A INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE NA SAÚDE DO RECÉM-NASCIDO

Resumo

Objetivo: Verificar a influência do estado nutricional da gestante na saúde do recém-nascido. Material e Métodos: Estudo retrospectivo realizado em 260 prontuários de mulheres, de uma instituição hospitalar de Porto Alegre/RS, que realizaram pelo menos uma consulta de pré-natal e também realizaram o parto na instituição. Foram analisadas as características socioeconômicas, obstétricas e maternas por meio da análise descritiva inicial e aplicação dos testes Kolmogorov-Simornov, Qui-Quadrado e teste de Fisher, considerando um valor de significância de 5%. Resultados: Contatou-se uma população jovem com idade média de 29,2 ± 3,8 anos, constituída na sua maioria de mulheres nutíparas (49,2%) e multíparas (49,6%), com escolaridade maior ou igual a oito anos (98,1%). Observou-se que 62,3% iniciaram a gestação com estado nutricional adequado, 31,2% com excesso de peso e 6,5% com baixo peso. O ganho total de peso gestacional médio foi de 13,27 ± 4,22 Kg. A iniciação ao atendimento pré-natal em média foi com 12,9 ± 4,2 semanas de gestação. Com relação ao recém-nascido, 63,5% nasceram com peso adequado. Houve associação estatística do peso ao nascer com a altura materna (p = 0,001), peso pré-gestacional (p = 0,001), total de ganho de peso gestacional (p < 0,001) e número de consultas de pré-natal (p = 0,002). Conclusão: O ganho de peso gestacional adequado e o acompanhamento de pré-natal eficaz demonstraram ter um importante papel para o bom prognóstico neonatal.