POLÍTICAS SOCIAIS DE FINANÇAS SOLIDÁRIAS: impactos nas relações de gênero

Autores

  • Celly Souza dos Santos UFPB

Resumo

Neste artigo pretendo desenvolver uma reflexão antropológica sobre as interfaces entre políticas sociais e relações de gênero em comunidades camponesas no Estado da Paraíba. A política em foco é a dos Fundos Rotativos Solidários (FRS) que são instrumentos de finanças solidárias direcionados às comunidades que em tese praticam a auto-gestão dos referidos fundos, formando uma poupança e que decidem (re) investir parte desta em prol da própria comunidade2· O recorte empírico são comunidades de assentados situadas no entorno do Município de Santa Cruz no sitio Tigre situado no Alto Sertão Paraibano. Em um primeiro momento irei abordar as teorias de gênero que afirmam a universalidade da subordinação da mulher e a mediação dos papéis sociais desenvolvidas dentro do âmbito das relações entre homens e mulheres na sociedade. A seguir vou analisar os impactos da política dos FRS no cotidiano das comunidades, realçando os impactos nas relações de gênero. Neste sentido, as indagações centrais do presente artigo são: Em que medida as experiências em economia e finanças solidárias permite maior participação das mulheres? E, quais as ressonâncias da política nas relações de gênero? Estariam os FRS permitindo a essas mulheres e homens ressignificar as relações de gênero no âmbito da família e na comunidade? Os dados empíricos foram coletados durante a pesquisa de avaliação etnográfica dos FRS.

Palavras-Chave: Políticas Sociais; Gênero; Finanças Solidárias.

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Publicado

2019-07-24

Edição

Seção

DOSSIÊ AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS