DESAFIOS DO PROCESSO DE REALIZAÇÃO DA MERCADORIA EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA DE PERNAMBUCO E DO RIO GRANDE DO SUL
Resumo
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem buscado legitimar suas ações de várias formas. Um meio é a oferta da produção dos assentamentos à sociedade. Assim, agricultores assentados organizam-se em cooperativas e associações, com vistas ao fortalecimento conjunto, buscando produzir e comercializar, sem reproduzir o paradigma capitalista da geração de excedente de capital a qualquer custo. Entretanto, boa parte da produção (geralmente matérias-primas e produtos in natura com baixo valor agregado percebido) tem sido comercializada via atravessadores ou apropriada por terceiros, que agregam valor às matérias-primas e, conseqüentemente, apropriasm-se dos sobrevalores gerados por essas atividades. O presente trabalho tem por objetivo apresentar um breve apanhado da realidade de produção e comercialização de dois empreendimentos criados e administrados por assentados oriundos de processos de reforma agrária, coordenados pelo MST, com a finalidade de refletir sobre os desafios de tais processos. Busca-se, a partir dos resultados, pensar em caminhos para a consolidação das experiências bem-sucedidas, com vistas à replicação das mesmas para outros assentamentos no Brasil, ao mesmo tempo que se contribui com experiências para a consolidação da Economia Solidária como alternativa para alcançar a justiça distributiva.Downloads
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