Guerra preventiva ao fundamentalismo: a desumanização e a industrilaização da guerra no século XXI

Autores

  • Clarissa Nascimento Forner Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Resumo

Esse artigo visa analisar a evolução do processo de desumanização da guerra no século XXI, desde o início da Guerra Global ao Terror, declarada pelo presidente republicano George W. Bush (2000-2008), após os atentados de 11 de setembro de 2001, até a atual administração do democrata Barack Obama (2009-2016). Para isso, utilizamos alguns alicerces conceituais da Guerra Preventiva, como o “Choque de civilizações” de Samuel P. Huntington e a construção do terrorista como “inimigo”, para demonstrar que o emprego massivo de drones (aeronaves não tripuladas) no combate ao terrorismo pelo governo Obama culmina na desumanização dos terroristas e da própria guerra, em última instância, ao desconectar os indivíduos do campo de batalha e insensibilizá-los aos horrores e sofrimentos ligados aos desenrolares de combate.

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Biografia do Autor

Clarissa Nascimento Forner, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Graduanda no Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), realizando pesquisa com bolsa de iniciação científica da FAPESP com ênfase no estudo da política externa dos Estados Unidos e suas estratégias de combate ao terrorismo internacional no século XXI

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Publicado

21.07.2015

Como Citar

Forner, C. N. (2015). Guerra preventiva ao fundamentalismo: a desumanização e a industrilaização da guerra no século XXI. Revista De Iniciação Científica Em Relações Internacionais, 2(4), 19–41. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ricri/article/view/22111

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Artigos