Estados Falidos: Descrição do real ou profecia autorrealizável?
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-9452.2022v9n18.58594Resumo
Nos últimos anos, o termo “Estado Falido” tem sido frequentemente referenciado na mass media e no discurso político. Ao lado deste processo, nota-se o surgimento de diversos índices de comparação de desempenho estatal, como o Fragile States Index (FSI), que fornecem um componente estatístico-matemático fundamental para reforçar a possibilidade de determinação a “fragilidade” de um Estado. A partir da ideia de colonialidade presente na obra de Quijano (2005) e da crítica sobre as respostas políticas internacionais tradicionais à falência estatal desenvolvida por Brooks (2015), o presente artigo visa problematizar a caracterização de um Estado como Falido ou Frágil, apontando para o caráter eurocêntrico e tecnicista dos índices, que acabam por não incorporar a pluralidade de modelos institucionais e culturas existentes no mundo. Para aprofundar o debate, também será analisada a aplicação do conceito no caso asiático, onde evidencia-se uma divergência entre a relevância de determinados Estados no cenário internacional e sua classificação como Estado Frágil no âmbito do FSI.
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