O DISCURSO E A ÓTICA DE COUTO DE MAGALHÃES EM O SELVAGEM NO CENÁRIO INDIGENISTA DO SÉCULO XIX

Autores

  • Águida Aparecida GAVA
  • José Horta NUNES

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo principal analisar o discurso de Couto de Magalhães em sua obra O Selvagem, que retrata o panorama indigenista do século XIX. Para tanto, assinalaremos as marcas de discurso na visão militar, exploradora e conquistadora do autor. Utilizamos os procedimentos metodológicos da análise do discurso que relaciona o linguístico ao histórico e ao ideológico, entendendo a língua como um sistema aberto, compreendido pela formulação e circulação dos sentidos, onde o ideal da língua é inatingível em sua plenitude, pois considera a ocorrência do movimento dos sentidos e não sentidos prontos, exatos ou imutáveis (NUNES,  2006). Em busca do movimento nos sentidos, numa reflexão sobre os deslocamentos e esquecimentos ocorridos no cenário indigenista do século XIX, recorremos às narrativas do General (1935) e analisaremos o papel da língua e o discurso do militar frente às questões indígenas, no processo da colonização, com o propósito de encontrar os efeitos de sentidos capazes de contribuir para a instituição do dito como verdade. Pontuamos, também, a singularidade das lendas Tupi registradas pelo autor, que constituem um arquivo vivo da época, e que no século atual representam ainda um importante recurso transmissor de ensinamentos entre os indígenas.

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