AS PRÁTICAS CULTURAIS E A RELAÇÃO COM O CURRÍCULO DA EJA NO MST: CRENÇAS, EMBATES E CONTRADIÇÕES

Autores

  • Divoene Pereira Cruz Silva
  • Rosa Aparecida Pinheiro

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v6i3.18988

Resumo

O presente artigo traz uma reflexão acerca das Práticas Culturais na Escola Municipal Francisca Leonísia e da relação destas com o Currículo da Educação de Jovens e Adultos -EJA no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -MST. Apresentamos neste estudo reflexões em torno das contradições existentes entre a religiosidade e os embates pela terra e pelo trabalho de uma comunidade essencialmente religiosa e contraditoriamente marxista. Propomo-nos a pensar a religiosidade e a luta no MST, nas práticas curriculares carregada dos ideais marxistas e impulsionada pelas crenças das pessoas pertencentes aos contextos de exclusão. Religiosidade e lutas, ambas coabitando e se desenvolvendo juntas, ocupando o mesmo espaço sociocultural, construído pelas pessoas jovens e adultas do assentamento rural em que desenvolvemos a nossa pesquisa. As reflexões ora apresentadas fazem parte da nossa pesquisa que trata do Currículo e das Práticas Pedagógicas da EJA no âmbito da educação do campo. A escola em foco localiza-se no Assentamento Rural Serra do Meio, município de Florânia/RN e se apresenta como lócus da nossa investigação qualitativa de caráter interpretativo, reflexivo e dialógico, em torno das práticas culturais, da religiosidade e da relação curricular estabelecida de forma intencional ou espontânea no contexto escolar do MST. Em síntese, esse trabalho se constitui enquanto um instrumento para uma reflexão coletiva e entendida como necessária aos aspectos culturais das pesquisas nesta área de educação.