PROJETO SESC SORRISO: O PESO DO COMPONENTE EDUCATIVO NO ÍNDICE DE CÁRIE

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência e distribuição de cárie dentária em escolares, entre seis e dez anos, participantes do projeto SESC Sorriso. Material e Métodos: Adotou-se abordagem indutiva, com procedimento descritivo e comparativo utilizando dados secundários de dois momentos: início do projeto e decorridos oito meses. Procedeu-se a análise estatística descritiva e inferencial (testes não paramétricos, a=5%). Resultados: A amostra consistiu de 74 meninos (49,7%) e 75 meninas (50,3%), idade média de 7,57 anos. A maioria (95,3%) já tinha ido ao dentista, 63,8% realizavam três escovações diárias e 30,9% nunca havia aplicado flúor. O ceo-d médio foi de 1,71 (± 2,50; IC95%:1,31-2,12), passando para 1,56 (± 2,36; IC95%:1,17-1,94), sendo 43,0% atribuído ao componente cariado e 49,0% ao obturado inicialmente; posteriormente os valores foram 30,0% e 63,0%, respectivamente. Houve diferença estatisticamente significante para os componentes cariado e obturado (p-valor<0,05). Já o CPO-D foi 0,26 (± 0,70; IC95%: 0,15-0,38) e após 8 meses chegou a 0,43 (± 0,77; IC95%: 0,22-0,47), tendo, inicialmente, o componente cariado contribuindo em 26,0% e o obturado em 74,0%, chegando a 24,0% e 76,0%, com diferença estatisticamente significante para o obturado (p-valor<0.05). O coeficiente de Gini variou de 0,69 para 0,71 na dentição decídua e de 0,88 para 0,84 na permanente. Conclusão: Portanto, os escolares apresentaram baixa experiência de cárie, entretanto há desigualdade na distribuição da doença, devendo o projeto priorizar o grupo mais acometido.