CONTROLE DE CAPITAIS, DINÂMICA DAS EXPORTAÇÕES E PERFORMANCE MACROECONÔMICA DAS ECONOMIAS EMERGENTES: LIÇÕES DE UM MODELO DE CRESCIMENTO COM RESTRIÇÃO NO BALANÇO DE PAGAMENTOS

Autores

  • Guilherme Jonas Costa da Silva

Resumo

O presente artigo tem por objetivo fazer uma discussão teórica e empírica da importância dos controles de capitais para o crescimento das economias emergentes, a fim de extrair novas lições para o Brasil. O trabalho argumenta que as economias emergentes, inclusive a brasileira, não possuem as condições necessárias para se beneficiar dos níveis atuais de inserção externa. Sendo assim, os controles de capitais podem ser uma alternativa viável para assegurar o sucesso da atual estratégia de crescimento da economia brasileira no curto prazo, tendo em vista que seleciona os fluxos de capital que se deseja absorver priorizando os investimentos produtivos ou de maturidade mais longa, e confinando os capitais especulativos a volumes administráveis, isolando, em algum grau, o país dos choques externos. As experiências de controles de capitais no Chile e na Malásia mostraram que, se bem planejadas, essas medidas restritivas podem de fato atenuar a intensidade das crises sobre os países, reduzir a vulnerabilidade externa e melhorar suas performances macroeconômicas. Apesar da grande maioria dos trabalhos enfatizarem a importância dos fluxos de capitais para o desenvolvimento das economias, os modelos de crescimento com restrição no Balanço de Pagamentos destacam o papel decisivo das exportações e das políticas de longo prazo para a dinamização destas economias.

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Publicado

2008-12-20