TENSÕES E DESAFIOS NA INTERVENÇÃO COM HOMENS AUTUADOS PELA LEI MARIA DA PENHA: O CASO DOS GRUPOS REFLEXIVOS NO COLETIVO FEMINISTA SEXUALIDADE E SAÚDE

Autores

  • Isabela Venturoza de Oliveira Universidade de São Paulo
  • Leandro Feitosa Andrade Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)
  • Paula Licursi Prates Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde
  • Tales Mistura Furtado Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde

Palavras-chave:

Grupos reflexivos com homens, Lei Maria da Penha, Masculinidades, Relações de gênero, Relações violentas.

Resumo

O artigo propõe uma discussão sobre os grupos reflexivos com homens denunciados por crimes previstos na Lei 11.340/2006 enquanto política pública possível e necessária no contexto do enfrentamento à violência contra as mulheres. Partindo da experiência dos grupos reflexivos e de responsabilização para homens autores de violência contra mulheres desenvolvidos na ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, em São Paulo (SP), buscamos apresentar o contexto no qual se constroem tais intervenções. Entende-se que, corroborando para a diminuição da violência contra as mulheres, os grupos reflexivos também devem funcionar como mecanismo para a reflexão e construção de outras masculinidades. Ademais, procuramos evidenciar as relações de poder na qual o trabalho com homens e uma abordagem relacional menos pautada na dualidade vítima/algoz encontram resistência para se concretizar. Diante disso, o artigo pretende refletir sobre as tensões em torno da implantação de grupos reflexivos com homens, observando: 1) o contexto histórico no qual a Lei 11.340/2006 foi promulgada; 2) a experiência do Coletivo Feminista Sexualidade e de outras instituições brasileiras no trabalho com homens autores de violência contra as mulheres; e 3) os desafios implicados na proposta deste tipo de intervenção como parte das medidas no enfrentamento a violência contra as mulheres.

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Biografia do Autor

Isabela Venturoza de Oliveira, Universidade de São Paulo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo, na linha Marcadores Sociais da Diferença

Leandro Feitosa Andrade, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)

Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e docente na mesma instituição, assim como nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Coordenador de grupos reflexivos para homens autores de violência contra mulheres, na ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.

Paula Licursi Prates, Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde

Doutora em Saúde Pública pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade de São Paulo (PPGSP/USP). Integrante do quadro da diretoria da ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.

Tales Mistura Furtado, Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade de São Paulo (PPGSP/USP). Coordenador de grupos reflexivos para homens autores de violência contra mulheres, na ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.

Publicado

2015-06-03

Como Citar

DE OLIVEIRA, I. V.; ANDRADE, L. F.; PRATES, P. L.; FURTADO, T. M. TENSÕES E DESAFIOS NA INTERVENÇÃO COM HOMENS AUTUADOS PELA LEI MARIA DA PENHA: O CASO DOS GRUPOS REFLEXIVOS NO COLETIVO FEMINISTA SEXUALIDADE E SAÚDE. Gênero & Direito, [S. l.], v. 4, n. 1, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/article/view/24478. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Direitos Humanos e Políticas Públicas de Gênero