SINDICALISMO PRAGMÁTICO DOS BANCÁRIOS DO SÉCULO XXI
Resumo
Este artigo discute alguns fatores explicativos das transformações no sindicalismo bancário após a reestruturação do sistema financeiro nos anos noventa no Brasil e analisa os desdobramentos das táticas adotadas por estes trabalhadores organizados nos primeiros anos do século XXI. Fazem parte da análise a redução intensa do emprego formal nos bancos, a seletividade da representação sindical e a segmentação de classe entre os trabalhadores em bancos, a preservação de elevadas taxas de sindicalização nos sindicatos dos bancários, a constituição de grandes máquinas sindicais metropolizadas e a prestação de serviços mercantis, a profissionalização dos gestores sindicais e a substituição dos trabalhadores por dirigentes ou terceiros na ação direta de mobilização e protestos. Conjugadas diversas táticas de organização, os sindicatos dos bancários sobreviveram à crise sindical dos anos noventa, ajustaram-se aos desafios da reestruturação financeira e reorientam a representação dos múltiplos interesses dos trabalhadores integrados aos objetivos estratégicos das corporações financistas, contribuindo para a conflituosa ampliação da subsunção real do trabalho no capital. O artigo é composto de quatro seções. A primeira seção se refere às transformações do setor bancário e seus impactos sobre o emprego. A segunda seção compreende uma análise das mudanças enfrentadas pelos sindicatos dos trabalhadores bancários e as estratégias definidas, enquanto a terceira seção se dedica aos impasses que emergiram trabalhadores do sistema bancário após as transformações verificadas no setor e no sindicato dos trabalhadores. Por último, as conclusões.Downloads
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