Revista Abordagens https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs <p>A Revista Abordagens é uma publicação científica do corpo discente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba (PPGS/UFPB). Trata-se de um periódico com publicação semestral, meio de divulgação eletrônico, com uma linha editorial plural, cujo objetivo é o de construir diálogos e promover a disseminação de pesquisas que abordem o campo sociológico e áreas que com ele dialogue.&nbsp;</p> <p><strong>ISSN:</strong>&nbsp;2674-824X</p> pt-BR Revista Abordagens 2674-824X ANTROPOLOGIA DA MORTE E METODOLOGIA: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70079 <p>Neste estudo, abordarei as metodologias empregadas na pesquisa para minha dissertação intitulada "Trabalhar com a morte é não parar de pensar nela": um estudo antropológico sobre as práticas dos profissionais de saúde do Hospital Napoleão Laureano com os pacientes com câncer em cuidados paliativos (SILVA, 2021). O Hospital Napoleão Laureano (HNL) é uma referência no tratamento de câncer na Paraíba. A pesquisa é qualitativa e baseada na observação participante, sob a perspectiva da etnografia hospitalar. Este trabalho tem como objetivo descrever os desafios enfrentados no campo e as questões éticas que permearam a investigação, contribuindo para o entendimento dos obstáculos na construção da dissertação. Por fim, descrevo os eventos que facilitaram minha inserção no hospital, apresento os processos da pesquisa e os agentes sociais investigados.</p> Weverson Bezerra Silva Bezerra Silva Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial Análise das ações direcionadas ao artesanato Warao https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70160 <p>Pessoas migrantes e refugiadas encontram diversas dificuldades durante o processo de deslocamento ao país acolhedor. Para garantir o respeito aos seus direitos básicos e a dignidade humana essas pessoas praticam atividades que possam gerar renda. Entretanto, para a garantia dessas atividades e o respeito aos direitos humanos, são necessárias políticas públicas direcionadas ao desempenho dessas. Nesse sentido, o artigo tem como finalidade, a partir do caso dos indígenas venezuelanos da etnia Warao que praticam o artesanato, apresentar uma pesquisa das ações desenvolvidas junto ao artesanato Warao no Brasil e analisar as políticas públicas destinadas a esse artesanato e quais são as possíveis razões para a ausência dessas políticas públicas visando identificar se os marcadores sociais presente nesses grupos contribuem para a execução ou falta dessas políticas públicas.</p> Rodrigo Marinho Alexandre Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial APROXIMAÇÕES METODOLÓGICAS ENTRE O DESIGN GRÁFICO E A ANTROPOLOGIA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70151 <p>A cultura indígena corresponde a um conjunto de particularidades que simbolizam um determinado grupo social. Desde antes da colonização, os povos indígenas da etnia Potiguara habitam o litoral do estado da Paraíba e encontram-se territorialmente distribuídos em 32 aldeias localizadas no município da Baía da Traição, no Litoral Norte paraibano. Através da pesquisa, ainda na graduação em <em>design</em> gráfico, foi possível registrar práticas e elementos do cotidiano dos Potiguara buscando estabelecer através das imagens uma linguagem narrativa que pudesse revelar as riquezas culturais desse povo para a sociedade paraibana, além de provocar novas reflexões acerca das tradições e preservação das práticas ancestrais, utilizando da fotografia documental e do <em>design</em> editorial para construção do trabalho final, resultando num protótipo de fotolivro. O presente trabalho, em seu recorte, busca apresentar como o uso de um glossário visual, isto é, um glossário que unifica as imagens junto aos significados atribuídos pelos próprios Potiguara pertencentes a três aldeias em particular, Aldeia do Forte, Alto do Tambá e Lagoa do Mato, e podem aproximar metodologicamente o <em>design</em> gráfico e a teoria antropológica, buscando dar visibilidade às narrativas, sentidos e significados atribuídos pelos interlocutores.</p> Paula Luana Moreira Cruz Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial TRANSMATERNIDADE, SISTEMA PRISIONAL E VIOLÊNCIA DE GÊNERO: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70155 <p>No Brasil de acordo com os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA – no ano de 2022, 150 transexuais morreram. Deste número, 131 foram mortas por assassinato e outras 20 por suicídio. O que faz o Brasil ser ainda um dos países que mais matam LGBTQIA+, com destaque para região Nordeste. Contudo, opera-se uma subnotificação de tais dados por parte da política necro-estatal que não apenas busca inviabilizar as investigações, visto que, tratam-se corpos que não tiveram utilidade para a política neoliberal. A vida das pessoas trans, estando ou não vivas, é marcada por discriminação, violação e exclusão social. O objetivo deste texto é compreender os processos de violação de direitos humanos de mulheres trans privadas de liberdade, dando ênfase no exercício do direito à maternidade e como este último também é resultado de uma cadeia de violações que se interligam como um efeito dominó. Ao final, propõem-se que a educação em direitos humanos nos setores públicos e privados e a elaboração de políticas públicas é a melhor forma de fomentar a inclusão social e visibilidade de pessoas trans seja dentro ou foram do estabelecimento prisional e de coibir a violência de qualquer espécie contra elas.</p> Paulo Sergio dos Santos Campelo Marlene Helena de Oliveira França Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-06-21 2024-06-21 5 Especial Transposição Didática: Um Relato de Experiência Através do Programa de Residência Pedagógica na E.E.E.F.M. Dr. Otávio Novais https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70154 <p><span style="font-weight: 400;">O artigo propõe expor as experiências no exercício da transposição didática realizado através do Programa Residência Pedagógica - PRP, vinculado ao subprojeto de Sociologia – UFPB (RP – Sociologia). O processo de transposição didática é desenvolvido através do projeto de ensino-pesquisa intitulado “Povos indígenas no ciberespaço”, realizado com a turma de 2° ano do Ensino Médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (E.E.E.F.M.) Dr. Otávio Novais, em João Pessoa-PB, no ano de 2023. Ao longo do projeto são acionados conceitos antropológicos e sociológicos,&nbsp; como “cultura” e “relativismo cultural”, para discutir a relação dos povos indígenas no Brasil com o ciberespaço. A metodologia da pesquisa é qualitativa, com coleta de dados através de atividades em sala e análise de conteúdo com base no referencial teórico escolhido. Durante o projeto, os(as) estudantes realizaram pesquisas sobre a cultura dos povos indígenas brasileiros e sua relação com os meios digitais. Em conclusão, a experiência mostrou a importância da transposição didática no ensino de sociologia, tornando o conhecimento apropriado, contextualizado e compreensível para os/as estudantes. Além disso, o projeto permitiu uma reflexão sobre a relação dos povos indígenas com o ciberespaço no Brasil, promovendo uma maior valorização e compreensão da diversidade cultural na sociedade brasileira.</span></p> <p><strong>Palavras-Chave: </strong><span style="font-weight: 400;">&nbsp;Residência Pedagógica. Transposição didática. Ensino da Sociologia. Povos Indígenas brasileiros.&nbsp;</span></p> karolayne leonardo Rita Cassia Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial A TRANSGRESSÃO DA SEXUALIDADE E A IDENTIDADE DE GÊNERO NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70162 <p class="Default" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.0pt; font-family: 'Garamond',serif;">A partir dos pressupostos que entrelaçam a sexualidade até às distinções de gênero na perspectiva identitária, a comunidade LGBTQIA+ exerce um papel fundamental acerca do cenário político em específico nas representações do corpo. Ainda que perante o contexto acadêmico, a performance do corpo é inviabilizada pelos preceitos e preconceitos da sociedade cis normativa. Os dissidentes são direcionados à espaços que causam estranhamento e ao mesmo tempo aderem aos princípios de descontinuidade em torno de fatores físicos e biológicos. </span><span style="font-size: 13.0pt; font-family: 'Garamond',serif; color: #0d0d0d;">Para além desta análise, é proposto construções culturais, sociais e políticas que se materializam por meio de práticas performativas acerca da arqueologia do saber até a libertação dos desejos. A compreensão que se estabelece na dissidência, é direcionada perante a relação de espaço e tempo, do mesmo modo que especificam a própria sociabilização.</span></p> Salatiel Figueredo Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial GESTÃO DA FORÇA DE TRABALHO NO CAPITALISMO DE PLATAFORMA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70161 <p>Esse artigo resulta do esforço analítico e acumulativo das pesquisas em andamento, desenvolvida no âmbito da pós-graduação em Serviço Social e do Grupo de Estudos e pesquisas em Economia Política e Trabalho (GEPET), vinculados à Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Expressa os resultados iniciais da dissertação de mestrado, em andamento, do Programa de pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba. A proposta aqui é apontar alguns elementos sobre a gestão do trabalho no capitalismo de plataforma, a partir de uma pesquisa bibliográfica. O objetivo é compreender, a partir dos autores, como o capitalismo contemporâneo operado a partir das tecnologias digitais se apresenta em sua relação capital e trabalho.&nbsp; Entendemos tratar-se de uma pesquisa qualitativa, que deverá oferecer subsídios para a fundamentação teórico-metodológica do objeto de estudo que acena para o aprofundamento de análises no campo do capitalismo na relação capital e trabalho. A pesquisa corrobora a hipótese de que o capitalismo de plataforma, inicialmente, explora e aumenta a lógica da flexibilidade do trabalho ao submeter o trabalhador a uma gestão obscura e organizada por algoritmos.</p> Thais Lopes Vasconcelos Cláudia Costa Gomes Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial ABJEÇÃO, GÊNERO E SEXUALIDADE https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rappgs/article/view/70130 <p>O presente artigo, resultado de uma pesquisa bibliográfica, tem por finalidade tecer reflexões sobre gênero e sexualidade a partir da proibição do uso do banheiro pelas pessoas trans no Brasil. A lógica binária de gênero opera uma distinção dos corpos que estão fora da inteligibilidade e, por isso, devem ser controlados e normatizados, negando, assim, as diversas vivências afetivo-sexuais e identidades de gênero, a exemplo das pessoas trans. Concluímos que a abjeção aos corpos trans impõe uma vida de profundas e intensas violações a essas pessoas, a exemplo da proibição de utilizar o banheiro de acordo com seu gênero autodeclarado. &nbsp;</p> Iago Henrique Copyright (c) 2024 Revista Abordagens 2024-08-05 2024-08-05 5 Especial