Evidenciação de Ativos Intangíveis no Brasil e na Austrália sob a Perspectiva da Teoria da Relevância Cultural da Contabilidade

Autores

  • Evelini Lauri Morri Garcia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
  • Leonardo Pestana Legori UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
  • Simone Leticia Raimundini Sanches UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
  • Valter da Silva Faia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Palavras-chave:

Ativo Intangível. Evidenciação. Cultura.

Resumo

Objetivo: Avaliar as diferenças nas práticas de evidenciação dos ativos intangíveis, conforme especificações das IFRS, em empresas brasileiras e australianas.

Fundamento: Os ativos intangíveis possuem relativa subjetividade que dificulta a estimação dos seus futuros benefícios econômicos. Apesar da exigência de divulgação destas informações, existe baixa adesão ao CPC 04, o que pode ser investigado comparando a divulgação brasileira com países culturalmente distintos, como a Austrália. Esta perspectiva é amparada pela Teoria da Relevância Cultural na Contabilidade, proposta por Gray (1988).

Método: A amostra é composta por 6 empresas listadas na BM&FBovespa e 10 empresas da Australian Securities Exchange, pertencentes ao setor de Tecnologia da Informação, subsetor de Programas e Serviços. O nível de evidenciação de ativos intangíveis foi identificado por meio de análise de conteúdo das demonstrações financeiras do exercício de 2015, com base nas exigências da IAS 38. A diferença de médias foi feita pelo Teste U de Mann-Whitney.

Resultados: O nível médio de evidenciação de ativos intangíveis de empresas australianas foi de 52,73% e das empresas brasileiras foi de 43,18%. Este resultado atende a expectativa de maior evidenciação pelas empresas australianas, defendida pela Teoria da Relevância Cultural da Contabilidade de Gray (1988). Contudo, o pressuposto de que a cultura da Austrália influi em alta transparência não foi verificado.

Contribuições: Discute a compreensão do exercício da contabilidade a partir de preceitos comportamentais locais, ampliando noções empíricas a partir da Relevância Cultural, uma abordagem teórica pouco debatida. Suscita questionamento quanto à postura dos órgãos brasileiros emissores de normas contábeis sobre ações empregadas a fim de adaptar as tendências brasileiras oriundas da cultura ao atendimento das IFRS. 

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Biografia do Autor

Evelini Lauri Morri Garcia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

MESTRE EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS - PCO/UEM

DOUTORANDA EM ADMINISTRAÇÃO - PPA/UEM

Leonardo Pestana Legori, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

GRADUADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Simone Leticia Raimundini Sanches, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).  Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

Valter da Silva Faia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO - PPA/UEM

DOUTORANDA EM ADMINISTRAÇÃO - PPA/UEM

Arquivos adicionais

Publicado

2017-12-23

Como Citar

Morri Garcia, E. L., Pestana Legori, L., Raimundini Sanches, S. L., & da Silva Faia, V. (2017). Evidenciação de Ativos Intangíveis no Brasil e na Austrália sob a Perspectiva da Teoria da Relevância Cultural da Contabilidade. Revista Evidenciação Contábil &Amp; Finanças, 6(1), 6–23. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/recfin/article/view/35640

Edição

Seção

Seção Nacional