Etnoeducação Potiguara: memória dos troncos velhos, cosmologia e saberes existenciais
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2020v17n1.52438Resumo
O presente artigo tem como objetivo discutir sobre a importância dos Troncos Velhos na condição de portadores da memória e do conhecimento na Etnoeducação Potiguara. Guardiões de uma tradição indígena milenar que se expressa em torno de uma prática pedagógica constante os sábios anciãos se apresentam como eixos centrais no processo de transmissão do conhecimento por trazerem consigo uma bagagem com suas histórias e memórias, expressas em torno de uma educação pautada pelo espírito coletivo, para edificar valores espirituais e sagrados no meio da etnia. A arte de educar e a memória dos Troncos Velhos apresentam legados guardando valores que se configuram em uma pedagogia ancestral. Longe dos muros das escolas convencionais e da educação formal esse modelo sobrevive como prática cotidiana e traz uma herança movida pelo sentimento de pertença que se manifesta no respeito pela Mãe Terra e seus elementos cujos valores se traduzem numa pedagogia da existência. O estudo é de base etnográfica. Sobre os dados bibliográficos dialogamos com Nascimento (2017), Barcellos (2014), Freire (2020) e Eliade (2018; 2017). Os Troncos Velhos assumem o protagonismo, possuindo voz e vez no meio da comunidade Potiguara, saem do plano humano para adentrar o existencial porque suscitam valores e conduzem o grupo num movimento perene, fortalecendo a cada dia com suas histórias e experiências transcendentes, a espiritualidade, a etnoeducação e a identidade étnica dos indígenas que habitam o Litoral Norte do estado da Paraíba.
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