Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec <p>A Revista Espaço do Currículo é uma revista eletrônica de <strong>qualis A3 (2017-2020) em Educação</strong>, organizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC), da Universidade Federal da Paraíba. Tem como objetivo socializar conhecimentos sobre abordagens curriculares produzidas em âmbitos Internacional e Nacional. Como espaço de divulgação eletrônica, a sua pretensão é facilitar e aprofundar o diálogo acadêmico, não de forma ruidosa, mas na perspectiva de dar visibilidade à relação existente entre sociedade, educação e currículo num mundo sem fronteiras. É uma publicação quadrimestral e reserva-se o direito de selecionar os artigos enviados, espontaneamente, e submetê-los à apreciação de um Conselho Editorial constituído por investigadores de diferentes instituições e países.</p> pt-BR <p style="margin-bottom: 8.0pt; text-align: justify; line-height: 150%;">Ao submeter um artigo à Revista Espaço do Currículo (REC) e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista Espaço do Currículo: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a REC redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.</p> rec@ce.ufpb.br (Profa. Dra. Ângela Cristina Alves Albino, Profa. Dra. Ana Claudia da Silva Rodrigues e Profa. Dra. Maria Zuleide da Costa Pereira) periodicos.ufpb@gmail.com (Portal de Periódicos da UFPB) Sat, 08 Apr 2023 18:11:57 -0300 OJS 3.3.0.5 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA DIANTE DO PROCESSO DE "FAVELIZAÇÃO" DO ENSINO MÉDIO ESTADUAL NO RIO DE JANEIRO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64261 <p>Este artigo discute a problemática da vulnerabilidade das práticas de exercício da docência e, consequentemente, do ensino-aprendizagem de adolescentes e jovens diante do regime de precarização da educação no Ensino Médio no estado do Rio de Janeiro, cujo processo histórico chamamos de “favelização”. A favelização da educação pública estadual, bem como as dificuldades enfrentadas pelos docentes para o exercício da prática pedagógica fazem parte um projeto institucionalizado de precarização do papel do Estado junto ao Ensino Médio público ofertado às camadas mais carentes da população do estado do Rio de Janeiro. Favelização do Ensino Médio é um “projeto” que tem suas raízes históricas no desenvolvimento desigual da educação, cujos seres mais afetados são as populações negras e as camadas populares; por esta razão precisa ser discutido e combatido na sua essência original – que é a educação básica. O artigo tem como metodologia de análise a pesquisa bibliográfica em fontes que tratam da experiência educacional e seus marcadores das desigualdades. Dados quantitativos públicos oferecidos por instituições pesquisa, teóricas e teóricos dos campos da Educação, Sociologia e Estudos Urbanos ajudam-nos a explicar este processo. Propomos que a resposta para o combate à favelização do Ensino Médio está no desenvolvimento de disciplinas e competências complementares desde a educação básica, visando a uma escola pública de qualidade que proporcione capacitação aos professores, equidade e integralidade de formação para todos e todas.</p> Rita de Cássia Gonçalo Alves, Marilia da Silva Rangel Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64261 Sun, 05 Mar 2023 00:00:00 -0300 O PAPEL REGULADOR DO COMITÊ GESTOR DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DA PARAÍBA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64786 <p>Neste artigo objetivamos analisar o papel assumido pelo Comitê Nacional de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na construção da Proposta Curricular da Paraíba. Para tanto, realizamos uma leitura crítica do papel do referido Comitê, no intuito de compreender o processo de formulação da referida Proposta. Com tal propósito,desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, conjugando com a documental e a empírica. Nesta última, elegemos como sujeitos um representante do comitê gestor e quatro da assessoria técnica que atuaram na elaboração da Proposta, especificamente, da parte que trata da educação infantil. Constata-se, pois, que todos os passos de como proceder a reestruturação curricular já havia sido pactuado pelo Comitê Nacional, representado por integrantes do Ministério da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação, Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, materializando-o no Guia de Implementação da BNCC. Desse modo, pretendeu-se realizar uma regulação de todo o processo de formulação para garantir o alinhamento à BNCC, limitando às ações e decisões da Comissão Estadual. Destacamos que há a resistência, por parte de diversas entidades educacionais, a tais documentos curriculares que objetivam alinhar à educação à lógica do mercado, além de que a complexidade das práticas pedagógicas revela que não são as determinações via decretos que modificam o fazer docente, embora possam influenciá-lo.</p> Adelaide Alves Dias, Ivanilda Dantas de Oliveira Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64786 Wed, 15 Mar 2023 00:00:00 -0300 A BNCC E O CURRÍCULO BASE DO TERRITÓRIO CATARINENSE https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65544 <p>Esse artigo, inscrito no campo das políticas educacionais, aborda, sobretudo, questões voltadas para a implementação e adesão à Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2017) e ao Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (CBTC/2019), apontando a entrada do neoliberalismo nas políticas educacionais como destituinte de um currículo específico para a educação infantil. Fundamentalmente, discutimos o contexto de implementação da BNCC/2017 e do CBTC/2019 das redes municipais de ensino da região metropolitana de Florianópolis que atendem a educação infantil, buscando identificar quais os municípios realizaram a elaboração de novas propostas curriculares, de forma a esboçar as especificidades adotadas por cada um dos nove municípios abordados. Porém, foram analisados os seis municípios que elaboraram suas novas propostas, observando, os dados documentais disponíveis em meio público digital – websites das referidas redes. Essa discussão a respeito da construção curricular significa, no limite, que as dinâmicas de políticas públicas educacionais deveriam se concentrar menos na automatização do sujeito, evitando que o neoliberalismo e práticas privatistas tornem-os alienados e voltados apenas ao mercado de trabalho.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Marilane Maria Wolff Paim, Danielle Ferreira Gonçalves Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65544 Wed, 15 Mar 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO E EDUCAÇÃO INFANTIL https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66133 <p>O artigo problematiza o currículo na Educação Infantil à luz do debate sobre concepções, legislações e (in) visibilidades. A discussão acerca de questões curriculares nesta etapa da Educação Básica tem ganhado espaço no movimento histórico da própria constituição da educação institucionalizada de crianças de zero a cinco anos, envolvendo sua função, finalidade, objetivos e organização, ou seja, sua identidade. Apesar desse espaço, não se trata de tema objeto de consenso entre intelectuais, docentes e pesquisadores da área. E isso se dá desde a própria concepção de currículo à sua relação com a Educação Infantil. Também, no âmbito das problematizações, ressaltam-se contextos e sujeitos ainda ausentes desse debate, o que também aponta para a garantia de direitos: as crianças de zero a cinco anos residentes em áreas rurais do país. Em meio às múltiplas teorizações que definem a(s) criança(s), a(s) infância(s) e sua educação, bem como seus desdobramentos em legislações, políticas e orientações para as práticas pedagógicas – que, por sua vez, impulsionam novas teorizações – emergem lacunas, desconhecimentos, invisibilidades – de processos, de contextos, de sujeitos, de práticas. &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> Denise Maria de Carvalho Lopes, Fernanda de Lourdes Almeida Leal, Ana Luisa Nogueira de Amorim Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66133 Tue, 04 Apr 2023 00:00:00 -0300 CONFLITOS ENTRE CORRENTES HEGEMÔNICAS E CONTRA-HEGEMÔNICAS NO CURRÍCULO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66093 <p>Nesta pesquisa, foi realizada uma análise de arquivo, tendo como objeto o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de um curso de licenciatura em ciências da natureza. A partir do referencial teórico da Educação Libertadora freireana, bem como outros referenciais críticos, e do referencial teórico-metodológico da Análise de Discurso franco-brasileira, buscou-se observar as condições de produção do discurso materializado no PPC. Por meio da análise, considerou-se que de seu interdiscurso são emergidos elementos como: articulação entre teoria e prática na formação docente; articulação entre ensino, pesquisa e extensão universitária; aproximação entre Universidade e Escola; pedagogia das competências. Por outro lado, alguns silenciamentos foram notados: filiações teóricas; jargões e lugares-comuns; discurso de equidade. Assim, concluiu-se que as perspectivas crítico-transformadoras não podem nem devem aparecer de maneira velada ou implícita num documento desta natureza. Em contrapartida, nesse movimento, é possível considerar o silêncio e a inconclusão presentes no discurso materializado no PPC justamente como pontos de deriva, de transformação e superação da lógica hegemônica.</p> Pedro Rocha, Renato Eugênio da Silva Diniz, Fernanda Cátia Bozelli Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66093 Wed, 29 Mar 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO ESCOLAR E AMAZÔNIA(S) https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66129 <p>A pesquisa tem por objetivo analisar como o currículo escolar mostra formas de ver e pensar a Amazônia (e seus habitantes). Adotou-se a abordagem qualitativa com ênfase em pesquisas bibliográficas. Diferentes estudos apontam o currículo como uma base ideológica composta por diferentes concepções que referenciam e direcionam as ações pedagógicas. Uma produção social, construída historicamente para atender as necessidades vigentes e que atua como um elo que articula saberes e as regras de controle. Constatou-se que a forma como o currículo é pensado, construído e implementado no contexto educacional irá refletir na apropriação de conhecimentos e vivencias dos indivíduos, pois é uma linguagem que não apenas representa o mundo, mas também produz este mundo e influência nas relações. A Amazônia é mostrada pelo currículo escolar como um o contexto homogêneo, habitado por pessoas que compartilham da mesma história, dos mesmos hábitos e práticas culturais, simbolizadas de maneira generalizada e vinculada ao período de colonização das Américas. As abordagens estão mais evidentes nas áreas da História e Geografia, porém os conteúdos estão mais associados aos aspectos <em>físicos</em> do que <em>humanos</em> e não dispõe de articulações, transmitindo a ideia de conhecimentos fragmentados. Diante disso, nota-se a relevância de uma proposta curricular e que contemple as especificidades do contexto amazônico, enfatize as diversas histórias, apresente as diversidades sociais, culturais e econômicas, assim como, mostre a existência de diferentes populações que habitam nesse ambiente. Saberes e ações que visem romper com as concepções fragmentadas, estereotipadas e distanciada da realidade.</p> Deisiane Aviz do Nascimento, Sandra Nazaré Dias Bastos Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66129 Sat, 22 Apr 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO E DISPUTAS https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66033 <p>Este texto tem o objetivo de explicitar uma proposta de debate e de análise de processos políticos que envolvem disputas em torno do currículo, bem como da formação docente no contexto de políticas recentes arroladas com a BNCC. Procuramos expor questões e apresentar elementos para pensar os discursos neoliberais sob dois quadros teóricos distintos, crítico e pós-estruturalista, respeitando nossas formações acadêmicas, estudos e trabalhos de pesquisa. Cônscios dos desafios, chegamos a alguns acordos que resultaram nesta elaboração escrita e que também estiveram presentes em um diálogo respeitoso de nossa apresentação no evento. A despeito da diferença, observamos em comum a oposição crítica às políticas neoliberais, as quais incidem sobre a educação uma força propulsora de discursos que estão travestidos da ideia de qualidade e de direitos, mas que, conforme nossos argumentos, acirram tanto a desigualdade social, como não contribuem para aprofundar processos sobre a diversidade cultural, alteridade e diferença.</p> Adriana Regina de Jesus, William de Goes Ribeiro Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66033 Wed, 05 Apr 2023 00:00:00 -0300 POLÍTICAS DE CURRÍCULO PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66177 <p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Candara, serif;"><span style="font-size: small;">Este artigo focaliza uma reflexão sobre como o nome conhecimento, mesmo sob intensas e distintas críticas no campo do currículo, tende a ser reafirmado como propriedade capaz de constituir subjetividades plenas, um sujeito professor dotado de determinada capacidade de fazer coisas em uma escola/mundo prometido. Problematiza o conhecimento defendido na política como aquilo desconhecido a ser apropriado por aquele que antes não era, para que passe a ser, torne-se o sujeito desejado por uma expectativa de estrutura/controle. </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Candara, serif;"><span style="font-size: small;">Para abordar um cenário possível de afirmações sobre relações entre o conhecimento na formação de professores, lança mão de contribuições da teoria do discurso, de Ernesto Laclau, e do pensamento da desconstrução, de Jacques Derrida. Com estes autores, tomo como principal aporte a ideia de subjetivação para pensar a projeção de subjetividades políticas em que se constituem hegemonias no campo do currículo em suas relações com o campo da formação de professores. </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Candara, serif;"><span style="font-size: small;">Pontua que tal perspectiva tende a negligenciar as produções contextuais que acontecem onde acontecem aqueles sujeitos professores/estudantes que não conhecemos, que fazem o que não sabemos na escola.</span></span></span></p> Hugo Heleno Camilo Costa Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66177 Sat, 22 Apr 2023 00:00:00 -0300 PRESSUPOSTOS PARA UM CURRÍCULO LIBERTADOR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66128 <p>O Brasil é um país demarcado pela institucionalização do currículo, onde este documento recebe uma importância demasiada, uma das formas de controle da ação das instituições de ensino pelo Estado, assim como da ação docente, não sendo apenas um norteador, mas uma forma autoritária de demarcação do controle do profissionalismo docente. Nesse sentido, alternativas mais democráticas para a formulações dos currículos se mostram como necessárias, e a teoria freiriana da Educação Libertadora se apresenta como uma das possibilidades. Assim, este artigo tem como objetivos apresentar e descrever os pressupostos do currículo dentro da Educação Libertadora. Para tanto, esta pesquisa é de natureza qualitativa, de nível descritivo, com abordagem de pesquisa bibliográfica e de cunho dedutivo. Ao todo, foram encontrados 12 pressupostos necessários à formulação de um currículo libertador. Ainda que alguns critérios possuam uma importância qualitativa maior que outros, todos eles compõem uma mesma práxis político-educativa, não sendo possível sua dissociação ou negligência no processo de formulação do documento. Assim, a democracia radical é o critério que baliza todos os demais, estando ela presente epistemicamente nos objetivos, nos meios, nas justificativas e todo conjunto teórico-prático que compõe a práxis libertadora. Nenhuma educação verdadeiramente libertadora aos moldes de Paulo Freire pode ser antidemocrática, antidialógica, segregacionista, antidialética, bancária.</p> Marcos Orso da Fonseca, Michel Corci Batista Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66128 Sat, 22 Apr 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO E DIFERENÇA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66134 <p align="justify"><span style="font-family: Candara, serif;"><span style="color: #000000;">Este artigo tem o objetivo de lançar uma reflexão sobre o currículo partindo de uma perspectiva pós-estrutural que entende a realidade social como sempre disputada politicamente. Nesse sentido, apresentamos, mesmo que de maneira rápida, algumas inquietações que emergem das disputas mais recentes no Brasil em torno da educação e do currículo e argumentamos, sobretudo, com base em outros trabalhos recentes, como uma política de currículo que valorize a diferença do outro, ao invés de querer simplesmente aniquilá-la, é, certamente, a possibilidade mais concreta de estabelecermos na educação espaços mais vivíveis para cada vez mais pessoas. </span></span></p> George Souza de Melo, Melanie Laura Mariano da Penha Silva, Thais Priscila de Souza Torres Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66134 Sat, 22 Apr 2023 00:00:00 -0300 “DA TERRA SAI UM CHEIRO BOM DE VIDA E NOSSOS PÉS A ELA ESTÃO LIGADOS” https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66132 <p style="font-weight: 400;">Trata-se, nessa intervenção, de mobilizar a categoria de “amefricanidade”, criada por Lélia Gonzalez, para reposicionar os debates sobre políticas curriculares e a produção dos currículos nos cotidianos de práticas educativas comprometidas com as lutas contra as desigualdades e discriminações raciais. A análise, que tem por esteio os processos de resistência à colonialidade em Améfrica Ladina e os enfrentamentos levados a cabo pelo Movimento Negro, desdobra as implicações da concepção amefricana do currículo, em consonância às Leis 10.639/03 e 11.645/08, tematizando limites, desafios e possibilidades decorrentes desse dispositivo jurídico e político-epistêmico. Busca-se, desse modo, refletir como a “descolonização dos currículos” impõe redimensionar o vocabulário, os imaginários e as práticas que se refletem em sua construção política, além do modelo parametrizado por categorias que não expressam a realidade dos territórios e das experiências dos sujeitos racializados na diáspora.</p> Diego dos Santos Reis Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66132 Wed, 29 Mar 2023 00:00:00 -0300 TENSÃO ENTRE MEMÓRIA COLONIAL E A MEMÓRIA DECOLONIAL NA CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65089 <p>Este texto tem como base e coluna argumentativa a ruptura com as metanarrativas epistêmicas e políticas da história e da memória única e, por conseguinte, universal gerada na e pela modernidade-colonial-capitalista-patriarcal-racista, como também o rompimento com a ideia universal de ser humano, de humanidade e de sociedade, por consequência, de cultura, de educação e de currículo. Assim, objetivamos, com esse artigo, evidenciar que tal ruptura nos abre caminhos para questionar ideias hegemônicas como civilização, cultura, ciência, conhecimento e principalmente história e memória e suas relações com educação escolarizada e currículo. Seguimos pelo caminho da revisão bibliográfica, atrelado à pesquisa qualitativa, propomos um diálogo sobre estas rupturas, compreendendo-as como essenciais para a reconstrução-produção de currículos descoloniais. Apoiamo-nos nas Epistemologias do Sul, principalmente, nos Estudos Pós-coloniais e Decoloniais. &nbsp;Nessa direção, entendemos que desvelar a Memória Colonial possibilitaria a construção da Memória Decolonial enquanto elemento fundante dos currículos e de sua materialização no chão da escola, contribuindo, assim, para o esfacelamento das heranças coloniais, ainda presentes nos currículos.</p> Janssen Felipe da Silva, Aline Renata dos Santos Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65089 Wed, 15 Mar 2023 00:00:00 -0300 ICONOGRAFIA DO TEXTO POLÍTICO-CURRICULAR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64420 <p>O artigo em pauta trata de como políticas de currículo e formação utilizam-se de textos imagético-verbais, apresentando-os como compreensões e orientações deônticas, configuradas, não raro, como fetiches. A partir de uma perspectiva crítico-cultural, o presente escrito compreende os processos de fetichização a partir de <em>espaços/tempos/sentidos</em> nos quais a produção de fetiches se realiza de forma culturalmente generativa (MACEDO, 2021). Na sua especificidade, opta em compreender a fetichização nas/das políticas de currículo e formação, vinculando-a a uma abordagem crítica aos movimentos de simplificação totalizante recorrentes nessas políticas, a partir dos textos imagético-verbais que veiculam, com significativas e preocupantes ressonâncias essencialistas nas instituições educacionais. Nesses termos, os argumentos produzidos por esse artigo direcionam-se no sentido de analisar como os fetiches presentes no texto curricular-normativo e nos seus entretecimentos “imagético-verbais” (BORGES, 2001; GOMES, 2004) se configuram, bem como potencializam essencialismos e “idolatrias”. (PINAR, 2014; MACEDO, 2021).</p> Roberto Sidnei Macedo Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64420 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 COMPLICANDO A CONVERSA SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O CURRERE https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66126 <p>Diante das mudanças climáticas ou “mutação climática”, como Latour (2020) define, e do avanço da ideologia neoliberal sobre as próprias vidas individuais e coletivas, o presente trabalho tem como objetivo construir elos entre a teorização curricular de Pinar (2007, 2016) e a Educação Ambiental, entendida enquanto uma rede espaço-temporais de experiências e relações. Tais elos se fazem necessários a partir das ideologias burguesas (im)postas pelas políticas públicas curriculares deliberadas nos últimos anos, agenciando uma determinada visão sobre as relações entre seres humanos e não-humanos por meio da Educação Ambiental, a partir de visões conservadoras e de pouca contribuição para uma luta sistêmica. A partir das experiências vividas cotidianamente e das histórias de vida dos sujeitos do currículo (professoras, professores, alunas e alunos), espera-se complicar as conversas dentro de sala, permitindo assim que a Educação Ambiental seja produto da construção humana local, agindo sob a realidade de vida de cada localidade, levando em consideração as especificidades dos sujeitos, além de suas subjetividades que permeiam a escola e a cultura e história onde esses sujeitos estão inseridos.</p> Guilherme de Azeredo Coelho, Rozana Gomes de Abreu, Juliana Milanez Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66126 Tue, 25 Apr 2023 00:00:00 -0300 O DISCURSO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO NEOLIBERALISMO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66124 <p>A veracidade de se pensar e realizar a educação de diversas e diferentes formas voz traz a possibilidade de construir e delimitar perspectivas e epistemologias particulares, o que inclui a Educação Ambiental (EA) e sua insurgência com o movimento ambientalista. Contudo, as pautas reivindicadas por este movimento foram sendo incorporadas ao aparato do sistema hegemônico do neoliberalismo, apropriando discursos e conceitos que poderiam fraturar cada vez mais o sistema vigente. Nesta perspectiva, este ensaio nos conduz à reflexão da apropriação do neoliberalismo no que confere aos discursos da EA e do âmbito educacional, especificamente do currículo, para a manutenção do <em>status quo</em>. Propomos em contraposição o aprofundamento dos debates e reflexões em torno da EA crítica, da Ecologia Política e da Epistemologia Ambiental, os quais possuem potenciais de mitigação e transformação gradativa da relação sociedade-natureza. Assim, ressaltamos a essencialidade destas discussões, tendo em vista nossa relação com a natureza, a crise ambiental e as mudanças do clima, tão bem como nosso modo de produção científica.</p> Adler Santos Garcia Costa, Luiz Henrique Ortelhado Valverde, Marcos Vinicius Campelo Junior Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66124 Tue, 25 Apr 2023 00:00:00 -0300 EDUCAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64488 <p>O ensaio aqui apresentado traz um exercício teórico-reflexivo que aborda a educação básica e a escola brasileira contemporânea sob a perspectiva do contexto ideológico, cultural, social e econômico. Apoiando-se na literatura, tece uma crítica a ideologias que permeiam decisões acerca dos sistemas de ensino, influenciando a identidade escolar, as reformas curriculares e o projeto de sociedade a ser construída (ou conservada) com base na educação oferecida às novas gerações. Apesar das perspectivas preocupantes, entretanto, existem possibilidades de resistência que devem ser exploradas e levadas adiante por aqueles que se dedicam a construir uma educação emancipadora, com vistas à equidade de oportunidades e à transformação ideológico-cultural e socioeconômica da sociedade brasileira.</p> Rosimari Ruy, Vitor Machado, Francisco Rolfsen Belda Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64488 Tue, 04 Apr 2023 00:00:00 -0300 PROFESSORES E AUXILIARES DE CRECHE https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64702 <p>O presente artigo problematiza a tensa relação entre professores e auxiliares de turma. Essa divisão de trabalho estabelecida legalmente prejudica o binômio cuidar-educar e impacta consideravelmente a qualidade do trabalho na primeira infância. Sustentar-se-á que existe uma indissociabilidade dessas funções, conforme orienta o currículo referência de Minas Gerais e todos os documentos norteadores da educação infantil. Esta análise documental tem como objetivo investigar o currículo referência de Minas Gerais a fim de apontar suas perspectivas sobre cuidar e educar na educação infantil, sublinhando as funções do professor e do auxiliar na creche. Na primeira parte apresentar-se-á um breve panorama da história da educação infantil e sua luta para legitimação como uma etapa da educação básica. Em seguida, examinar-se-á a realidade de professores e auxiliares de creche no município do sul de Minas Gerais a respeito da divisão administrativa do trabalho, comparando com o que o currículo referência de Minas Gerais considera ideal para a educação infantil. Espera-se encontrar um direcionamento da legislação para o fortalecimento da educação infantil como um direito, onde o cuidar e o educar não estão pautados em filantropia ou assistencialismo, mas em políticas públicas.</p> Jéssica Marques Albernaz, Dayse Reis Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64702 Thu, 30 Mar 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO, COMPLEXIDADE E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65671 <p>Este artigo evidencia a necessidade de refletir as questões curriculares a partir da Epistemologia da Complexidade, fundamentando a importância dessa teoria para afastar o currículo do método cartesiano e da lógica positivista que, dissociando e compartimentando os saberes, inibe as possibilidades de análise e compreensão do todo. Para tanto, são discutidos os conceitos de currículo e complexidade, a importância dessa relação e os possíveis desdobramentos para o campo da educação. Nessa esteira, permeado pelos princípios <em>morinianos</em>, a produção compreendida neste texto apresenta elos conceituais que dialogam com a Psicologia Genética de Jean Piaget e sua relação com o desenvolvimento de habilidades e competências, destacando os fundamentos didáticos e epistemológicos que favorecem a promoção da aprendizagem. Do interior desses movimentos, evidencia-se a necessidade de um planejamento curricular versátil, generoso e flexível, aberto à criatividade e ao novo que, acolhendo a incerteza, possibilita novas efervescências cognitivas. A metodologia é bibliográfica.</p> Marcos Irineu Klausberger Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65671 Wed, 29 Mar 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO E FORMAÇÃO DOCENTE MULTICULTURAL EM TEMPOS (PÓS)-PANDÊMICOS https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64764 <p>O presente artigo baseia-se em estudos anteriormente realizados (IVENICKI, 2021 a, b, c), bem como em palestra recente no X Colóquio Internacional de Políticas Curriculares/VI Seminário Nacional do Grupo de Pesquisa Currículo e Práticas Educativas/III Simpósio da Região Nordeste sobre Currículo, realizado na Universidade Federal da Paraíba, em setembro de 2022, abordando a temática em tela. O objetivo central é o de contribuir para se desvendar contradições e desafios dos contextos educacionais que lidam com a pluralidade cultural, desafios estes que ainda ficaram mais expostos com o surgimento da pandemia de Coronavírus COVID-19, que eclodiu no mundo em 2020. &nbsp;O artigo aborda, em primeiro lugar, os significados das perspectivas multiculturais (IVENICKI, 2018, 2019, 2020) e interseccionais na educação e no currículo, apontando para suas possibilidades em contextos desiguais e multiculturais. Em seguida, delineia uma visão das políticas educacionais brasileiras voltadas para a mitigação do impacto da pandemia COVID-19 no sistema educacional brasileiro e seus impactos. Conclui, apresentando considerações para se pensar em currículos multiculturais e interseccionais em período (pós) pandêmico, de modo a se vislumbrar uma educação que busque superar desigualdades e o apagamento das diferenças.</p> Ana Ivenicki Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64764 Sun, 19 Mar 2023 00:00:00 -0300 DOCÊNCIA, BNCC E CURRÍCULO DE BIOLOGIA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64845 <p>A docência é desafiadora e instigante para quem se dispõe a enxergá-la muito além da transmissão de conteúdos, sobretudo ao reconhecer educandos/as e educadores/as e todos/as que constituem os currículos escolares e acadêmicos, como sujeitos socioculturais, políticos e históricos. Desse modo, o currículo passou por diversas definições sendo alvo de discussões sobre as perspectivas teórico-analíticas e influências no processo de ensino e aprendizagem, até hoje. Este estudo tem como principal objetivo: problematizar os discursos de professores/as de Biologia sobre currículo e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a partir da perspectiva dos estudos culturais pós-estruturalistas. Realizamos entrevistas semiestruturadas com 11 docentes cisgêneros masculino e feminino, que ministram as disciplinas de Ciências/Biologia nas redes públicas municipal e estadual. Adotamos a análise foucaultiana do discurso como ferramenta teórico-analítica. Embora o currículo também abranja conteúdos específicos, atividades, avaliações, ensino e aprendizagem, teoria e prática, pode ir além dessa visão generalista no qual encontra-se inserido, ao reconhecer as múltiplas identidades/diferenças socioculturais que permeiam o ambiente escolar. Para tanto, ressaltamos a importância de políticas públicas educacionais que, de fato, visem uma conexão entre escola e sociedade através da (re)construção de currículos escolares pluralistas e democráticos, não mais enclausurados em “grades”, mas que contribuam para a incessante formação sociocultural e política de “sujeitos aprendizes e do aprendizado” para além do conhecimento científico.</p> Elânia Francisca da Silva , Elaine de Jesus Souza, Claudiene Santos Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/64845 Wed, 15 Mar 2023 00:00:00 -0300 NOVOS PROJETOS DE CURRÍCULO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66117 <p>O currículo é elemento estruturante da organização do trabalho pedagógico, do conheci­mento que permeia as ações docentes nas instituições de ensino. Diante do atual cenário sócio-político-educacional, marcado pelo avanço das políticas ultraconservadoras e ainda influenciado pelos impactos da pandemia da COVID-19, urge a necessidade do desenvolvimento de iniciativas de criações curriculares oxigenadas por movimentos e ações mais inclusivas, solidárias e emancipadoras. Por mais descrente que seja acreditar que essas propostas existem e podem ser propagadas, no Distrito Federal, acredita-se que as Escolas Parque apresentem construções curriculares que articulam-se a essas necessidades. Pretende-se refletir a respeito da proposta curricular de uma dessas escolas, localizada na Cidade de Ceilândia,&nbsp; considerada iniciativa de resgate da crença educacional por mundos possíveis, onde projetos educacionais de educação integral reconheçam e valorizem a diversidade, a construção de saberes e a formação cidadã. Trata-se de estudo qualitativo, cujos dados foram produzidos por meio de análise de documentos, observações e entrevistas como professores.&nbsp; Essa proposta curricular sustenta a função social da escola de ampliar as oportunidades de tempos e espaços formativos. Nas práticas curriculares educacionais é preciso também acentuar os acertos, não somente os erros, olhar para as conquistas, não apenas as dificuldades. É preciso exaltar o trabalho que traz vida às Escolas Parque. A educação precisa, entre tantas outras coisas, também de mais doses de otimismo.</p> Guilherme Ferreira, Edileuza Fernandes da Silva, Lívia Gonçalves de Oliveira Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66117 Wed, 26 Apr 2023 00:00:00 -0300 POR UM CURRÍCULO PARAENSE OUTRO QUE FAÇA JUSTIÇA CURRICULAR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65425 <p>Este artigo discute o currículo como espaço de construção da equidade de gênero junto a professoras/es, gestoras/es e comunidade em geral, frente a atitudes discriminatórias e homofóbicas. Nesse sentido, analisa propostas didáticas anti-discriminatórias de um Guia curricular sugerido a professoras/es de um município paraense. Situada no campo do Currículo, trata-se de uma investigação qualitativa do tipo documental que utiliza a hermenêutica objetiva para a análise dos dados. O <em>corpus</em> é o Guia Pedagógico elaborado pela Secretaria Municipal de Ensino de Castanhal - Pará (SEMED/Castanhal). Os resultados da análise sinalizam que as orientações curriculares são caminhos para um planejamento didático e de ensino para conduzir enfrentamentos à homofobia, mesmo que essas orientações não façam parte da “Base Comum” obrigatória do currículo da rede municipal de ensino. A partir desse pressuposto, o Guia Pedagógico, ao respaldar o trabalho docente na abordagem da homofobia e do <em>bullying</em> homofóbico objetificado no ambiente escolar, se constitui elemento nuclear como “Parte Diversificada” do currículo que faça justiça curricular.</p> José Damião Trindade Rocha, Lucélia de Moraes Braga Bassalo, Jardinélio Reis da Silva Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65425 Wed, 15 Mar 2023 00:00:00 -0300 PRODUZIR CURRÍCULOS INTERCULTURAIS NA PERSPECTIVA DA LEI 11.645/2008 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62951 <p>O artigo tem a finalidade de disponibilizar conhecimentos historiográficos sobre o povo indígena Karipuna. Trata de uma possível resposta à política educacional decorrente da Lei 11.645/2008 que estabeleceu a obrigatoriedade do estudo das histórias e culturas indígenas no currículo. Foi elaborado a partir da abordagem qualitativa tendo como procedimento central de fonte dos dados a pesquisa bibliográfica digital. Os interesses teóricos levaram em conta os estudos sobre a política pedagógica intercultural desencadeada pela referida normativa, as contribuições do pensamento de Paulo Freire em interface com leituras que problematizam as lógicas da opressão colonial-capitalista, além de publicações que tratam deste povo indígena. Foi possível verificar por meio de 10 (dez) ocorrências localizadas entre 1749 e 1889 que os Karipuna possuíam formas de viver de acordo com sua tradição cultural com a inserção de alguns costumes ocidentais. Foram representados pelos narradores de forma pendular: ora prestativos, ora “mal selvagens”, elementos que ainda repercutem na atualidade. No decorrer destas “situações-limites” elaboraram diferentes estratégias de resistência ou “inéditos-viáveis” por meio de embates, fugas, encontros amistosos, isolamentos, para assegurar o direito à existência na contemporaneidade. A expectativa é que este trabalho possa contribuir como recurso de conhecimento, problematização e valorização das histórias e culturas indígenas no espaço escolar.</p> Josélia Gomes Neves, Mary Gonçalves Fonseca, Cristovão Teixeira Abrantes Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62951 Wed, 15 Feb 2023 00:00:00 -0300 PROPOSTA DIDÁTICA PARA O POVO KANELA/MEMORTURÉ https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65481 <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo é discutir o documento curricular da educação escolar indígena e também apresentar</span><span style="font-weight: 400;"> uma proposta pedagógica para o ensino na aldeia Escalvado do povo Kanela/memortunré, (MA). A partir do componente curricular Língua Portuguesa e da utilização dos temas geradores/contextuais propostos na pedagogia de Paulo Freire(1976,1978), e&nbsp; Pimentel da Silva (2018, 2019,2020). Trata-se de um trabalho analítico descritivo desenvolvido por meio da pesquisa ação, com abordagem qualitativa. &nbsp;Para isso será feita uma reflexão/discussão&nbsp; sobre o tipo de bilinguismo presente no processo de escolarização do povo Kanela/</span><span style="font-weight: 400;">Memortumré, e do espaço da língua portuguesa nesse ensino, apontando alguns encaminhamentos para a prática do bilinguismo epistêmico.</span></p> Solange Maria Pereira da Silva, Tiago de Aguiar Rodrigues Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65481 Wed, 29 Mar 2023 00:00:00 -0300 REPENSAR OS ESPAÇOS EDUCACIONAIS NAS ESCOLAS RURAIS NO CURRÍCULO BASEADO NA COMPETÊNCIA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65625 <p><span style="font-weight: 400;">O valor da didáctica multigraduada e a sua consideração pelos professores nas escolas rurais está a tornar-se cada vez mais importante nos actuais processos educativos. Isto implica ter em conta não só estratégias de ensino activas e participativas, materiais adaptados ao meio rural e à diversidade inerente à realidade multigraduada ou mudanças no tempo e na organização das escolas, mas também uma reconsideração dos espaços como elementos relevantes para contribuir, como um todo, para o sucesso educacional. No caso de modelos curriculares baseados em competências, a didáctica multigraduada pode ser o meio ideal para o conseguir de uma forma significativa. Em particular, contribui para que este sucesso educativo se baseie tanto na aquisição de resultados académicos baseados no conhecimento, como na capacidade dos estudantes de os mobilizar e aplicar, resolvendo problemas situados no seu contexto e realidade imediata. Este artigo centra-se nos antecedentes e no actual estado da arte em relação à consideração dos espaços educativos com base nas mudanças nos currículos baseados na competência. Tudo isto para destacar as novas exigências e considerações relativas ao espaço como recurso para a aprendizagem, a fim de favorecer o desenvolvimento de experiências de aprendizagem significativas nas escolas rurais.&nbsp;</span></p> Núria Carrete-Marín, Francesc Buscà Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65625 Tue, 14 Mar 2023 00:00:00 -0300 TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS ATÉ A BNCC E O OLHAR DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA SOBRE SUA CRIAÇÃO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65879 <p class="ResumoportugusdaREC">Este artigo objetiva discutir a trajetória das políticas públicas educacionais brasileiras até a Base Nacional Comum Curricular e a visão da Coordenação Pedagógica das escolas estaduais de Viçosa/MG sobre a sua criação. Buscando compreender a visão da Coordenação Pedagógica das escolas estaduais de Viçosa/MG sobre a criação deste documento, foi realizada uma pesquisa cuja proposta metodológica é de cunho qualitativo e os dados foram produzidos a partir de questionários e entrevistas semiestruturadas. Após essa etapa, foram categorizados, a partir da descrição das percepções e transcrição dos diálogos, e analisados por meio da triangulação com o referencial teórico e com a metodologia de análise Ciclo de Políticas. A análise aponta que os profissionais da educação receberam notícias sobre a criação da BNCC, através de avisos da superintendência de ensino, propagandas e secretaria de educação. Também aponta que o documento já era esperado pelas coordenadoras e docentes, que não enxergam a BNCC de modo negativo, sendo um contraponto às críticas elaboradas por pesquisadores da área. Os dados assinalam ainda que a participação dos profissionais da educação básica não foi efetiva, além do que, a elaboração e implementação de uma política pública tão importante foram consideradas realizadas com rapidez, o que consideramos negativo.</p> Beatriz Magdaleno, Rejane Faria Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65879 Thu, 30 Mar 2023 00:00:00 -0300 POLÍTICA DE CURRÍCULO PARTICIPATIVA E JUSTIÇA CURRICULAR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66115 <p>O artigo, fruto de pesquisa empírica realizada no ADE da Chapada Diamantina (BA), analisou o processo de Mobilização Sociopolítica realizado em municípios integrantes da iniciativa no ano de 2020. Estabeleceu-se como hipótese que a experiência coletiva de construção de um contexto de produção de política curricular (Ball; Mainardes, 2011) participativa aproximou-se da proposta conceitual de justiça curricular em suas três dimensões - conhecimento, cuidado e convivência democrática (PONCE, 2018) - e dos elementos constitutivos do conceito de justiça social conforme FRASER (2012). Argumenta-se a favor de políticas de currículo construídas em diálogo coletivo a partir das vozes dos sujeitos que protagonizam processos de luta pela educação de qualidade social, confiando nas suas capacidades de analisarem a própria realidade e de contribuírem de modo efetivo na proposição de políticas públicas educacionais.</p> Thais Almeida Costa, Wesley Araújo, Branca Jurema Ponce Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66115 Wed, 03 May 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO CULTURAL E BIOLOGIA NA AMAZÔNIA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66056 <p>No contexto das mudanças referentes a estrutura da última etapa da educação básica no país, assistimos os movimentos de reorganização dos documentos curriculares acontecendo nas diversas regiões para implementação do chamado novo ensino médio. Com o intuito de estabelecer uma educação de saberes homogêneos e mais pensada para o mercado, a reforma do ensino médio afasta das escolas as discussões que envolvem uma sociedade multicultural. Realizando um movimento contrário a esse, temos neste artigo o propósito de aproximar as reflexões acerca da cultura e da Amazônia, aos espaços educacionais e especialmente ao currículo. Mais especificamente, este estudo tem o objetivo de analisar a influência dos conhecimentos amazônicos no Documento Curricular do Estado do Pará (DCEPA-EM), no campo da Biologia, para isto desenvolvemos uma pesquisa documental, de caráter qualitativo. Nossas lentes investigativas são instigadas por autores que discutem o campo do currículo cultural e a educação amazônida, através dos quais traçamos as reflexões teóricas que são costuradas pelas ponderações resultantes de nossas análises. Os resultados apontam que, por estarmos inseridos no estado do Pará, localizado na região Amazônica, o ensino de biologia poderia se aproximar mais do conhecimento acerca deste bioma, sua rica fauna e flora, sobre os rios e a floresta que compõem e cercam nossas identidades amazônidas e que o DCEPA-EM por um lado utiliza expressões que parecem valorizar as culturas amazônicas, mas segue se alinhando às demandas impostas pelo movimento político educacional mercadológico.</p> Amanda Jessica Coelho Melo, Marcio dos Santos Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66056 Wed, 03 May 2023 00:00:00 -0300 PARA UMA EDUCAÇÃO FÍSICA NÃO FASCISTA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65992 <p>O sentido foucaultiano de fascismo não se restringe a um regime de Estado, mas também, e talvez principalmente, às formas de fascismo que estão em todos nós. Este texto discute o currículo da Educação Física em uma perspectiva não fascista, com e a partir do pensamento de Michel Foucault. Para tal, no primeiro momento demonstramos a relação entre a trajetória da Educação Física escolar com os regimes de verdade, entendendo como premissa o currículo enquanto dispositivo de fabricação de subjetividades. Em um segundo momento, analisamos como o texto da Base Nacional Comum Curricular funciona como dispositivo de poder e seus efeitos na produção de um projeto mais amplo, o cosmopolitismo. Por fim, refletimos sobre as possibilidades de liberação na Educação Física em prol de um ‘currículo afirmativo’, em consonância com os princípios de uma vida não fascista.</p> Renato Cavalcanti Novaes, Silvio de Cássio Costa Telles Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65992 Wed, 03 May 2023 00:00:00 -0300 TRADUÇÕES DAS DISPUTAS SOBRE A QUESTÃO DE GÊNERO NA BNCC https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65939 <p>O artigo analisa como as questões de gênero estiveram em disputa no processo de construção da Base Nacional Comum Curricular. Para tanto, por meio de uma análise documental, foca-se o conflito sobre a permanência ou retirada da questão de gênero e orientação sexual nas três versões da BNCC apresentadas pelo Ministério da Educação entre 2015 e 2017. Nas duas primeiras versões desse documento, esse tema esteve presente e foi, de certo modo, privilegiado, ao ser compreendido como eixo fundamental no processo educacional em conjunto com outros marcadores sociais como origem, classe e raça/etnia. Sob os impactos do golpe contra Dilma Rousseff, a sua última versão assumiu um caráter esvaziado quanto ao assunto. Essa “assepsia” não pode ser desvinculada da aliança entre neoliberalismo e neoconservadorismo no país. Constata-se que o modo como se movimentam as políticas educacionais em relação à discussão de gênero funciona como um dos termômetros possíveis para avaliar a correlação das forças sociais no Brasil e a construção de sua democracia em seus avanços e retrocessos.</p> Cilésia Lemos, Sandra Soares Della Fonte Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65939 Wed, 03 May 2023 00:00:00 -0300 AUTONOMIA E INOVAÇÃO CURRICULAR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65494 <p>O texto focaliza o debate sobre teorias e políticas educativas, argumentando que intentam sobre o controlo dos pensamentos e das práticas que se desenvolvem nas escolas, numa espécie de colonização epistemológica e ontológica dos sujeitos. Propomos, a partir da discussão teórica fundada na revisão bibliográfica interpretativa, ancorada nos pressupostos curriculares críticos e pós-críticos e na nossa prática pedagógica, reflectir sobre a possibilidade de (re)construção do sujeito a partir da criação de espaços para ressignificações e problematizações, possibilitando outras formas de luta para a construção da autonomia, ocasionando uma educação com laivos emancipatórios e transformadores. Defendemos que, a tentativa de fechamento curricular, supondo a possibilidade de controlo, tende a perder força face às demandas contextuais e ontológicas, o que reitera a defesa da necessidade de resistência e questionamento inovadores face aos ditames exógenos por parte dos professores e de um currículo com insígnia da diversidade, cuja significação tenha força para extrapolar margens e ir à procura de uma ilha ainda desconhecida. O texto espera contribuir, estimulando reflexões mais aventuradas, reafirmando a hegemonia da escola, como verdadeiro espaço de ressignificações e centro de decisão das regras do jogo curricular..</p> <p>&nbsp;</p> António Luis Julião Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65494 Wed, 03 May 2023 00:00:00 -0300 O CURRÍCULO OCULTO NO ENSINO DE CIÊNCIAS https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65191 <p><span style="font-weight: 400;">As formulações teóricas de Michael Apple acerca do currículo oculto escolar concebido como instrumento ideológico de reprodução social foram utilizadas como subsídio para a análise da área de Ciências da Natureza presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para tal análise, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo análise documental a fim de avaliar as possibilidades da presença do currículo oculto nas proposições da BNCC em relação à área mencionada e entender se tais práticas curriculares ocultas estão comprometidas com a manutenção do sistema político e sociocultural vigente. As contribuições pedagógicas e epistemológicas de Paulo Freire foram utilizadas para refletir sobre as possibilidades de superação do currículo oculto no ensino de Ciências da Natureza, tendo como parâmetro três categorias analíticas: práxis transformadora, diálogo e realidade concreta. A análise permitiu avaliar o papel da BNCC na reprodução e perpetuação de um ensino de ciências descontextualizado e instrumental, contribuindo para um currículo alinhado à uma educação hegemônica e adaptativa às desigualdades socioculturais e econômicas.</span></p> Bianca Rita Bimbatti, Rafael Borba de Castro, Antonio Fernando Gouvêa da Silva Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/65191 Wed, 03 May 2023 00:00:00 -0300 ESTUDOS DAS POLÍTICAS CURRICULARES https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66276 <p>O propósito deste trabalho foi analisar os antecedentes e o desenvolvimento do campo de estudos das políticas curriculares, suas definições e delimitações assim como também analisar as propostas das políticas curriculares baseadas no clássico ciclo de políticas idealizados por Harold Laswell. Traçando a evolução e desenvolvimento das políticas curriculares desde o surgimento do temo em meados dos anos 50 do século passado. Enfatizando a importância de adotar definições mais precisas que considerem os diferentes tipos de políticas curriculares. Concluímos com a analise dos enfoques de análise de políticas curriculares baseados no ciclo de políticas tomando como principal unidade de análise os atores envolvidos e que estas propostas podem complementar outros enfoques que utilizem os estudos das políticas curriculares.</p> José María García Garduño, Silvia Miracy Pastro Fiad Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66276 Fri, 31 Mar 2023 00:00:00 -0300 “SEM LEI NEM REI, ME VI ARREMESSADO” https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66548 <p>Este dossiê é resultado dos esforços de <em>pensarfazer</em> pesquisas em meio aos constantes ataques que sofria a educação, durante o (des)governo do inominável. Por esse motivo, anuncia, enuncia e evidencia possibilidades outras de projetos curriculares que foram <em>lançadosarremessados</em> no X Colóquio Internacional de Políticas Curriculares, realizado nos dias 05 e 06 de setembro de 2022, na cidade de João Pessoa/PB. Foi produzido coletivamente, contando com a contribuição de muitas mãos: 3 pessoas que atuaram na editoria <em>ad hoc</em> – vinculadas ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC) – &nbsp;e 74 que escreveram os textos, além de mais de uma centena de pessoas que emitiram pareceres às cegas e quase uma dezena que trabalhou na editoração e na divulgação dos manuscritos. Como atitude de resistência, ansiávamos/ansiamos por políticas e projetos de currículo que se contraponham às visões conservadoras que têm se manifestado na contemporaneidade, refletidas em bases comuns que aniquilam <em>conhecimentossaberesfazeres</em> e tentam, a qualquer custo, unificar e homogeneizar as gentes. Por esses motivos, convidamos à leitura dos 33 textos que compõem esse dossiê, que foi planejado-escrito-avaliado-publicado-divulgado com muito respeito aos diversos conhecimentos produzidos e ao público que ainda insiste numa educação pública<em>.</em></p> Adriege Matias Rodrigues, Franklin Kaic Dutra-Pereira, Saimonton Tinôco Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/66548 Thu, 04 May 2023 00:00:00 -0300 FORMAÇÃO TÉCNICA EM AGROECOLOGIA E REFORMA AGRÁRIA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/60829 <p>Objetivou-se por esse estudo compreender os estudantes do último ano do curso técnico integrado em agroecologia em suas percepções acerca dos movimentos de luta pela terra e reforma agrária, bem como promover a troca de saberes entre esses sujeitos e representantes de movimentos sociais do campo em reflexo ao currículo do curso. O curso técnico em Agroecologia do IFAL/Campus Murici – em sua organização curricular – não abrange pautas que almejam a troca de saberes, envolvendo aspectos sociais do campo, como a Reforma Agrária. Utilizou-se da pesquisa-ação, como também análise de conteúdo, documental e bibliográfica para avaliação dos resultados. Entendeu-se que os estudantes possuem distanciamento das reais proposições da Agroecologia, principalmente a Reforma Agrária. Sobre a organização curricular, esta encontra-se pautada no produtivismo alinhado à agronomia tradicional. A população que abrange assentados e acampados não compreende a real função do curso e a necessidade de ocupação desses espaços para promoção de justiça social como sujeito social.</p> João Manoel da Silva, Jailson Costa da Silva Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/60829 Thu, 26 Jan 2023 00:00:00 -0300 INFÂNCIA E CIDADANIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS/AL https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62514 <p>Esta investigação é de caráter qualitativa, desenvolvida em uma escola pública com o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) municipal, situada na zona urbana do município de São Miguel dos Campos, Alagoas. Participaram da pesquisa, crianças de duas turmas do 5º ano do Ensino Fundamental em um ano de realização da Prova Brasil. Nosso objetivo foi observar como as crianças vão sendo orientadas/guiadas por uma lógica de desempenho, promovida por ações, estratégias e discursos performativos, que visam manter um IDEB elevado na escola, trazendo implicações para a formação da sua cidadania, marcada pela governamentalidade. Os resultados apontam que a concepção de cidadania das crianças, limita-se ao controle de suas condutas no cumprimento de deveres e auto responsabilização pelos resultados da Prova Brasil, enredando e cooptando a vida na escola e fora da escola, numa disputa por direitos, formando subjetividades das crianças para atender a uma racionalidade política do estado governamentalizado, alinhadas aos fins do ranqueamento do IDEB.</p> Karla de Oliveira Santos, Laura Cristina Vieira Pizzi Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62514 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO NA FORMAÇÃO DA CONCEPÇÃO DE MUNDO DOS ESTUDANTES https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/61382 <p>Este estudo tomou como objeto de pesquisa a relação entre a pedagogia histórico-crítica e o ensino de Sociologia. Trata-se de uma investigação que estabeleceu como objetivo principal a identificação e a análise da concepção histórico-crítica na pesquisa em ensino de Sociologia pela implicação dos conhecimentos científicos na formação da concepção de mundo dos estudantes da educação básica. O delineamento metodológico se deu pela realização de uma pesquisa bibliográfica, compreendida no estudo como técnicas e procedimentos para a constituição dos dados empíricos. Caracteriza-se como uma pesquisa teórico-empírica que, para além dos dados empíricos sistematizados, visou apresentar contribuições teóricas não apenas para o ensino de Sociologia, mas para o movimento coletivo de construção teórica da pedagogia histórico-crítica, defendendo a articulação marxista entre a epistemologia, a ontologia e a pedagogia na formação de uma concepção de mundo materialista histórica e dialética. As análises apontaram alguns limites no que tange à busca de unidade entre conteúdo e método no processo de conversão do conhecimento científico das Ciências Sociais em saber escolar. Embora a incorporação histórico-crítica no ensino de Sociologia tenha sido analisada tendencialmente como marxista, os limites observados indicaram um processo de identificação e escolha dos objetos de ensino da Sociologia reduzido ao plano factual-histórico, em detrimento de uma articulação epistemológica, ontológica e pedagógica, resultado que fragiliza a formação de uma concepção de mundo histórico-crítica nos estudantes.</p> Lucas André Teixeira, Vinicius Azevedo, Sarah Arantes de Paula Oliveira, Caio Azevedo Trindade Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/61382 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63178 <p><span style="font-weight: 400;">Esta pesquisa tem por objetivo analisar como as pesquisas teóricas e empíricas desenvolvidas na última década (2012 - 2022), no ciclo de alfabetização (1º e 2º ano), que reforçam ou refutam a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sobre o Ensino de Estatística. Para isso, foi realizada uma Revisão Sistemática de Literatura, de pesquisas desenvolvidas no Brasil e que foram publicadas em periódicos. Os resultados apontam que mesmo que destacados em documentos norteadores oficiais, nem sempre a proposta de Educação Estatística é implementada de forma a favorecer o protagonismo dos estudantes. Por vezes, ela é limitada à observação passiva de informações compartilhadas, nem sempre referenciadas. Tais pontos chocam com a proposta de favorecer uma análise crítica por parte dos estudantes de dados que são consumidos diariamente. Tais lacunas podem ser agrupadas em três pontos focais: a) ausência de uma formação de professores continuada para trabalhar com conteúdos estatísticos; b) elaboração de materiais didáticos que abordam tais conteúdos de forma “rasa”; c) escassez de pesquisas que evidenciem a defasagem ao tratar sobre ensino-aprendizagem da estatística no Brasil. Destaca-se ainda a relevância de ações resolutivas para os pontos levantados, considerando que, o Ensino da Estatística proporciona o desenvolvimento progressivo de habilidades como pensamento crítico e argumentação com base em fatos, propiciando um trabalho articulado com as competências gerais da BNCC.</span></p> Danielle Gonzaga da Silva, Juscileide Braga de Castro Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63178 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 O CURRÍCULO INTEGRADO E A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63771 <p>Este estudo tem a finalidade de apontar algumas contribuições do Currículo Integrado e da Pedagogia da Alternância para a formação integral do sujeito na EFAN –Escola Família Agrícola de Natalândia – MG. Possibilita compreender as concepções de currículo, discorrer sobre o conceito de Currículo Integrado, caracterizar a Pedagogia da Alternância (PA) e analisar a relação do Currículo Integrado com a Pedagogia da Alternância. Refere-se a uma pesquisa descritiva, enquadrada na abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos, trata-se de uma revisão bibliográfica, através do levantamento de artigos e livros de renomados autores que discutem o currículo, o Currículo Integrado e a Pedagogia da Alternância. Além disso, analisam-se, também, as informações expressas no Projeto Político Pedagógico – PPP da EFAN acerca da temática ora pesquisada. Nesse sentido, é possível inferir que com a PA, utilizando-se de instrumentos pedagógicos que se têm à disposição,é possível realizar um trabalho com práticas do Currículo Integrado. É uma experiência bastante inovadora, na qual o estudante tem a possibilidade de integrar os estudos à vida social. Além disso, permite que o educando seja o protagonista do processo ensino-aprendizagem e busca a organização da educação, sobretudo a do campo, com o propósito da formação dos sujeitos de modo integral.</p> Belchior Ribeiro Leite, Rosa Amélia Pereira da Silva Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63771 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 A HISTÓRIA LOCAL NO DOCUMENTO CURRICULAR DO ESTADO DO PARÁ https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/60900 <p>O objetivo do artigo é problematizar a forma como está inserida a história local no Documento Curricular para Educação Infantil e Ensino Fundamental do Estado do Pará de 2019 (DCEPará), relacionando a presença dessa temática com os estudos teóricos sobre a história local e currículo. A pesquisa é documental, e, a partir das técnicas de análise de conteúdo de Bardin (2011), concluiu-se que, ao mesmo tempo em que há avanços com a presença de habilidades e objetivos de aprendizagens que acionam a história local de maneira crítica, há contradições entre as intenções e o que realmente é realizado no currículo. A forte presença da lógica quadripartite do conhecimento histórico, da história nacional situada no Sudeste e de papéis secundários para sujeitos como indígenas e negros contradizem um documento que afirma fazer do espaço amazônico eixo central do currículo.</p> Carolina do Nascimento Ávila, Clarice Nascimento de Melo Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/60900 Thu, 26 Jan 2023 00:00:00 -0300 DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62519 <p>O presente estudo buscou discorrer acerca das relações de gênero e sexualidade na Educação de Jovens e Adultos – EJA a partir das práticas de currículo, por considera-las importante no processo pedagógico dos/as estudantes dessa modalidade de ensino, tendo por objetivo refletir de que maneira as questões as subjetivações de gênero sexual são problematizadas no currículo da Educação de Jovens e Adultos, numa escola da rede pública municipal, localizada no Território de Identidade do Piemonte Norte do Itapicuru, no Estado da Bahia. No que se refere aos procedimentos metodológicos optamos pelas narrativas (auto)biográficas, por entender que esse método de pesquisa favorece o estudo em questão, no sentido de possibilitar maior capacidade de análise no que tange ao objetivo proposto. A partir das narrativas foi possível evidenciar que as questões de gênero, sexualidade e diversidade precisam serem problematizadas dentro da escola, para que a mesma possa se constitui enquanto espaço de respeito às diferenças.</p> Pedro Paulo Souza Rios Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62519 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 CURRÍCULO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63644 <p>O objetivo deste artigo consiste em discorrer sobre as principais concepções de currículo no cenário educacional a partir de quatro correntes teóricas-metodológicas distintas, quais sejam, o currículo Humanista, o currículo Acadêmico, o currículo Tecnológico e o currículo Reconstrucionista Social. Como percurso metodológico, trata-se de uma abordagem qualitativa, em que se adotou a pesquisa documental. Nas considerações finais, tem-se que o currículo não é campo de neutralidade epistemológica, ao contrário, é espaço de embate e tensões. Da análise, constatou-se que o currículo Reconstrucionista Social se revela mais comprometido com uma educação crítica e emancipatória, tendo em vista que visa instrumentalizar o sujeito com o acervo teórico-científico-cultural elaborado pela humanidade ao longo das quadras históricas, um currículo sócio-historicamente situado com vistas à humanização do sujeito.</p> Quenizia Vieira Lopes, Luiz Gustavo Tiroli, Adriana Regina de Jesus Santos Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63644 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E AS TECNOLOGIAS https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/60306 <p>Este artigo objetiva transitar pela trajetória das principais concepções de currículo, e abordar como cada uma esteve vinculada com determinado uso das tecnologias. O intuito é problematizar os usos instrumentais e acríticos das tecnologias que são praticados nos currículos. Em contraposição a essa proposta, é defendido que tanto os currículos, quanto as tecnologias podem ser entendidas por meio de sua dimensão cultural, quer dizer, de prática de significação. De natureza teórica, este estudo foi desenvolvido estabelecendo redes de conversa com pensamento freireano e autores do campo do currículo e da filosofia da tecnologia, na tentativa de problematizar as principais tradições curriculares e as diferentes concepções e usos da tecnologia. Ao final, propomos o que denominamos de práticas tecno-curriculares, a partir de uma perspectiva pós-estrutural, as quais podem ser compreendidas como um conjunto de práticas curriculares que se fazem dos usos das tecnologias, e estão implicadas com os processos simbólicos que fabricam conhecimentos, significados, territórios existenciais, desejos, e tudo isso, permeado por relações de poder.</p> Hugo Souza Garcia Ramos, Alexsandro Rodrigues, Geide Rosa Coelho Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/60306 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 MAPEAMENTO DE ESTUDOS SOBRE CURRÍCULO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62479 <p>Este artigo apresenta os resultados de um mapeamento de pesquisas brasileiras dedicadas ao tema Currículo de Licenciatura em Matemática produzidas e defendidas nas áreas de Educação e Ensino em nível de Mestrado e Doutorado nos últimos cinco anos (2017-2021), e presentes no banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O objetivo desse mapeamento é compreender como o tema Currículo de Licenciatura em Matemática está sendo tratado por estudiosos da área de Educação Matemática. Na realização do mapeamento foi seguida uma abordagem qualitativa do tipo exploratória, na tentativa de expandir o levantamento realizado por Libório (2019) da mesma temática e que teve como lapso temporal o período de 1989 a 2016. O corpus de dados é constituído de 15 pesquisas e o processo de análise de dados foi subsidiado pela Análise de Conteúdo de Bardin, os resultados do mapeamento apresentam estudos dedicados a implementação de documentos oficiais e organização curricular; a determinado componente curricular; e, ao currículo dos cursos de formação inicial de professores de Matemática em uma perspectiva histórica, a partir de narrativas.</p> Soria Pereira Lima Soares, Wagner Barbosa de Lima Palanch Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62479 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 O QUE DIZEM OS AUTORES SOBRE RACISMO? https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63466 <p>Este estudo reflete sobre a relação entre o racismo no Brasil e o currículo das universidades, apresentando casos reais de racismo. Tem-se como problema que o currículo é reflexo social, de modo que há baixo número de autores negros, gerando implicações na representatividade. Logo, a pergunta norteadora é: como é possível diminuir atos racistas nas universidades, mesmo havendo baixa representação de autores negros? Tem-se como hipótese que a identidade pode ser configurada/reconfigurada pela representatividade, ilustrada por falas antirracistas de alguns autores presentes no currículo das ementas dos cursos de Sociologia, de modo que, mesmo com baixo número, proporcionam a criação de espaços de fala e escuta contra o racismo, pois viabilizam a emancipação. Os fundamentos ancoram-se na noção de currículo de Sacristán (2000) e Silva (1998); representatividade em Woodward (2000) e Arroyo (2015); identidade de Hall (2003), bem como emancipação nos espaços de fala e escuta, na perspectiva de Freire (1987). Justifica-se este estudo, uma vez que a incidência de atos racistas atinge mais da metade da população negra brasileira. A metodologia é bibliográfica e exploratória. O objetivo geral é o de apresentar como as teorias e falas de alguns autores ajudam na formação da representatividade negra. Os resultados indicam ser possível emancipar-se nos espaços de fala e escuta. Espera-se produzir reflexões para o combate ao racismo.</p> Edson da Silva Lisboa, Luis Fernando Lopes, Marcia Maria Fernandes Oliveira Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63466 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL E CURRÍCULO INTERDISCIPLINAR https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63790 <p>Este artigo apresenta uma análise nos anos de 2020 a 2021, acerca da caminhada inicial da interdisciplinaridade no currículo de uma escola de ensino médio de tempo integral, localizada na Ilha de Mosqueiro, no município de Belém/PA. Do ponto de vista metodológico, o referido artigo tem uma abordagem qualitativa e seu estudo foi realizado em duas etapas principais; na primeira, segue-se o viés da pesquisa bibliográfica e na segunda etapa a pesquisa documental conforme Gil (2017) por meio de estudo de caso dos relatórios específicos da escola-campo, bem como dos cadernos orientadores da Secretaria de Estado de Educação do Pará voltados para o Ensino Médio Integral. Os resultados apontam conexões entre as atividades desenvolvidas pelos docentes lotados na unidade escolar objeto de investigação, que evidenciam a perspectiva interdisciplinar. Com a possibilidade, inclusive, de adequação/alteração do currículo da escola que está trilhando um caminhar na proposta de uma educação integral em tempo integral fazendo uso da interdisciplinar escolar em seu currículo.</p> Fabiana Silva, Marcio Santos Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63790 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 A DIMENSÃO AMBIENTAL NO CURRÍCULO DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES/AS DA UFPB https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/61381 <p>O presente estudo teve como objetivo discorrer como a Educação Ambiental se apresenta no currículo dos cursos de Licenciatura em Ciências Sociais, História, Geografia e Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, Campus de João Pessoa. Para tanto, se pautou em uma pesquisa qualitativa, figurando o significado subjetivo das mensagens expressas nos conteúdos analisados, através da Análise Documental. Para o tratamento dos dados encontrados, foi utilizada, em associação à Análise Documental, a Análise de Conteúdo, na busca das condições contextuais e dos componentes valorativos e históricos, que são mutáveis. Como resultados, foi possível observar que, mesmo com características de uma educação crítica, os currículos ainda apresentam projetos tradicionais e pragmáticos que favorecem abordagens educativo ambientais conservadoras e comportamentalistas. Conclui-se que é primaz que os processos formativos, as capacidades desenvolvidas, os perfis profissionais e os conteúdos abordados no campo curricular estejam pautados na compreensão da realidade em sua totalidade. Que sejam fundamentados teórica, metodológica e epistemologicamente nas teorias críticas da educação, e que expressem a coerência necessária para que se alcance as transformações esperadas.</p> Theóffillo da Silva Lopes, Francisco José Pegado Abílio Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/61381 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300 A AUTONOMIA E O PROTAGONISMO JUVENIL NAS ESCOLAS DEMOCRÁTICAS https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62995 <p>Este trabalho buscou compreender a relação entre a educação democrática, a autonomia e protagonismo juvenil, partindo da hipótese de que um currículo democrático poderia favorecer a construção da autonomia e do protagonismo. Foi realizado uma pesquisa exploratória, do tipo estudo de caso, em uma escola democrática, e uma pequena parte de dados foi coletada em uma escola convencional, para fins comparativos. A análise dos dados foi realizada segundo a metodologia de análise de conteúdo. Os resultados mostram que na escola democrática há evidências de construção de um ambiente que prioriza a busca pela autonomia e o protagonismo juvenil. No entanto, fazem falta mais estudos para arrojar resultados mais conclusivos.</p> Veronica Marcela Guridi, Sharlene de Souza Queiroz, Ana Laura Godinho Lima Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/62995 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 OLHOS DE VIDRO, “BLACK MIRRORS” https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63538 <p>O presente artigo toma de empréstimo uma frase de um famoso canal televisivo – “Não é TV. É HBO!” – e a reformula no sentido de mostrar um panorama investigativo que evidencia a emergência de um determinado artefato cultural: as narrativas midiáticas seriadas. O objetivo é o de evidenciar que uma narrativa seriada “Não é TV. Mas é currículo!”, a partir de contribuições das teorizações pós-críticas em intersecção com o campo dos estudos culturais. O argumento é o de que esse currículo tem disponibilizado uma “prática da maratona” que reforça a dimensão biopolítica da constituição de uma “cultura seriadora”, que não se encerra no objeto que aqui investigamos, sendo capaz de se estender a diferentes aspectos das nossas vidas, com diferentes efeitos em nossas composições como sujeitos. Com isso, passamos a significar o currículo das narrativas midiáticas seriadas como um agenciamento biopolítico desterritorializado, isto é, uma combinação de elementos díspares cujas redes constitutivas caracterizam-se fundamentalmente pela total ausência de fronteiras, atravessando um território ilimitado que não pode ser confinado por barreiras inamovíveis. Na produção dessa “cultura seriadora”, atentamos para a regulação da vida social da audiência em um exercício particular de poder, tramando-lhe em uma rede discursiva que tem demandado múltiplas posições de sujeito para comportar o máximo possível de indivíduos. Concluímos que há aqui em jogo uma “narcotização programada da vida”, capaz de provocar o empalidecimento das nossas potências, o congelamento das nossas forças vitais e a proliferação das formas estáticas e estabilizadas a partir de redundâncias subjetivas.</p> Evanilson Gurgel, Marlécio Maknamara Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63538 Wed, 25 Jan 2023 00:00:00 -0300 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NO ESTADO DE SÃO PAULO https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63713 <p>Este artigo tem o objetivo de contribuir com as permanentes e recentes discussões acerca da educação em direitos humanos e apresenta uma análise do Plano Estadual do Estado de São Paulo de Educação em Direitos Humanos, as questões relacionadas aos Direitos Humanos vêm ganhando destaque em diversos setores da sociedade brasileira, seja de forma declarada, seja na sua negação. Tal debate, portanto, não pode ficar de fora da educação formal, reconhecendo o espaço escolar como um local privilegiado para que se possam realizar momentos de reflexão em torno das concepções e práticas, sem esquecer que a instituição escolar e seu público, estão inseridos em um determinado contexto social, político, econômico e cultural. A política pública desenvolvida para a promoção da educação em direitos humanos para os estudantes de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, alicerçada na Pesquisa bibliográfica. Neste contexto, busca-se através da leitura de documentos sobre direitos humanos, e análise das ações públicas desenvolvidas para implementação da Educação em Direitos Humanos no Currículo Paulista.</p> Priscila Lourenço Soares Santos Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/63713 Tue, 31 Jan 2023 00:00:00 -0300