CHAMADAS PARA 2017

2016-10-10
Chamadas na íntegra: 2017.1:Dossiê Espiritismos e Neo-espiritismos: doutrinas, narrativas e práticas. Coordenação: Prof. Dr. Augusto Araújo (IFPB) O dossiê “Espiritismos e Neo-espiritismos: doutrinas, narrativas e práticas” acolherá artigos que retratem, do ponto de vista pluridisciplinar das Ciências das Religiões, as pesquisas sobre a tradição espírita desde suas origens, na França do século XIX, até nossos dias. De suas raízes doutrinárias até suas mais recentes variações, bem como suas múltiplas narrativas (míticas, históricas, hagiográficas, etc.) e suas mais diversas práticas (rituais, mediúnicas, terapêuticas, etc.). Nosso objetivo é compor um dossiê que retrate a diversidade da pesquisa sobre o campo desta tradição e de seus desdobramentos na cultura brasileira. 2017.2: Dossiê Feitiçaria e Bruxaria: História e Práticas Coordenação: Prof. Dr. Johnni Langer (PPGCR-UFPB) A feiticeira. Figura misteriosa da literatura ocidental, presente desde a Antiguidade com Circe e Medéia, passando por Morgana no mundo medieval até ser objeto do romantismo francês, com o livro A feiticeira de Jules Michelet (1862). Misto de fascinação e medo, os sentimentos em torno desta figura vão fazer muito sucesso na arte e na cultura popular. O estudo das representações da feitiçaria, sua historicidade e suas ressignificações ocupam um lugar importante até mesmo na historiografia brasileira, com os clássicos O diabo e a Terra de Santa Cruz (1986) e Bruxaria e História (1991). Tema privilegiado também para discussões sobre História Cultural, como na obra de Carlo Ginzburg. Neste sentido, o dossiê aceitará discussões históricas, literárias e culturais envolvendo o tema da feiticeira enquanto produto de representações elaboradas pelo Ocidente e Oriente desde a Antiguidade, mas ainda presente no imaginário social contemporâneo. A feitiçaria. O conjunto de práticas mágicas geralmente com caráter ambíguo (mas quase sempre tendendo ao negativo) nas sociedades antigas e medievais e ainda presente de forma diversificada no mundo atual vem merecendo um grande campo de estudos por parte de antropólogos, cientistas sociais e das religiões. As crenças, as narrativas, os ritos, a simbologia e a arte das práticas de feitiçaria desde o mundo antigo também é um dos campos pretendidos pelo presente dossiê. Especialmente aquelas práticas mágicas com caráter negativo no Ocidente, como o Seiðr, a Stregheria, as tradições orais de maldições e malefícios, entre outras. Também as manifestações de neopaganismo e da Nova Era que tenham envolvimento com bruxaria e feitiçaria serão incluídas na presente chamada.