O homem que vejas lamentar-se diante da iminência da morte é porque não era, em fim das contas, um filósofo” (Fédon, 68c) para, por conseguinte, discorrer sobre o estilo de vida solitário, simples e uniforme dos filósofos, donde surge o segundo tópico principal: II) da relação do filósofo com o medo da morte dos outros. Neste tópico, minhas reflexões partem da ideia de que filosofar não é tão somente aprender a morrer, mas também, aprender a lidar sabiamente com a morte dos entes queridos e amados. Para tal, surgem algumas questões interessantes, como por exemplo: por que a morte dos jovens é mais sentida do que a dos idosos? E ainda, por que a morte dos jovens ainda continua sendo mais temerariamente sentida do que a morte dos bebês? O quanto se pode realmente estar preparado para o dia final dos amigos e dos amados, dado que este dia sempre pode ser hoje?
Downloads
Referências
ALVES, A. “Aristóteles na perspectiva da liberdade intelectual na obra Sobre a liberdade da vontade, de Schopenhauer”. Revista Paranaense de Filosofia, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 167–183, 2021. DOI: 10.33871/27639657. 2021. 1. 1.5885.
ALVES, A. “A liberdade intelectual em Schopenhauer” (Dissertação) UEL – Universidade Estadual de Londrina, p. 222, 2023.
AIRES, M. Reflexões sobre a vaidade dos homens – Carta sobre a foturtura. Transcrição e adaptação ortográfica: André Campos Mesquita. São Paulo: Editora Escala, s/d.
BRAZZA. F.; PROD, P.; LOTTO, P. Canção: Meu Fantasma – Álbum: Rima após a morte. White Monkey Recordings, 2021.
CAPRA, F. O Tao da física: um paralelo entre a física moderna e o misticismo oriental. Trad. José Fernandes Dias. São Paulo: Cultrix, 1995.
COULANGE, F. A cidade antiga: estudos sobre o culto, o direito, as instituições da Grécia e de Roma. Trad. Jonas Leite e Eduardo Fonseca. São Paulo: Hemus, 1975.
DARWIN, C. A origem do homem e a seleção sexual. Trad. Eugênio Amado. Belo Horizonte: Garnier, 2021.
DARWIN, C. A expressão das emoções nos homens e nos animais. Trad. Leon de Souza Lobo Garcia. Prefácio de Konrad Lorenz. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
DEURSEN, F. V. 3 mil anos de guerra: como 30 séculos de sangue, suor e bala criaram o mundo em que você vive. São Paulo: Abril, 2017.
DIDEROT. Carta sobre os cegos: endereçada àqueles que enxergam. Trad. Antonio Geraldo da Silva. São Paulo: Editora Escala, 2006.
DOSTOIÉSVKI. F. Gente pobre. [Frase da epígrafe, p. 136-137]. Trad. Fátima Bianchi. São Paulo: Editora 34, 2009.
FENWICK, P. “As experiências de quase morte (EQM) podem contribuir para o debate sobre a consciência?”. Trad. Adriana Sleutjes. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, n. 40 (5), 203-207, 2013.
GREYSON, B. (2007). “Experiências de quase-morte: implicações clínicas”. Trad. Ana Catarina de Araújo e Alexandre Augusto Correa Macedo. Revista de Psiquiatria Clinica, São Paulo, n. 34 (supl.1), 116–125, 2007.
KROPOTKIN, P. Ajuda mútua: um fator de evolução. Trad. Waldyr Azevedor Jr. São Sebastião: A senhora editora, 2009.
LA ROCHEFOUCAULD. Máximas e reflexões. Trad. Antonio Geraldo da Silva. São Paulo: Editora Escala, 2007.
LOBATO, M. D. “A concepção filosófica da morte em Schopenhauer”. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], n. 17, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/12907
MONTAIGNE, M. Ensaios (1, 2 e 3). Trad. Sérgio Millet. São Paulo: Editora Abril, 1980.
MORAES, E. “As mortes de Euclides da cunha e seu filho”. Site OAB-SP.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral: uma polêmica. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
PANICHI, N. Montaigne: A consciência crítica do renascimento. Trad. Felipa Velosa. Osasco: Salvat, 2017.
PLATÃO. Fédon. Trad. Maria Teresa Schiappa de Azevedo. Coimbra: Livraria Minerva, 1988.
PICOLI, G. T. “Metafísica em tempos de pandemia: consolo schopenhaueriano para o espanto em face da morte”. Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, [S. l.], v. 11, n. 3, p. 178–188, 2021.
SAFRANSKI, R. Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia. Trad. William Lagos. São Paulo: Geração Editorial, 2011.
SCHOPENHAUER, A. Aforismos para sabedoria de vida [PP I]. Trad. Jair Barboza, revisão Karina Janini. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação [W I]. Trad. Jair Barboza, 2ª. Ed. revisada. São Paulo: Editora Unesp, 2015.
SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação. Tomo II. [W II]. Trad. Jair Barboza, São Paulo: Editora Unesp, 2015.
SCHOPENHAUER, A. Sobre a ética [PP II]. Trad. Flamarion C. Ramos. São Paulo: Hedra, 2012.
SCHOPENHAUER, A. Sobre a filosofia universitária [PP I]. Trad. Maria Lúcia Cacciola e Márcio Suzuki. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
UPANISHADS. Upaniṣadas: os doze textos fundamentais [Chāndogya Upanisad] [ChU]. Tradução, introdução e notas Adriano Aprigliano. São Paulo: Mantra, 2020.
WHRIGT, R. O animal moral: porque somos como somos: a nova ciência da psicologia evolutiva. Trad. Lia Wyler. Rio de Janeiro: Campos, 1996.
WEBER, C. G & WEBER, J. F. “Morte ideia e indestrutibilidade do nosso ser em Schopenhauer” (Revista Kínesis), Kínesis, Vol. XV, n° 39, dezembro 2023, p. 89-109.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Antonio Alves Pereira Junior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).