SÉMIOTIQUE DE LA TRANSMISSION

Autores

  • François RASTIER

Resumo

L’éducation ne se limite pas à l’inculcation de connaissances (quant au contenu) ni à la formation professionnelle (quant à la finalité). La relation didactique prend en effet son sens dans un projet éducatif global, qui intéresse toutes les formes de l’autonomie: autonomie de décision critique du citoyen, autonomie professionnelle du travailleur, autonomie des choix de vie individuels de la personne. Aussi les problématiques dominantes de la cognition comme de la communication — même quand elles sont utiles, restent-elles réductrices — voire nuisibles quand elles accompagnent le désengagement des Etats à l’égard de leurs missions régaliennes, déléguant l’éducation aux familles et aux entreprises. Ils convient donc de conduire une analyse critique des notions de connaissance et de compétence, d’évaluation et d’excellence, telles que les emploient les bureaucraties éducatives pour propager l’idéologie managériale. Et complémentairement, d’approfondir et de détailler comment la dette symbolique lie l’élève et l’engage à devenir un maître à son tour ; comment le concept d’univers culturel dépasse toute «vision du monde» déterminante; enfin, comment les concepts cosmopolitiques de linguistique générale, de littérature mondiale, de patrimoine de l’humanité engagent des biens culturels communs qui sont l’œuvre de l’humanité tout entière. Cette prise de conscience, à laquelle la sémiotique des cultures veut contribuer, reste nécessaire pour lutter contre les catastrophes politiques et environnementales.

Mots clés: Education; Transmission culturelle.

A educação não se limita à inculcação de conhecimentos (quanto ao conteúdo) ou de formação profissional (quanto à finalidade). A relação educativa é realmente significativa em um projeto educacional global, que abrange todas as formas de autonomia: a autonomia de decisão crítica do cidadão, autonomia profissional do trabalhador, autonomia das escolhas de estilo de vida individuais da pessoa. As problemáticas dominantes da cognição, bem como da comunicação – mesmo que sejam úteis, permanecem reducionistas - ou mesmo sendo prejudicadas quando são acompanhadas pelo desligamento dos Estados no que diz respeito aos poderes de gerenciá-las, delegando a educação às famílias e empresas. Convêm, portanto, realizar uma análise crítica dos conceitos de conhecimento e competência, de avaliação e excelência, tais como os empregam os burocratas educacionais para espalhar a ideologia gerencial. E, adicionalmente, aprofundar e detalhar como a dívida simbólica liga o aluno e o leva a tornar-se um mestre; como o conceito de universo cultural ultrapassa a "visão de mundo" determinante; finalmente, como os conceitos cosmopolitas de linguística geral, de literatura mundial, de patrimônio da humanidade comprometem bens culturais comuns que são o trabalho de toda a humanidade. Esta tomada de consciência, com a qual a semiótica das culturas quer contribuir, torna-se necessária para lutar contra as catástrofes políticas e ambientais.

Palavras-chave: Educação; Transmissão cultural.

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Publicado

2016-03-05

Edição

Seção

ARTIGOS