https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/issue/feedCAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais2024-07-10T11:07:54-03:00Giovanni Boaesrevistacaos99@gmail.comOpen Journal Systems<p class="p1">Publicação do Curso de Ciências Sociais da UFPB, criada em 1999 com o objetivo de divulgar a produção da comunidade acadêmica nas áreas de sociologia, antropologia, ciência política e suas interfaces com outras disciplinas das ciências humanas.</p> <p class="p1"> </p> <p class="p1"> </p> <p class="p1"> </p>https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/68019HARRIET MARTINEAU: precursora das ciências sociais e da luta pela emancipação das mulheres2024-03-29T07:48:34-03:00Alba Paulo de Azevedoalbapazevedo@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo examinar a contribuição de Harriet Martineau para a inclusão social e política das mulheres, enquanto precursora da produção crítico-discursiva das ciências sociais acerca do fenômeno da desigualdade de gênero nas democracias modernas. Como metodologia, fez uso de um levantamento bibliográfico acerca do legado acadêmico da autora inglesa ao desenvolvimento da sociologia no século XIX, sublinhando o seu compromisso com a emancipação das mulheres, com vistas à reparação dessa incompletude na democracia, hoje considerada requisito para a concretização da diversidade e compreensão do mundo atual. Como resultado, foi identificado que o estudo de uma sociedade deve contemplar todos os seus aspectos e suas principais instituições políticas, religiosas e sociais, incluindo um entendimento da vida e do trabalho das mulheres. Como conclusão, manifesta a necessidade de (re)visitar a obra da socióloga, não apenas para o entendimento do caráter hierarquizado da democracia e da organização das relações de poder, mas sobretudo para uma afirmação da cidadania feminina plena.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Alba Paulo de Azevedohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/67650INIQUIDADE E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NEGRA NO SISTEMA DE SAÚDE: uma revisão narrativa2023-11-24T21:29:10-03:00Bianca Stefany Dias de Jorgebiancadiasjorge@gmail.comTânia Maria Gomes da Silvatania.gomes@unicesumar.edu.br<p>Estudos feministas e de gênero, em uma perspectiva decolonial e interseccional, têm se avolumado nos últimos anos em diferentes países. A partir dessas pesquisas, admite-se que o cruzamento de identidades vulnerabilizadas, por gênero, raça e classe social entre outras, potencializa as condições de adoecimento físico e mental das pessoas. Considerando que o Brasil é um país estruturalmente marcado por racismo e sexismo, evidencia-se a importância de discussões sobre como preconceitos de gênero e raça comprometem a saúde das mulheres negras. Objetiva-se, para isso, fazer uma revisão narrativa da literatura sobre a saúde das mulheres negras. Os dados foram coletados nas principais bases de pesquisa nacionais e internacionais, como Scielo, PubMed e PePSIC, com os descritores em português (saúde, mulheres negras, racismo), e em inglês (health, black women, racism). Para a interpretação dos dados, foi realizada a análise qualitativa de conteúdo. Na questão teórica, busca-se sustentação especialmente em autoras do feminismo negro, como Lélia González (2020) e Sueli Carneiro (2020). A partir da análise, a literatura científica destaca o alto índice de violência contra as mulheres, sobretudo a violência obstétrica na área da saúde. Conforme se verifica nas pesquisas consideradas, a estigmatização, a discriminação e o racismo se aliam ao preconceito de gênero e de classe. Em consequência, surgem efeitos adversos na saúde das mulheres, potencializando as dificuldades de busca por cuidados.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bianca de Jorge, Tânia Maria Gomes da Silvahttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/69595“SARAVÁ KEHINDE!”: o carnaval do Rio de Janeiro como manifesto político 2024-04-23T14:26:30-03:00Carlos Antonio Nascimento de Souzacarlosansouza95@gmail.com<p>O presente artigo discute a emoção no universo das escolas de samba do Rio de Janeiro. Tomada como um elemento central e um sentimento universal durante o processo de construção do desfile de carnaval, a emoção é capaz de impulsionar as escolas de samba na disputa do concurso de carnaval. Diante da mobilização frequente de múltiplos sentimentos pelos diversos atores das agremiações, este artigo se propõe a investigar os impactos, efeitos e consequências da emoção no carnaval das escolas de samba. Para tanto, tem-se como objeto central do estudo o desfile <em>Um defeito de cor</em>, baseado em livro homônimo (Gonçalves, 2006), da escola de samba Portela, eleito nas categorias <em>melhor enredo</em> e <em>melhor desfile</em> do carnaval 2024 em uma premiação de grande relevância no carnaval do Rio de Janeiro. A análise do trabalho está centralizada no campo da antropologia das emoções e em conceitos desenvolvidos por Lila Abu-Lughod e Catherine Lutz (1990). Para além de apresentar a sistematização desse campo teórico pelas autoras na década de 1980, o artigo expõe elementos presentes no universo das escolas de samba e o desfile de 2024 da Portela. Como resultado, observou-se que a emoção é o fator responsável por produzir uma dimensão micropolítica no carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro que busca alterações da realidade social dos desfilantes e do público.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carlos Antonio Nascimento de Souzahttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/69317A DÁDIVA PATERNALISTA: apontamentos sobre a reciprocidade das concessões na cidade-empresa2024-03-26T09:16:26-03:00Norberto Quintana Guidotti de Ornelasnorberto.ornelas@acad.ufsm.br<p>Entendendo que o paternalismo envolve vínculos de proximidade, benfeitoria, auxílio e ajuda que se desenvolvem entre sujeitos de posições desiguais — relação comum em assentamentos industriais que mantêm um projeto autárquico de assistência aos trabalhadores —, este artigo busca refletir em que medida o paternalismo empresarial pode ser interpretado como uma forma de dádiva, baseada na reciprocidade e dependência. Para tal, parte-se do constructo teórico de Marcel Mauss (2003) e seus desdobramentos contemporâneos. O caso concreto que baliza esta reflexão é o da cidade-empresa de Minas do Camaquã/RS. A partir da compreensão do fenômeno no grupo investigado, por meio de análise documental e entrevistas com ex-trabalhadores(as) da Companhia Brasileira do Cobre, é possível estabelecer aproximações explicativas entre os dons e dívidas que eram oriundos das benesses do patrão e as dinâmicas das relações laborais tecidas entre os trabalhadores mineiros e a empresa.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Norberto Quintana Guidotti de Ornelashttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/69315UM VERDADEIRO CENÁRIO ÉTNICO EM MACEIÓ: sociabilidade urbana e arranjos culturais no bairro da Levada na Primeira República2024-04-22T13:34:00-03:00Ulisses Rafaelulisses38@academico.ufs.br<p>Este artigo explora as formas de interação social em espaços públicos da cidade de Maceió, em Alagoas, especificamente no bairro periférico da Levada, cuja população se formou a partir da passagem do século XIX para o século XX, por ex-escravizados, remanescentes africanos, homens e mulheres livres e pobres. Diante das dinâmicas cotidianas relacionadas ao trabalho e ao entretenimento, podemos pensá-lo como um verdadeiro cenário étnico. Procuramos explorar as formas de sociabilidades verificadas nas áreas públicas do bairro, sobretudo as sociabilidades das celebrações religiosas, espaço privilegiado para observação dos costumes e normas de comportamento público. Destacamos duas situações celebrativas: a festa de São Benedito e as homenagens à Santa Bárbara. Essas festas, realizadas pelas casas religiosas de matrizes africanas, atraiam muitas pessoas, tanto do bairro como de outras localidades. Elas ganhavam maior visibilidade quando organizadas por Chico Foguinho, liderança religiosa do bairro. Nas notícias jornalísticas, as festas eram frequentemente relatadas como fatos trágicos, anedóticos ou como denúncias feitas por vizinhos insatisfeitos. A interpretação se deu sobre matérias de jornais da época, particularmente o Jornal de Alagoas, principal órgão oposicionista, além das crônicas locais daquele período. Este artigo deriva da pesquisa de doutorado, iniciado nos anos 2000, cujo objetivo foi investigar a perseguição contra as casas de culto religioso, conhecidas, à época, como xangôs. A conclusão, conforme já verificada na tese (Rafael, 2004), é que a presença da população negra de Maceió sempre foi obliterada, não apenas por parte da imprensa, mas, sobretudo nos trabalhos de cunho acadêmico de períodos mais recentes.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ulisses Rafaelhttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/68149SOCIOLOGIA AMBIENTAL: uma análise dos possíveis efeitos socioambientais pré-implantação do projeto da Usina Hidrelétrica de Marabá2024-03-21T14:06:12-03:00Letícia Costa Silvaleticia_200914@hotmail.com<p>No contexto da Conferência de Estocolmo de 1972, começa um movimento nas ciências humanas — que leva à fundação da sociologia ambiental — de produção de pesquisas relativas à problemática ambiental na sociedade contemporânea, cuja preocupação está centrada na globalização dos efeitos socioambientais e a produção de riscos típicos dessa sociedade. Nesse contexto, este trabalho tem como foco a região amazônica e seus habitantes, que sofrem com alterações no seu ecossistema e nas suas relações sociais tradicionais. Analisa-se os possíveis efeitos socioambientais a serem causados pela pré-implantação do projeto Hidrelétrica de Marabá na Amazônia, mais especificamente na tradicional comunidade pesqueira da Vila Apinagés, em São João do Araguaia-PA. A metodologia adotada foi a revisão da literatura que discorre sobre as consequências do avanço da sociedade industrial e seus efeitos socioambientais atrelados à implantação de grandes projetos na Amazônia. Como resultado desta inicial pesquisa bibliográfica, constatou-se que a iminente instalação da hidrelétrica de Marabá, se construída, afetará áreas de diversos municípios, levando ao deslocamento de várias comunidades tradicionais, como os moradores da vila Apinagés. Por isso, a importância do fomento para constantes discussões sobre e como foram disseminados esses projetos na região amazônica, articulando os debates com a atuação de movimentos sociais, dentre outros agentes de reação e reivindicação por justiça social e ambiental.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Letícia Costa Silvahttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/69149POLÍTICAS PÚBLICAS CULTURAIS EM DEBATE: estudo sobre as audiências públicas da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados2024-03-11T08:48:05-03:00Antonio Teixeira de Barrosantonibarros@gmail.comMalena Rehbein Rodrigues Sathlermalena.rodrigues@camara.leg.br<p>O texto analisa os debates sobre políticas públicas culturais no Brasil, originados das audiências públicas promovidas pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. O objetivo é examinar as percepções do público sobre essas audiências, considerando: os debates em si; a atuação dos parlamentares e dos expositores dos convidados; e a atuação do Congresso Nacional e do Poder Executivo. Os dados resultam de questionário aplicado presencialmente com os participantes das audiências públicas durante o ano de 2019, totalizando 30% do público total de 670. As principais conclusões mostram o predomínio de percepções positivas sobre audiências, os debates e a participação dos expositores convidados, mas a atuação dos deputados é considerada regular. A avaliação sobre a atuação do Congresso Nacional e do Poder Executivo é vista de forma negativa. Os participantes destacam as omissões dos congressistas e a falta de prioridade do tema na agenda do Executivo, com severas críticas ao Governo em exercício durante a realização da pesquisa.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Antonio Teixeira de Barros, Malena Rehbein Rodrigues Sathlerhttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/68709UMA NARRATIVA SÓCIO-HISTÓRICA SOBRE A FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL: trabalho em transformação2024-02-03T18:04:34-03:00Larissa Fernandes Camargolarissafcamargo6@gmail.comThais da Silva Ferreirathais.sil.fe@hotmail.comIvan Lucon Monteiro Jacobivan.jacob@cruzeirodosul.edu.br<p>A flexibilização global, concomitante às transformações paradigmáticas no mercado de trabalho brasileiro, sob o influxo do avanço tecnológico e em sintonia com as premissas do neoliberalismo, potencializa a precarização e o fenômeno do subemprego. Neste cenário, emerge como objetivo deste estudo a análise dos impactos socioeconômicos e sociais decorrentes da precarização e informalização do trabalho contemporâneo, fundamentada por meio da análise através dos postulados do materialismo histórico. A presente investigação, caracterizada como uma revisão narrativa da literatura, de caráter qualitativo, possibilitou a abrangência de obras recuperadas por meio dos bancos de dados Google Acadêmico e Scielo com a utilização dos descritores alienação do trabalho, flexibilização e precarização do trabalho. Conclui-se, mediante a contextualização literária, que tais aspectos de mudança no contexto laboral exercem um impacto considerável na tessitura social, traduzindo-se em uma persistente alienação do trabalho e na instauração da denominada “uberização,” cujas consequências reverberam na precarização das condições laborais, impactando adversamente a saúde física, mental e a dignidade da classe trabalhadora.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Larissa Fernandes Camargo, Thais da Silva Ferreira, Ivan Lucon Monteiro Jacobhttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/69276RAÇA, MISCIGENAÇÃO E O PROBLEMA NACIONAL EM CASA-GRANDE & SENZALA2024-02-15T12:17:29-03:00Anderson dos Santos Cordeiroandersondsc97@gmail.com<p>Este artigo é derivado da pesquisa monográfica que teve como objetivo analisar Casa-Grande & Senzala, obra publicada em 1933 pelo sociólogo e intelectual pernambucano Gilberto Freyre. A obra que está para completar 91 anos desde sua primeira publicação foi objeto de críticas pelo uso da linguagem sexualizada, da relativização do colonialismo e das tensões entre poder e raça presentes nos antagonismos entre senhor e escravo; senzala e casa-grande; liberdade e escravidão. Ao mesmo tempo, sua contribuição metodológica e sociológica foi enfatizada, com o uso das fontes orais, materiais de campo e sua análise da raça pela ótica social. Assim, este trabalho busca expor alguns dos resultados obtidos na monografia a partir da questão racial, mais precisamente sobre a mestiçagem enquanto objeto, compreendendo como o autor situou esta lógica. Ao final, a partir de algumas inferências não incluídas na monografia, exemplificaremos como as nomenclaturas são utilizadas, empregues e operadas por Freyre para compreender as dinâmicas da miscigenação e das relações raciais.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Anderson Santos Cordeirohttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/70206EDITORIAL2024-05-16T14:19:22-03:00Giovanni Boaesgiboaes@gmail.com<p>Este editorial tem como objetivo apresentar o número 32 da revista, destacando tanto algumas circunstâncias do processo editorial quanto os textos que compõem o corpus desta edição. Esta apresentação pretende situar os leitores no contexto editorial e motivá-los à leitura.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Giovanni Boaeshttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/68748PELAS RUAS DO VELHO MUNDO: um relato fotoetnográfico sobre pobreza e segurança pública2024-04-25T16:31:51-03:00Fábio Gomes de Françaffsociologia@gmail.com<p>Este trabalho trata-se de uma experiência fotoetnográfica, obtida a partir de uma viagem de turismo realizada à Europa — mais especificamente para Portugal, Itália e França — entre o final de 2019 e início de 2020. A partir de uma observação livre, meu relato utiliza-se de fotos captadas de situações sociais das ruas de algumas cidades dos países citados, em diálogo com descrições textuais de minhas impressões dos locais pelos quais passei. Essa <em>etnografia de rua</em> me possibilitou refletir sobre problemas que envolvem a segurança pública no mundo europeu, ao mesmo tempo em que me auxilia a melhor entender o contexto brasileiro. Por fim, minha ênfase descritiva recai sobre a relação entre pobreza e segurança pública, e os dilemas atuais dessa relação.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fábio Gomes de Françahttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/70286PAIXÃO PELO OFÍCIO: o fazer antropológico por Ednalva Neves2024-07-10T11:07:54-03:00Ednalva Maciel Nevesednmneves@gmail.comMohana Ellen Brito Morais Cavalcantemohanamorais@hotmail.comGeziane do Nascimento Oliveiragezianeoliveira91@outlook.com<p>Esta entrevista registra a trajetória e carreira da professora Ednalva Maciel Neves, que, recém-aposentada gentilmente aceitou conversar sobre seu legado docente. Médica e antropóloga, atuou no Departamento de Ciências Sociais/CCHLA da Universidade Federal da Paraíba e foi professora universitária desde 1996. Também teve passagem pela Universidade Federal do Maranhão. Doutora em antropologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004), realizou estágio sênior junto ao PPGAS/UFRGS e CERMES3/CNRS, França (2013-2014). Professora permanente do PPGA e do PPGS/CCHLA da Universidade Federal da Paraíba. Integrante do Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura/GRUPESSC/UFPB e do Mandacaru – Núcleo de Pesquisa em Gênero, Saúde e Direitos Humanos/UFAL. Membra da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) desde 2001. Mesmo aposentada, continua com o ofício antropológico, participando de bancas, eventos e produzindo estudos com orientandos e amigos. Suas produções estão relacionadas aos temas de biossocialidades, biomedicina, adoecimentos e práticas de saúde, risco e práticas de produção de conhecimento. A entrevista foi realizada pelas editoras Geziane Oliveira e Mohana Morais Cavalcante, a partir de um questionário semiestruturado, e aconteceu de forma remota, via plataforma de vídeo conferência<em>,</em> no dia 04 de maio de 2024. Ednalva é mestra no saber e no ensinar e fez (faz) diferença na vida de muitos de seus alunos.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Ednalva Maciel Neves, Mohana Ellen Brito Morais Cavalcante, Geziane do Nascimento Oliveirahttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/caos/article/view/70163O MATERNAR E A MULTIPLICATIVA DO CORPO FEMININO: a centralidade matriarcal em “As alegrias da maternidade” de Buchi Emecheta2024-05-13T21:52:20-03:00Cassirene Milena Silva Limamilenacassirene@gmail.comNanashara Carneiro Oliveira Santosnanashara.santos@discente.ufma.brRodrigo Ribeiro Santosrodrigo171746@gmail.com<p>O escopo desta resenha tenciona refletir sobre a construção social da mulher africana nigeriana, atravessada pelo ideal Igbo sobre a maternidade e a utilização natural do corpo das mulheres para este fim. Focamos a correlação entre as personagens femininas, que têm suas vidas entrelaçadas pelo contexto cultural, e os desafios que elas enfrentam com a colonização britânica. Procuramos compreender, a partir de estudo crítico e qualitativo, as transformações corpóreas, subjetivas e interpessoais que compõem a escritura de Florence Onyebuchi Emecheta em <em>As alegrias da maternidade</em>, romance publicado pela primeira vez em 1979. Nota-se que a autora acentua a imposição naturalizada sobre o corpo da mulher, que é apresentada como aquela que tem como força vital da sua existência gerar outras vidas. A análise permite um certo deslocamento das lembranças furtivas da autora, uma vez que o título do livro se conecta com a sua história, evidenciando o lado bom. Entretanto, o entorno opressivo e violento, e os questionamentos silenciados pela cultura especificada, também são destacados. No movimento da escrita em si, o papel materno suscita discussões que atravessam o gênero, fazendo-nos pensar nos atravessamentos étnico-raciais, femininos, corporais, entre outros aspectos. Nesse sentido, os resultados obtidos nesse ateliê de maternidade, embora o contexto seja em um país do continente africano, apresentam algumas similaridades com o mundo ocidental que construiu o conceito de mulher e mãe ideal.</p>2024-06-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Cassirene Milena Silva Lima, Nanashara Carneiro Oliveira Santos, Rodrigo Ribeiro Santos