O ensino de cravo na UFPE: expectativas e desdobramentos

Autores

  • Luciana Câmara UFPE

Resumo

O presente artigo tem por fim refletir sobre os três primeiros semestres dos cursos de cravo para iniciantes no Departamento de Música da UFPE, especificamente sobre as motivações e as principais contribuições desses cursos. O ensino de cravo no Brasil é, primeiramente, contextualizado historicamente. A seguir, as considerações sobre as expectativas dos alunos e os possíveis desdobramentos do curso são feitas tomando por base as respostas dadas por um grupo de alunos a perguntas formuladas por mim. Essas perguntas foram debatidas num encontro realizado no departamento de música ao final do primeiro semestre de 2011. Constata-se que à motivação usual para o estudo do cravo – qual seja, como complementação da formação em “música barroca” – se somam, ainda que timidamente, objetivos específicos de especialização e profissionalização. O questionamento de práticas interpretativas cristalizadas e o contato com estéticas que ampliam o conhecimento sobre as músicas dos séculos XVI a XVIII estão entre os principais desdobramentos. 

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Biografia do Autor

Luciana Câmara, UFPE

É doutora em Musicologia pela Universidade de Glasgow, Escócia. Sua tese discute a relação entre tempo musical nas obras do século XVII em estilo livre para cravo e o conceito de subjetividade no mesmo período. Tem trabalhos apresentados em diversos congressos internacionais em Londres, Edimburgo, Aveiro, Glasgow e Belfast. É Bacharel e Mestre em Música pela Escola de Música da UFRJ, onde estudou com o cravista Marcelo Fagerlande. Como bolsista do KAAD especializou-se em instrumentos históricos de tecla com o cravista e forte-pianista Robert Hill na Escola Superior de Música de Freiburg, Alemanha. Ministrou regularmente workshops de interpretação de música barroca no Departamento de música da Universidade de Glasgow entre 2007 e 2009. Seu currículo artístico inclui recitais solo e de câmara no Brasil, na Alemanha e na Escócia. Atualmente é professora de cravo do Departamento de Música da UFPE.

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Publicado

2014-03-01