Chamada de Trabalhos - Matizes Africanos na Música Brasileira - Educações Musicais- PRORROGADO
DOSSIÊ MATIZES AFRICANOS NA MÚSICA BRASILEIRA II - Educações Musicais
---DATA DE SUBMISSÃO PRORROGADA ATÉ 30/06/2022!---
Organização: Dr. Eduardo Pacheco Guedes, Msa. Djenane Vieira dos Santos Silva e Ms. Wenderson Silva Oliveira e Dra. Nina Graeff
A pesquisa em Educação Musical no Brasil nos últimos 30 anos tem concentrado as reflexões sobre aprendizagem/transmissão musical a partir de referenciais teóricos-práticos do Norte global, ainda que haja inúmeras iniciativas de rompimento desses padrões hegemônicos epistemológicos e, consequentemente, dos processos-práticas educativas. O Coletivo Mwanamuziki - Coletivo de Pessoas Negras Pesquisadoras em Música busca tensionar o cenário acadêmico-musical no que diz respeito às questões étnico-raciais, denunciando em seu Manifesto Mwanamuziki os efeitos do(s) racismo(s) na pesquisa, nas práticas, processos, teorias, epistemologias e maneiras de pensar-fazer música na academia. Desde sua publicação em dezembro de 2020, o Manifesto faz reverberar os anseios da população africana em diáspora no Brasil e afrodescendentes que estão nas universidades, escolas, bandas, orquestras, grupos musicais, grupos de pesquisa, terreiros, comunidades quilombolas, projetos sociais e diversos outros espaços-tempos de acontecimento estético-sonoro. Nesse sentido, o Coletivo propõe um movimento de reestruturação dos espaços acadêmico-musicais que considere a presença de pessoas negras e de seus conhecimentos produzidos em África e na diáspora.
É com este intuito que o Coletivo Mwanamuziki organiza o segundo volume do dossiê Matizes Africanos na Música Brasileira, em movimento insurgente e contracolonial, como aprendemos com nosso Mestre Nego Bispo, e em sintonia com as musicalidades negras africanas e afrodiaspóricas, buscando produzir uma publicação que acolha a discussão sobre diversas formas de ensino e aprendizagem musicais, considerando nelas os saberes na perspectiva da cosmopercepção africana (OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ, 2020) e das musicalidades afrodiaspóricas brasileiras e de Améfrica Ladina (GONZALES, Lélia, 2020). A elaboração deste dossiê acompanha os movimentos que buscam ampliar as possibilidades de acesso às experiências que são alimentadas por outras matrizes que não as centradas no pensamento musical eurocêntrico.
Nesse sentido, esta publicação busca no encontro com as epistemologias Africanas e Afro-diaspóricas conhecer, experimentar e aprender sobre modos de ser e estar no mundo, tendo a música como principal território para esta empreitada. Ao pensar sobre aprendizagem/transmissão de música no contexto de Matizes Africanos na Música Brasileira, são criadas possibilidades para que demais instâncias do viver possam ser abordadas, sempre na intenção de buscar criar situações desejáveis para o viver. Esta publicação se coloca junto aos movimentos contracolonais, acreditando na potência poética, estética e política da música feita no contexto dos lugares inventados e habitados pelo pensamento africano e afro-diaspórico no Brasil.
Para isso, lançamos convite a pesquisadoras e pesquisadores da área de Música e outras áreas do conhecimento acadêmico, incluindo artistas e ativistas negras, negres e negros; Mestras e Mestres de cultura popular; povos de terreiros de matrizes africanas e demais pessoas negras que discutam questões do ensino-aprendizagem de música e através da música nos múltiplos espaços-tempos educacionais. São bem-vindas contribuições na forma de artigos, traduções, resenhas, entrevistas e de qualquer expressão que contemple a proposta do dossiê. As propostas devem ser originais e inéditas escritas em português, inglês ou espanhol.
Linhas de interesse:
- Relações étnico-raciais e as educações musicais escolares e não-escolares;
- Relações étnico-raciais e os espaços de ativismo musical;
- Relações étnico-raciais de gênero e sexualidade no campo musical;
- Formas e contextos de ensino-aprendizagem em Terreiros, Quilombos e demais espaços negros;
- Práticas contracoloniais e antirracistas de educação musical e através da música;
- Musicalidades afrodiaspóricas em contextos de transmissão musicais;
- Expressões musicais como formas de educação conscientização étnico-racial e empoderamento;
- Relações étnico-raciais, currículos e formação docente em Educação Musical;
- Antirracismo, branquitudes e Educação Musical;
Normas para submissão:
As submissões para o dossiê estão abertas até 30 de junho de 2022 (prazo de 31 maio de 2022 prorrogado) e devem ser feitas pelo e-mail matizesafricanos@emo.ufpb.br. O e-mail deve incluir no corpo do texto informações sobre o/a(s) autor/a(s) (nome e filiação institucional). O arquivo contendo o artigo deve estar em anexo em formato .doc ou .rtf e não conter qualquer identificação dos autores, para garantir a avaliação cega por pares.
Os artigos devem compreender entre 5.000 e 10.000 palavras (sem incluir título geral, resumo, palavras-chave e referências). Os trabalhos devem seguir os critérios de formatação da ABNT. Durante a edição, serão adaptados ao projeto e formato editorial da Revista Claves.
A primeira página do artigo deve conter título, resumo (com cerca de 150 palavras) e de 3 a 5 palavras-chave apresentados na língua utilizada no artigo (para trabalhos em português e espanhol incluir título, resumo e palavras-chave em inglês).
Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail matizesafricanos@emo.ufpb.br
---ENGLISH---
AFRICAN HUES IN BRAZILIAN MUSIC II - Music Educations
---POSTPONED SUBMISSION DEADLINE: 30 JUNE 2022---
Organization: Dr. Eduardo Pacheco Guedes, Ms. Djenane Vieira dos Santos Silva and Ms. Wenderson Silva Oliveira and Dr. Nina Graeff
Research in Music Education in Brazil over the last 30 years has concentrated on learning/transmitting music based on theoretical-practical references from the Global North, despite the numerous initiatives to break such hegemonic epistemological patterns and, consequently, the educational processes-practices. The Mwanamuziki Collective of Black Researchers in Music seeks to tension the academic-musical landscape with regard to ethnic-racial issues, denouncing in its Mwanamuziki Manifesto the effects of racism(s) on research, practices, processes, theories, epistemologies and ways of thinking-making music in academia. Since its publication in December 2020, the Manifesto reverberates the yearnings of the African diaspora population in Brazil and African descendants who are in universities, schools, bands, orchestras, musical groups, research groups, terreiros, quilombola communities, social projects and various other spaces-times of aesthetic-sound happening. In this sense, the Collective proposes a movement of restructuring academic-musical spaces that addresses the presence of black people and their knowledge produced in Africa and in the Diaspora.
Towards this aim, the Mwanamuziki Collective organizes the second volume of the dossier African Hues in Brazilian Music, in an insurgent and countercolonial movement, as we learned from our Master Nego Bispo, and in tune with the black African and Afro-diasporic musicalities, seeking to produce a publication that welcomes the discussion on various forms of musical teaching and learning, considering in them the knowledge from the perspective of African cosmoperception (OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ, 2020) and of the Afrodiasporic musicalities of Brazil and Ladina Améfrica (GONZALES, Lélia, 2020). The preparation of this dossier follows the movements that seek to expand the possibilities of access to experiences that are fed by other matrixes than those centered on Eurocentric musical thought.
In this sense, this publication seeks in the encounter with African and Afro-diasporic epistemologies to know, experiment and learn about ways of being in the world, having music their the main territory. While reflecting upon the forms of music transmission in the context of African Hues in Brazilian Music, possibilities are created so that other instances of living can be approached, always with the aim to create desirable situations for better ways of living. This publication puts itself together with the counter-colonial movements, believing in the poetic, aesthetic and political power of music that arise in contexts invented and inhabited by African and Afro-diasporic thought and practice in Brazil.
We invite articles from researchers in the area of Music and other areas of academic knowledge, including black and black artists and activists; masters and masters of popular culture; people from terreiros de matrices africanas and other black people who discuss issues of teaching-learning of music and through music in multiple educational spaces-time. Contributions can be proposed in the form of articles, translations, reviews, interviews and any expression that contemplates the proposal of the dossier. Proposals must be original and unpublished written in Portuguese, English or Spanish.
Topics of interest:
- Ethnic-racial relations in school and non-school music educations;
- Ethnic-racial relations and the spaces of musical activism;
- Ethnic-racial relations of gender and sexuality in the music field;
- Ways and contexts of learning in Terreiros, Quilombos and other black spaces;
- Countercolonial and anti-racist practices of music education and through music;
- Afrodiasporic musicalities in contexts of music transmission;
- Music expressions as forms of education, ethnic-racial awareness and empowerment;
- Ethnic-racial relations, curricula and teacher training in Music Education;
- Antiracism, Whiteness and Music Education.
Submission guidelines:
Submissions for the dossier are open until 30 june 2022 (deadline of 31 May 2022 was postponed) and will be received via email at matizesafricanos@emo.ufpb.br. The e-mail must include information about the author(s) in the body of the text (name and institutional affiliation). The file containing the article should be attached in .doc or .rtf format and should not contain any identification of the authors, to ensure blind peer review.
Articles must comprise between 5,000 and 10,000 words (not including general title, abstract, keywords and references). Papers must follow ABNT formatting criteria (for internationals, Chicago Style). During editing, they will be adapted to the project and editorial format of Claves Journal.
The first page of the article must contain a title, an abstract (of about 150 words) and 3 to 5 keywords presented in the language used in the article (for articles in English include title, abstract and keywords in Portuguese).
For further questions, please contact matizesafricanos@emo.ufpb.br
---Spanish---
MATICES AFRICANOS EN LA MÚSICA BRASILEÑA II - Educaciónes Musicales
--- fecha prorrogada: 30 de junio de 2022---
Organización: Dr. Eduardo Pacheco Guedes, Sra. Djenane Vieira dos Santos Silva y la Sra. Wenderson Silva Oliveira y la Dra. Nina Graeff
La investigación en Educación Musical en Brasil en los últimos 30 años se ha concentrado en el aprendizaje de la música a partir de las referencias teórico-prácticas del Norte Global, aunque existan numerosas iniciativas para romper estos patrones epistemológicos hegemónicos y, consecuentemente, los procesos-prácticas educativas. El Colectivo Mwanamuziki de Investigadores Negros en Música busca tensionar el panorama académico-musical al respectas a las cuestiones étnico-raciales, denunciando en su Manifiesto Mwanamuziki los efectos del (los) racismo(s) en la investigación, las prácticas, los procesos, las teorías, las epistemologías y las formas de pensar la música en el ámbito académico. Desde su publicación en diciembre de 2020, el Manifiesto reverbera los anhelos de la población de la diáspora africana en Brasil y de los afrodescendientes que se encuentran en universidades, escuelas, bandas, orquestas, grupos musicales, grupos de investigación, terreiros, comunidades quilombolas, proyectos sociales y varios otros espacios-tiempos de acontecimiento estético-sonoro. En este sentido, el Colectivo propone un movimiento de reestructuración de los espacios académico-musicales que considere la presencia de los negros y sus conocimientos producidos en África y en la diáspora.
Con esta intención el Colectivo Mwanamuziki organiza el segundo volumen del dossier Matices Africanos en la Música Brasileña, en un movimiento insurgente y contracolonial, como aprendimos de nuestro Maestro Nego Bispo, y en sintonía con las musicalidades negras africanas y afrodiaspóricas, buscando producir una publicación que acoja la discusión sobre diversas formas de enseñanza y aprendizaje musical, considerando en ellas el conocimiento desde la perspectiva de la cosmopercepción africana (OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ, 2020) y de las musicalidades afrodiaspóricas de Brasil y Améfrica Ladina (GONZALES, Lélia, 2020). La elaboración de este dossier sigue los movimientos que buscan ampliar las posibilidades de acceso a experiencias que se alimentan de otras matrices que las centradas en el pensamiento musical eurocéntrico.
En este sentido, esta publicación busca en el encuentro con las epistemologías africanas y afrodiaspóricas conocer, experimentar y aprender sobre las formas de ser y estar en el mundo, teniendo la música como territorio principal para este empeño. Al pensar en el aprendizaje/transmisión de la música en el contexto de Tonos Africanos en la Música Brasileña, se crean posibilidades para que otras instancias de vivencia puedan ser abordadas, siempre con la intención de buscar crear situaciones deseables de vivencia. Esta publicación se une a los movimientos anticoloniales, creyendo en el poder poético, estético y político de la música hecha en el contexto de los lugares inventados y habitados por el pensamiento africano y afrodiaspórico en Brasil.
Invitamos a investigadorxs del área de la Música y de otras áreas del conocimiento académico, incluyendo artistas y activistas negros y negras; maestros y maestras de la cultura popular; personas de terreiros de matrices africanas y otras personas negras que discuten cuestiones de enseñanza-aprendizaje de la música y a través de la música en múltiples espacios educativos-temporales. Son bienvenidas las contribuciones en forma de artículos, traducciones, reseñas, entrevistas y cualquier expresión que contemple la propuesta del dossier. Las propuestas deben ser originales e inéditas, escritas en portugués, inglés o español.
Líneas de interés:
- Relaciones étnico-raciales y educación musical escolar y no escolar;
- Las relaciones étnico-raciales y los espacios de activismo musical;
- Relaciones étnico-raciales de género y sexualidad en el ámbito musical;
- Formas y contextos de enseñanza-aprendizaje en Terreiros, Quilombos y otros espacios negros;
- Prácticas contracoloniales y antirracistas de educación musical y a través de la música;
- Musicalidades afrodiaspóricas en contextos de transmisión musical;
- Las expresiones musicales como formas de educación, conciencia étnico-racial y empoderamiento;
- Relaciones étnico-raciales, planes de estudio y formación del profesorado en Educación Musical;
- Antirracismo, blanquitud y educación musical.
Normas de presentación:
La presentación del expediente está abierta hasta el 30 de junio de 2022 (fecha de 31 de mayo prorrogada) y debe hacerse por correo electrónico a matizesafricanos@emo.ufpb.br. El correo electrónico debe incluir información sobre el/la autor/a o autorxs en el cuerpo del texto (nombre y afiliación institucional). El archivo que contenga el artículo debe adjuntarse en formato .doc o .rtf y no debe contener ninguna identificación de los autores, para garantizar la revisión ciega por pares.
Los artículos deben tener entre 5.000 y 10.000 palabras (sin incluir el título general, el resumen, las palabras clave y las referencias). Los trabajos deben seguir los criterios de formato de la ABNT. Durante la edición, se adaptarán al proyecto y al formato editorial de la revista Claves.
La primera página del artículo debe contener el título, el resumen (con cerca de 150 palabras) y de 3 a 5 palabras clave presentadas en el idioma utilizado en el artículo (para trabajos en portugués y español, incluya el título, el resumen y las palabras clave en inglés).
En caso de dudas, póngase en contacto con nosotros a través del correo electrónico matizesafricanos@emo.ufpb.br