Justiça Ambiental e o Green New Deal
Uma análise interseccional dentro da lógica de teoria aplicada
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-9452.2023v10n20.66213Resumo
A partir da ideia de que é preciso romper com a injustiça ambiental que está estruturada na exploração das pessoas e do planeta, o objetivo desse trabalho é analisar o Green New Deal a partir de um estudo interseccional entre as propostas do documento e os 04 pilares da justiça ambiental radical em Benjaminsen e Svarstad (2020) – (1) Justiça distributiva; (2) Reconhecimento; (3) Justiça Processual e (4) Capacidades. O Green New Deal é um projeto de transição climática baseado na lógica Keynesiana do Estado como ator principal na promoção do desenvolvimento econômico e social, nesse caso, no desenvolvimento de infraestrutura sustentável, na criação de empregos limpos, na promoção de justiça ambiental e no combate à crise climática global. A pergunta de pesquisa é: “Qual o papel empírico do Green New Deal no debate teórico sobre Justiça Ambiental?”. A metodologia será executada a partir de uma investigação teórica dentro da Teoria Verde e da Ecopolítica Crítica em uma análise comparativa teoria-projeto na ideia de teoria aplicada em Barry (2014). A hipótese é de que apesar dos limites de um projeto reformista, o Green New Deal se insere como um avanço dentro dos debates mais radicalizados em Justiça Ambiental, e se mostra como a ponta de um movimento que passa pelo projeto, mas vai além dele.
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