Futebol, Torcida e Territórios: diálogos entre Antropologia e Jornalismo em dia de jogo do Botafogo-PB
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-375X.2017v4n1.35849Palavras-chave:
Jornalismo esportivo, Antropologia e Jornalismo, Futebol, Torcida, Território, Botafogo-PB.Resumo
Historicamente, narradores e demais jornalistas de rádio e de TV que fazem as transmissões de futebol Brasil afora costumam ver a torcida de um clube como uma unidade que vai ao estádio sempre com o mesmo objetivo: torcer pelo seu time do coração. Uma leitura distante do que acontece e que muitas vezes complica o trabalho dos profissionais de imprensa, que sem as informações adequadas não sabem lidar ao vivo, por exemplo, com ocorrências originadas dentro de uma mesma torcida. Este artigo, portanto, com o pretensioso objetivo de contribuir com o trabalho da crônica esportiva brasileira, analisa jogos do Botafogo-PB sob um olhar antropológico para entender melhor como se constituem as torcidas de futebol. E tentar mostrar que bem diferente de uma unidade indivisível, a torcida de um mesmo clube é na verdade um conjunto de territórios que coexistem numa mesma arquibancada em permanente estado de negociações e conflitos.
Downloads
Referências
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
CORREIA, João Carlos. Teoria e Crítica do Discurso Noticioso: notas sobre jornalismo e representações sociais. Covilhã: LabCom, 2009.
DAMATTA, Roberto. Antropologia do Óbvio. Dossiê Futebol, São Paulo, n. 22, pp. 10-17, jun./ago. 1994.
DAMATTA, Roberto. O Ofício do Etnólogo, ou como Ter Anthropological Blues. Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, n. 27, pp. 1-12, mai. 1978.
HAESBAERT, Rogério. O Mito da Desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 11ª Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
LE BRETON, David. A Sociologia do Corpo. Trad. Sônia M. S. Fuhrmann. 4ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
MAGNANI, José Guilherme. De Perto e de Dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n. 49, pp. 11-29, 2002.
MAGNANI, José Guilherme. Etnografia Como Prática e Experiência. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, pp. 129-156, jul./dez. 2009.
MORETZSOHN, Sylvia. Jornalismo em Tempo Real: o fetiche da velocidade. Rio de Janeiro: Renavan, 2002.
PINTO, Paulo Gabriel Hilu da Rocha. Etnicidade e Nacionalismo Religioso entre os Curdos da Síria. Antropolítica, Niterói, n. 19, pp. 31-61, jul./dez. 2005.
RÜDIGER, Francisco. Ciência Social Crítica e Pesquisa em Comunicação: trajetória histórica e elementos de epistemologia. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2002.
SIMMEL, Georg. O Conflito como Sociação. Trad. Mauro Guilherme Pinheiro Koury. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 10, n. 30, pp. 568-573, dez. 2011.
SOUZA, Rommel Jorge Barbosa de. Nervos e Emoção: formas de interação entre torcedores organizados da Facção Jovem (Campinense – Campina Grande-PB). 2014. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, 2014.
WISNIK, José Miguel. Veneno Remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
» Ao se efetivar a aprovação de artigos, entrevistas, relatos profissionais ou resenhas, o autor caso do trabalho se aprovado para publicação, o autor (autores) deve assinar Declaração de Autenticidade e de cessão de Direitos Autorais à Revista Âncora.
» When making the approval of articles, interviews, professional reports or reviews, the author if the work is accepted for publication, the author (authors) must sign the Declaration of Authenticity and assignment of copyright to the Journal Anchor.