Estereótipo e sedução: o corpo da mulher no filme Doce Veneno

Autores

  • Philio Terzakis Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

remake, cinema, transtextualidade, mitos.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma análise da caracterização da personagem Louna, no filme Doce veneno (Jean-François Richet, 2015), em relação à construção do corpo da mulher na narrativa. Remake do filme homônimo de 1977, sem título em português, que teve direção e roteiro original de Claude Berri, o filme de Richet também mantém relações de intertextualidade com o mito de Carmen (mulher fatal), bem como com o romance Lolita (Vladimir Nabokov, 1955) e suas adaptações para o cinema. Embora o remake de Richet preserve, em linhas gerais, a fábula de Berri, a refilmagem faz uma releitura do hipotexto, que altera consideravelmente o papel do corpo feminino na segunda versão. Pretendemos, nesta análise, esclarecer algumas das relações hipertextuais e intertextuais mantidas por essas obras, sejam elas explícitas ou implícitas, para melhor apreender a categoria narrativa da personagem em questão. Para isso, podemos contar com a teoria da transtextualidade ou transcendência textual, de Gérard Genette, particularmente com os conceitos de hipertextualidade e de intertextualidade. Na análise do nosso corpus, também não poderemos prescindir dos conceitos da teoria da narrativa, bem como da observação do contexto de produção dessas obras.

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Publicado

2018-03-01

Edição

Seção

Tradução intersemiótica