TY - JOUR AU - Ataíde, Cleber AU - Antônia Caroline Alves da Silva, AU - Helder Aquino de Melo, AU - Alves da Silva, Sheila Daniela PY - 2021/10/11 Y2 - 2024/03/28 TI - A REPRESENTAÇÃO DO ACUSATIVO NAS FORMAS DOS PARADIGMAS ‘TU’ E ‘VOCÊ’ EM CARTAS DE AMOR DO SÉCULO XX: DO LITORAL AO SERTÃO DE PERNAMBUCO JF - PROLÍNGUA JA - PROLÍNGUA VL - 16 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.22478/ufpb.1983-9979.2021v16n1.58717 UR - https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/prolingua/article/view/58717 SP - 202-216 AB - <p>Neste artigo, buscamos analisar a representação do acusativo nas formas dos paradigmas <em>tu</em> e <em>você</em> nas cartas de amor do litoral e do sertão pernambucano. Tomamos como base os resultados alcançados em estudos prévios do Projeto Para a História do Português Brasileiro (PHPB), visando ampliar as pesquisas a partir do acervo documental de manuscritos pernambucanos dos séculos XIX e XX. O <em>corpus </em>selecionado constitui-se de 80 cartas de amor, sendo 40 cartas trocadas por um casal da região do litoral e 40 trocadas por um casal do sertão pernambucano. Para analisar o contexto morfossintático acusativo nas cartas pernambucanas, adotamos trabalhar com um grupo de fatores específicos, a fim de sistematizar a análise por meio da rodagem dos dados no programa Goldvarb X: tratamento na posição de sujeito, forma de representação, padrão de organização sintática, sexo, faixa etária, período, parentesco, localidade e subgênero. Nas análises, o quadro geral de uso dos acusativos evidenciou que os pronomes do paradigma de terceira pessoa - <em>você</em> no litoral e <em>lhe</em> no sertão - foram as estratégias predominantes nas cartas.  O clítico <em>te</em>, em ambas as localidades, foi a segunda estratégia mais utilizada pelos missivistas. No sertão foi computada uma ocorrência do clítico <em>o/a</em>, estratégia ausente no <em>corpus</em> litóreo. Esse panorama parece mostrar um movimento de “instabilidade-estabilidade” na função acusativa, uma vez que a partir da inserção da forma <em>você</em> no paradigma pronominal brasileiro, houve uma reorganização dos subsistemas em que formas de terceira pessoa podem ser predominantes (ainda que timidamente), mas que não conseguem excluir/minimizar o uso do clítico <em>te</em> nessa função.</p> ER -