Lucinda, a Mucama: a representação da mulher escravizada em Vítimas Algozes de Joaquim Manoel de Macedo

Autores

  • Andréa Marques da Silva

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar o discurso representacional presente na obra Vítimas Algozes: quadros da escravidão (mais especificamente, a novela Lucinda, a mucama), do escritor Joaquim Manoel de Macedo. Partimos do pressuposto de que suas obras literárias têm certo caráter documental e histórico para a sociedade brasileira, pois nos mostram de que maneira a mulher escravizada era representada pela sociedade patriarcal e escravocrata, através da literatura. O tema escolhido se deve aos inúmeros questionamentos a respeito do tema representação da mulher escravizada. No decorrer da nossa história literária vimos o negro passar por inúmeras representações. Antes do romantismo, os escritores brancos mencionavam o negro de forma acanhada. . Porém, com o fim do tráfico de escravos, os escritores da época voltam sua atenção para o negro escravo. Segundo David Brookshaw (1983), o escravo é visto de forma desumanizada e descaracterizada nas descrições do escritor branco. A presença do negro na literatura brasileira é por muito tempo marcada por estereótipos quase sempre negativos. Em raras exceções, o escravo será representado como fiel e com boas qualidades. Para a sociedade escravocrata da época, ver o escravo superar o homem branco no que quer que ele fosse era algo sócio e moralmente subversivo, inaceitável. Palavras-Chave: Representação; Mulher Escravizada; Escritor branco.

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Publicado

2013-01-13

Edição

Seção

Literaturas Africanas e da Diáspora Negra