TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA ADOTADA POR CIRURGIÕES-DENTISTAS PARA PACIENTES PEDIÁTRICOS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE NA CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB

Resumo

Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo identificar a terapêutica medicamentosa adotada por cirurgiões-dentistas na atenção básica em saúde, na cidade de João Pessoa – PB, voltada para pacientes pediátricos. Material e métodos: De um universo de 180 cirurgiões-dentistas que atuam nas Unidades de Saúde da Família da cidade de João Pessoa, a amostra foi composta de 30% destes profissionais (n=54), selecionados aleatoriamente, mediante sorteio. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um formulário contendo perguntas sobre os medicamentos prescritos para pacientes pediátricos, as situações clínicas nas quais os medicamentos são prescritos e respectivas posologias. Os dados foram analisados descritivamente. Resultados: Constatou-se que os antibióticos foram os medicamentos mais prescritos para pacientes pediátricos (96,3%), sendo a amoxicilina (76,9%) o fármaco de eleição, apontado como indicado preferencialmente para quadros de abscesso e/ou fístula (72,2%). O ibuprofeno foi o antiinflamatório de eleição (45,6%), sendo ele prescrito, com maior freqüência, para situações em haja presença de inflamação e dor (22,7%). Dentre os analgésicos, o paracetamol foi o preferido pelos profissionais (45,6%), recaindo sua principal indicação em quadros de dor sem infecção (34,8%). Os tranqüilizantes e os fitoterápicos se mostraram pouco utilizados pelos cirurgiões-dentistas, sendo seu uso apontado por dois profissionais e, no primeiro grupo medicamentoso, a indicação apontada foi para crianças com quadro de nervosismo no pré-operatório. Conclusão: Os antibióticos foram os medicamentos mais prescritos para pacientes pediátricos. Dentre os antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos, os grupos de fármacos mais utilizados, foram, espectivamente, as penicilinas (particularmente a amoxicilina), o ibuprofeno e o paracetamol. Os ansiolíticos e fitoterápicos se mostraram pouco indicados pelos cirurgiões-dentistas.