A Influência da Governança Corporativa e do Auditor na Divulgação sobre Riscos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2020v8n3.47009

Resumo

Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar a relação existente entre a divulgação de informação sobre riscos e os mecanismos de governo das sociedades e o auditor externo. Fundamento:Pretende-se averiguar se estes mecanismos de redução das assimetrias de informação exercem alguma influência na informação divulgada. 

Método: Para tal, será realizada uma revisão de estudos empíricos relacionados com o tema em apreço, no sentido de identificar resultados prévios que comprovem a existência de influência do governo das sociedades e do auditor na divulgação sobre riscos. 

Resultados: Verifica-se que determinadas caraterísticas do Conselho de administração, a estrutura de propriedade e a existência de um Comité de gestão de risco autónomo, o valor dos honorários recebidos pelo auditor, o tipo de empresa de auditoria a que este se encontra associado, a dimensão da sua carteira de clientes e a constituição de uma Comissão de auditoria se encontram associados ao nível e qualidade da divulgação sobre riscos.

Contribuições:Este trabalho contribui para a investigação na área da divulgação de informação sobre riscos, sendo inovador no facto de se centrar especificamente no papel do governo das sociedades e no auditor na tomada de decisão sobre a quantidade e qualidade de informação a divulgar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sara Serra, Escola Superior de Gestão Instituto Politécnico do Cávado e do Ave

Departamento de Contabilidade e Fiscalidade

Docente da área disciplinar de Auditoria

Kátia Lemos, Escola Superior de Gestão Instituto Politécnico do Cávado e do Ave

Departamento de Contabilidade e Fiscalidade

Docente da área disciplinar de Contabilidade e Relato  Financeiro

Referências

Abdul-Rahman, O., Benjamin, A., & Olayinka, O. (2017). Effect of Audit Fees on Audit Quality: Evidence from Cement Manufacturing Companies in Nigeria. European Journal of Accounting, Auditing and Finance Research, 5(1), 6-17.

Abdullah, M., Shukor, Z., & Rahmat, M. (2017). The influence of risk management committee and audit committee towards voluntary risk management disclosure. Jurnal Pengurusan, 50, 1-20.

Adznan, S., & Nelson, S. (2014). Financial instruments disclosure practices: evidence from Malaysian listed firms. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 164, 62-67.

Al-Hadi, A., Hasan, M., & Habib, A. (2016). Risk committee, firm life cycle, and market risk disclosures. Corporate Governance: An International Review, 24(2), 145-170.

Al-Mudhaki, J., & Joshi, P. (2004). The role and functions of audit commit¬tees in the Indian corporate governance: empirical findings. International Jo¬urnal of Auditing, 8, 33-47.

Ali, M., & Taylor, D. (2014). Content analysis of corporate risk in Malaysia. 4th Annual International Conference on Accounting and Finance, 15-24.

Allini, A., Rossi, F., & Hussainey, K. (2016). The board’s role in risk disclosure: an exploratory study of Italian listed state-owned enterprises. Public Money & Management, fevereiro, 113-120.

Alves, C., & Cherobim, A. (2009). Análise do nível de divulgação do risco operacional segundo recomendações do Comité de Basileia: estudo em bancos do país e exterior. Revista de Administração MacKenzie, 10(2), 57-86.

Amaral, M. (2015). Divulgação de informação sobre riscos financeiros: evidência empírica no setor bancário português. Dissertação de Mestrado em Banca e Seguros, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.

Aronmwan, E., Ashafoke, T., & Mgbame, C. (2013). Audit Firm Reputation and Audit Quality. European Journal of Business and Management, 5(7), 66-75.

Aryani, D., & Hussainey, K. (2017). The determinants of risk disclosure in the Indonesian non-listed banks. Int. J. Trade and Global Markets, 10(1), 58-66.

Ashfaq, K., Zhang, R., Munaim, A., & Razzaq, N. (2016). An investigation into the determinants of risk disclosure in banks: evidence from financial sector of Pakistan, International Journal of Economics and Financial Issues, 6(3), 1049-1058.

Asthana, S., Kalelkar, R., & Raman, K. (2018). Unintended consequences of Big 4 auditor office-level industry specialisation. International Journal of Accounting, Auditing and Performance Evaluation, 14(2-3), 254-289.

Babatolu, A., Aigienohuwa, O., & Uniamikogbo, E. (2016). Auditor’s Independence and Audit Quality: A Study of Selected Deposit Money Banks in Nigeria. International Journal of Finance and Accounting, 5(1), 13-21.

Barakat, A., & Hussainey, K. (2013). Bank governance, regulation, supervision, and risk reporting: evidence from operational risk disclosures in European banks. International Review of Financial Analysis, 30, 254-273;

Barako, D., Hancock, P., & Izan, H. (2006). Factors influencing voluntary corporate disclosure by Kenyan companies. Corporate Governance: An International Review, 14(2), 107-125.

Basel Committee on Banking Supervision (2003). Public disclosures by banks: results of the 2001 disclosure survey, BCBS.

Basel Committee on Banking Supervision & Technical Committee of the International Organization of Securities Commissions (1997). Survey of disclosures about trading derivatives activities of banks and securities firms 1996, BCBS & IOSCO.

Basel Committee on Banking Supervision & Technical Committee of the International Organization of Securities Commissions (1999). Trading and derivatives disclosures of banks and securities firms – results of the survey of public disclosures in 1998 annual reports, BCBS & IOSCO.

Beneditto, E., & Silva, R. (2008). Análise do nível de transparência das instituições financeiras brasileiras em relação ao Acordo com o Novo Acordo de Capitais (Basileia II) – Um estudo de caso múltiplo. Brazilian Business Review, 5(3), 192-208.

Bischof, J. (2009). The effects of IFRS 7 adoption on bank disclosure in Europe. Accounting in Europe, 6(2), 167-194.

Bortolon, P., Neto, A., & Santos, T. (2013). Audit Costs and Corporate Governance. Revista Contabilidade e Finanças, 24(61), 27-36.

Breesch, D., & Branson, J. (2009). The Effects of Auditor Gender on Audit Quality. The IUP Journal of Accounting Research & Audit Practices, 8(3-4), 78-107.

Campbell, J., Chen, H., Dhaliwal, D., Lu, H., & Steele, L. (2014). The information content of mandatory risk factor disclosures in corporate filings. Review of Accounting Studies, 19(1), 396-455.

Carcello, J., Hollingsworth, C., & Neal, T. (2006). Audit Committee Financial Experts: A Closer Examination using Firm Designations. Accounting Horizons, 20(4), 351-373.

Carmona, P., Fuentes, C. D., & Ruiz, C. (2016). Risk disclosure analysis in the corporate governance annual report using fuzzy-set qualitative comparative analysis. Revista de Administração de Empresas, 56(3), 342-352.

Carneiro, R. (2008). Divulgação de informações sobre instrumentos financeiros e riscos bancários: uma análise comparativa. Dissertação de Mestrado em Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

Dantas, J., Rodrigues, F., Rodrigues, J., & Capelletto, L. (2010). Determinantes do grau de evidenciação de risco de crédito pelos bancos brasileiros. Revista de Contabilidade & Finanças, USP, São Paulo, 21(52), 1-27.

DeAngelo, L. (1981). Auditor size and audit quality. Journal of Accounting and Economics, 3, 183-199.

Dey, R., Hossain, S., & Rezae, Z. (2018). Financial risk disclosure and financial attributes among publicly traded manufacturing companies: evidence from Bangladesh. Journal of Risk and Financial Management, 11(50), 1-16.

Dhar, P. (2014). Risk disclosure by select Indian banks with reference to IFRS 7 / IND-AS 32: a study. International Journal of Research in Commerce & Management, 5(5), 29-37.

Dobler, M., Lajili, K., & Zéghal, D. (2011). Attributes of corporate risk disclosure: an international investigation in the manufacturing sector. Journal of International Accounting Research, 10(2), 1-22.

El-Bannany, M. (2015). Global financial crisis and credit risk disclosure in the UAE banks. Risk Governance & Control: Financial Markets & Institutions, 5(1), 20-26.

Elshandidy, T., & Neri, L. (2015). Corporate Governance, Risk Disclosure Practices, and Market Liquidity: Comparative Evidence from the UK and Italy. Corporate Governance: An International Review, 23(4), 331-356.

Fama, E., & Jensen, M. (1983a). Agency Problems and residual claims. Journal of Law and Economics. 26(2), 327-349.

Fama, E., & Jensen, M. (1983b). Separation of ownership and control. Journal of Law and Economics, 26(2), 301-325.

Feria Domínguez, J., & Oliver Alfonso, M. (2006). Análisis en el marco de BASILEIA II del tratamiento del riesgo de mercado en los informes anuales bancarios. Técnica Contable, 685, 25-33.

Fukukawa, H., & Kim, H. (2017). Effects of audit partners on clients’ business risk disclosure. Accounting and Business Research, 47(7), 780-809.

G20 Working Group (2009). Enhancing sound regulation and strengthening transparency: final report. Documento disponível em http://www.gfintegrity.org/storage/gfip/documents/g20%20working%20group%201%20report.pdf.

Gómez, N., & Ruiz, E. (2000). Un estudio empírico sobre la relación entre informe de auditoría y cambio de auditor. Revista Española de Financiación y Contabilidad, XXIX (105), 705-741.

Goodwin, J. (2003). The relationship between the audit committee and the internal audit function: evidence from Australia and New Zealand. Internatio¬nal Journal of Auditing, 7, 263-278.

Habtoor, O., Ahmad, N., Mohamad, N., & Che Haat, M. (2017). Linking corporate risk disclosure practices with firm-specific characteristics in Saudi Arabia. Gadjah Mada International Journal of Business, 19(3), 247.

Hernández, R., & Trejo, X. (2016). Risk disclosure: first overview in the Mexican context. World of Accounting Science, 18, 511-536.

Hoitash, U., Hoitash, R., & Bedard, J. (2009). Corporate governance and internal control over financial reporting: a comparison of regulatory regimes. The Accounting Review, 84(3), 839-867.

Ismail, R. & Rahman, A. (2011). Institutional investors and board of directors’ monitoring role on risk management disclosure level in Malaysia. The IUP Journal of Corporate Governance, 10(2), 37-61.

Jensen, M., & Meckling, W. (1976). Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs and Ownership Structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.

Jiang, J., Wang, I., & Wang, K. (2018). Big N auditors and audit quality: New evidence from quasi-experiments. The Accounting Review. In-Press.

Khlif, H. & Hussainey, K. (2016). The association between risk disclosure and firm characteristics: a meta-analysis. Journal of Risk Research, 19(2), 181-211.

Kim, H. & Yasuda, Y. (2018). Business risk disclosure and firm risk: evidence from Japan. Research in International Business and Finance, 45, 413-426.

Kuntari, Y., Chariri, A., & Nurdhiana, N. (2017). The Effect of Auditor Ethics, Auditor Experience, Audit Fees and Auditor Motivation on Audit Quality. Sriwijaya International Journal of Dynamic Economics and Business, 1(2), 203-218.

Lajili, K. (2009). Corporate risk disclosure and corporate governance. Journal of Risk and Financial Management, 2, 94-117.

Lennox, C. (1999). Non-audit fees, disclosure and audit quality. European Accounting Review, 8(2), 239-252.

Linsley, P., Shrives, P., & Crumpton, M. (2006). Risk disclosure: an exploratory study of UK and Canada banks. Journal of Banking Regulation, 7(3/4), 268-282.

Madrigal, M., Guzmán, B., & Guzmán, C. (2015). Determinants of corporate risk disclosure in large Spanish companies: a snapshot. Contaduría y Administración, 60, 757-775.

Mangena, M., & Tauringana, V. (2007). Disclosure, corporate governance and foreign share ownership on the Zimbabwe stock exchange. Journal of International Financial Management and Accounting, 18(2), 53-85.

Menon, K., & Williams, J. (1994). The use of audit committees for monitoring. Journal of Accounting and Public Policy, 13(2), 121-139.

Miihkinen, A. (2013). The usefulness of firm risk disclosures under different firm riskiness, investor-interest, and market conditions: New evidence from Finland. Advances in Accounting incorporating Advances in International Accounting, 29, 312-331.

Mokhtar, E., & Mellett, H. (2013). Competition, corporate governance, ownership structure and risk reporting. Managerial Auditing Journal, 28(9), 838-865.

Moumen, N., Othman, H., & Hussainey, K. (2016). Board structure and the informativeness of risk disclosure: evidence from MENA emerging markets. Advances in Accounting incorporating Advances in International Accounting, 35, 82-97.

Myers, J., Myers, L., & Omer, T. (2003). Exploring the term of the auditor-client relationship and the quality of earnings: A case for mandatory auditor rotation?. The Accounting Review, 78(3), 779-799.

Nelson, M., & Tan, H. (2005). Judgment and decision making research in auditing: a task, person, and interpersonal interaction perspective. Auditing: A Journal of Practice & Theory, 24(Supplement), 41-71.

Nwanyanwu, L. (2017). Audit Quality Practices and Financial Reporting in Nigeria. International Journal of Academic Research in Accounting, Finance and Management Sciences, 7(2), 145-155.

O’Reilly, D. (2010). Do investors perceive the going-concern opinion as useful for pricing stocks?. Managerial Auditing Journal, 25(1), 4-16.

Oliveira, A., Caires, N., Silva, O., & Ferreira, R. (2008). Derivativos: evolução da aplicação das normas contábeis e de evidenciação das demonstrações financeiras mediante as mudanças de normas contábeis no Brasil. Comunicação apresentada no XII Congresso de Contabilidade e Auditoria.

Oliveira, J., Rodrigues, L. & Craig, R. (2011a). Risk-related disclosure practices in the annual reports of Portuguese credit institutions: an exploratory study. Journal of Banking Regulation, 12(2), 100-118.

Oliveira, J., Rodrigues, L. & Craig, R. (2011b). Risk-related disclosure by non-finance companies: Portuguese practices and disclosure characteristics. Managerial Auditing Journal, 26(9), 817-839.

Pham, N., Duong, H., Pham, T., & Ho, N. (2017). Audit Firm Size, Audit Fee, Audit Reputation and Audit Quality: The Case of Listed Companies in Vietnam. Asian Journal of Finance & Accounting, 9(1), 429-447.

Pinto, C. (2013). Fatores determinantes da divulgação de informação sobre risco de liquidez: evidencia empírica no sistema financiero português. Dissertação de Mestrado em Contabilidade e Finanças, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.

Rijwani, P., & Rajpurohit, P. (2017). Assessment of Audit Quality: An Investigation into Proxies. Asian Journal of Management, 8(2), 262-266.

Salehi, M., Moradi, M., & Paiydarmanesh, N. (2017). The Effect of Corporate Governance and Audit Quality on Disclosure Quality: Evidence from Tehran Stock Exchange. Periodica Polytechnica Social and Management Sciences, 25, 32-48.

Santos, M., Inácio, H., & Vieira, E. (2015). Governo das sociedades e a opinião do auditor: evidência portuguesa. Revista Universo Contábil. 11(3), 150-168.

Scantlebury, K., & Alleyne, P. (2015). A content analysis of risk management disclosures in Barbadian public limited companies’ annual reports. Journal of Eastern Caribbean Studies, 40(2), 124-161.

Sikka, P., Filling, S., & Liew, P. (2009). The audit crunch: reforming auditing. Managerial Auditing Journal, 24(2), 135-155.

Silva, M., Albuquerque, F., Marcelino, M., & Quirós, J. (2015). A divulgação do risco nas demonstrações financeiras: uma análise ao anexo das sociedades não financeiras portuguesas. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 9(3), 331-354.

Suárez, J., García, E., Méndez, C., & Gutiérrez, C. (2013). The effectiveness of audit committtee in Spain: implications of its existence on the auditor’s opinion. Journal of the Spanish Economic Association. 4(3), 333-351.

Woods, M., & Marginson, D. (2004). Accounting for derivatives: an evaluation of reporting practice by UK banks. European Accounting Review, 13(2), 373-390.

Woods, M., Dowd, K., & Humphrey, C. (2008). Market risk reporting by the world’s top banks: evidence on the diversity of reporting practice and the implications for international accounting harmonization. Revista de Contabilidad – Spanish Accounting Review, 11(2), 9-42.

Xavier, P. (2003). Transparência das demonstrações contábeis dos bancos no Brasil: estudo de caso sob a perspectiva do Acordo de ‘Basileia 2’. Dissertação de Mestrado em Controladoria e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

Yang, R., Yu, Y., Liu, M., & Wu, K. (2018). Corporate Risk Disclosure and Audit Fee: A Text Mining Approach. European Accounting Review, 27(3), 583-594.

Yong, H., Chalmers, K., & Faff, R. (2005). Asia Pacific banks’ derivative and risk management disclosures. Asian Review of Accounting, 13(1), 15-44.

Zango, A., Kamardin, H., & Ishak, R. (2016). Audit quality, board gender and financial risk disclosure. International Journal of Economics and Financial Issues, 6(4), 55-61.

Zhang, X., Taylor, D., Qu, W., & Wise, V. (2013). Institutional Ownership, Audit Committee and Risk Disclosure - Evidence from Australian Stock Market. Corporate Board: Role, Duties & Composition, 9(3), 66-81.

Downloads

Publicado

2020-09-07

Como Citar

Serra, S., & Lemos, K. (2020). A Influência da Governança Corporativa e do Auditor na Divulgação sobre Riscos. Revista Evidenciação Contábil &Amp; Finanças, 8(3), 106–124. https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2020v8n3.47009

Edição

Seção

Seção Internacional