COM A PALAVRA O TRADUTOR: PARATEXTOS E METATEXTOS COMO ESPAÇO DE REFLEXÃO TEÓRICA

Autores

  • Márcia Amaral Peixoto Martins

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir algumas teorizações não formais sobre tradução desenvolvidas por tradutores brasileiros em espaços para- e metatextuais. Desde a metade do século passado, com o surgimento e a posterior consolidação da disciplina Estudos da Tradução no universo acadêmico, estudiosos brasileiros vêm se destacando no cenário nacional e internacional com teorizações instigantes e influentes, como é o caso de Paulo Rónai, Rosemary Arrojo, Haroldo de Campos, Else Vieira e Fábio Alves, dentre outros. Suas ideias, devidamente elaboradas, têm sido regularmente publicadas em volumes identificados como teóricos, garantindo sua difusão e circulação. Muito antes disso, no entanto, já vinham sendo formuladas reflexões sobre tradução igualmente reveladoras, mas em espaços menos visíveis: em vez de livros ou artigos que se inscrevem sob a rubrica “teoria”, são encontradas em prefácios/posfácios de tradutores ou paratextos equivalentes, ou ainda em textos fora do âmbito do livro traduzido, constituindo os chamados metatextos. A proposta é apresentar e discutir alguns desses textos, produzidos por tradutores como Manoel Jacinto Nogueira da Gama (século XVIII), Odorico Mendes (século XIX), Millôr Fernandes (século XX) e Paulo Bezerra (século XXI).

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Publicado

2017-09-27