NOTAÇÃO DE AUTOR:
uso da menção nominal

AUTHOR MARK:
use letter mark

Rita de Cássia do Vale Caribé1

RESUMO

Relata os resultados de pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada por meio de estudo e análise da literatura relativa à menção nominal, que consiste no uso das três primeiras letras do sobrenome do autor para construção da notação de autor, que integra o número de chamada. Observou-se que o tema é pouco tratado na literatura, nacional e estrangeira, e quando isso acontece é de forma superficial. Recorreu-se aos documentos originais de Louis Stanley Jast (1868-1944), autor que propôs, pela primeira vez, o uso da menção nominal. Assim, este estudo descreve a metodologia proposta por Jast (1901a, 1901b) para a construção da menção nominal, incluindo orientações para autores cujos sobrenomes iniciam com as mesmas letras, a marca da obra, obras de ficção, exemplares, obras relacionadas. A literatura da área foi também resgatada e consolidada, bem como apontados pontos positivos e negativos da metodologia de Jast.

Palavras chave: Número de chamada. Notação de autor. Menção nominal.

ABSTRACT

It reports the results of a descriptive research with a qualitative approach, conducted through study and analysis of the literature related to the letter mark, which consists of the use of the first three letters of the author’s last name to construct the author notation, which integrates the call number. It was observed that the theme is little treated in the national and foreign literature, and when this happens it is superficial. It used the original documents of Louis Stanley Jast (1868-1944), an author who first proposed the use of the letter mark. Thus, this study describes the methodology proposed by Jast (1901a, 1901b) for the construction of the letter mark, including guidelines for authors whose surnames begin with the same letters, work mark, fiction, copies, related works. The literature of the area was also rescued and consolidated, as well as pointed positive and negative points of Jast methodology.

Keywords: Call number. Call number. Author mark. Letter mark.

Artigo submetido em 24/01/2020 e aceito para publicação em 20/04/2020

1 INTRODUÇÃO

Este estudo integra pesquisa mais ampla, iniciada ainda em 2011, com o objetivo de sistematizar bases teóricas, orientações e práticas descritas por diferentes autores, quanto à elaboração do número de chamada, necessário para acesso e localização física de documentos nas estantes. Especificamente, esta pesquisa dedica-se ao estudo da menção nominal, que consiste em um tipo de notação de autor.

Embora existam movimentos em prol da digitalização de acervos, criação de documentos digitais e de bibliotecas digitais/virtuais, as bibliotecas e suas coleções físicas ainda vão existir por muito tempo. Enquanto “o formato livro (concepção gutenberguiana), que requer não só a descrição, mas também a localização no espaço como garantia de acesso” (PINHEIRO, 2007, p. 23-24), existir será necessário formar uma estrutura organizada (SLAVIC, 2009). Assim, o estudo do número de chamada e dos elementos que o integram, tais como a notação de autor e, especificamente, a menção nominal ainda são pertinentes.

Conforme Lentino (1967), em grandes bibliotecas ou bibliotecas especializadas pode haver no acervo 20, 30, 50 ou mais obras de um mesmo assunto. Desta forma, após o documento ser classificado, Sayers (1944) orienta que se deve recorrer a algum tipo de arranjo para organizá-lo dentro da classe escolhida, para isso deve-se acrescentar outros elementos que permitam individualizá-lo. Um desses elementos é a notação de autor, que pode variar de complexidade de acordo com o tipo de biblioteca e o número de obras que integram o acervo em uma mesma classe. Por este motivo, cada biblioteca deverá “estabelecer uma política que determine até que ponto vão ser utilizadas e desenvolvidas as notações de autor” (LEHNUS, 1978, p. 15).

A marca de autor ou notação de autor baseia-se na entrada principal ou no ponto de acesso primário que foi escolhido ao longo do processo de catalogação, conforme orientam Mann (1962), Sayers (1918, 1922, 1944), Taylor (2006) e Taylor e Joudrey (2009). Consiste em um código atribuído ao autor (pessoa ou instituição) ou ao título do documento, quando este for o ponto de acesso principal.

De acordo com Baader (1957 apud SLAVIC, 2006), há dois métodos básicos de codificação com o objetivo de ordenação alfabética, ou seja, de construção da notação de autor: as primeiras letras do sobrenome do autor ou menção nominal, que se constitui na criação de uma identificação utilizando as primeiras letras do sobrenome do autor; e a codificação do sobrenome do autor, que se constitui na criação de uma identificação atribuindo um código extraído de uma tabela.

Para esta segunda alternativa, as tabelas mais conhecidas são as criadas por Charles Ammi Cutter: a Tabela de Cutter para autor, de dois algarismos; a Tabela de Cutter-Sanborn de três algarismos, e a Tabela de Cutter de três algarismos. Há outras menos conhecidas que são os esquemas de números de autor criados por: James Douglas Stewart; William Stetson Merrill; a Tabela de número de autor da Library of Congress dos Estados Unidos e a Tabela e códigos especiais de Bertha Barden, já descritos por Caribé (2016). Slavic (2006) cita, também, a tabela de Charles R. Olin, porém na literatura nada foi localizado sobre essa tabela. Nesta pesquisa foram identificadas, ainda, a de Jacob Schwartz, de Walter Stanley Biscoe, de Fremont A. Rider, de James Duff Brown e de Ranganathan, que estão descritas também em Caribé (2016).

O foco deste estudo está na menção nominal, que embora seja utilizada por diversas instituições, é pouco analisada na literatura ou o é de forma superficial. Diante disso, buscou-se os documentos originais de Louis Stanley Jast (1868-1944), autor que propôs, pela primeira vez, o uso da menção nominal, bem como a literatura relativa ao número de chamada que, de alguma forma, tangenciam a menção nominal.

2 METODOLOGIA

Este artigo apresenta os resultados de pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada por meio de estudo e análise da literatura da área. Foram consultadas as bases de dados: Library and Information Science Abstracts (Lisa), Base de Dados em Ciência da Informação (Brapci), a biblioteca do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e a Biblioteca Central da Universidade de Brasília (UnB/BCE), as bibliografias citadas nos livros de catalogação e classificação, bem como livros e textos específicos sobre o assunto. Foi também utilizado o buscador Google para localizar recursos informacionais na internet, por meio do qual foram recuperados artigos, livros clássicos e antigos, na íntegra.

Nesta pesquisa constatou-se que a literatura sobre número de chamada e, especificamente sobre menção nominal, encontra-se dispersa em uma variedade de manuais de organização de bibliotecas, capítulos de livros de classificação e de catalogação. Comaromi (1981) já havia comentado que há vasta literatura sobre sistemas de classificação, enquanto estudos sobre as notações, que especificam o documento dentro do assunto, foram negligenciados. Comenta, também, que os livros anteriores ao seu apresentam o conteúdo de forma breve, sem aprofundamento, e os artigos de periódico, dadas as restrições inerentes ao tipo de fonte, são mais breves ainda. Cabe mencionar que, Comaromi (1981) aborda também superficialmente a utilização de letras como identificação do autor, ou seja, a menção nominal.

Mais de vinte anos depois, Slavic (2009), corroborando essa constatação, relata que livros inteiramente dedicados ao estudo dos números de chamada são reduzidos, os últimos foram elaborados por: Merryman2, na década de 1960; Lehnus (1980) com edições nas décadas de 1970 e 1980; Comaromi (1981), na década de 1980; e Satija3, em 2008. Dois desses livros não foram consultados nesta pesquisa por não ter sido possível seu acesso, por este motivo suas referências foram incluídas nas notas de rodapé. Autores clássicos, como Bertha Barden, Cutter, Sayers e Ranganathan, que trataram do assunto, bem como a obra de Gabriel Naudé e vários fascículos do Library Journal e do The Library World, do século XIX, foram consultados para a pesquisa mais ampla. Fascículos do The Library World do início do século XX foram fundamentais para este estudo, pois consistem nas fontes originais dos procedimentos apresentados por Louis Stanley Jast (1868-1944), autor que primeiro abordou o assunto da menção nominal, em 1901. Os documentos citados ao final deste artigo são pertinentes apenas ao tema menção nominal e não a número de chamada como um todo.

Na literatura brasileira, a pesquisa revelou que o tema notação de autor foi tratado, de forma superficial, no âmbito de manuais de classificação e catalogação, como os de Noêmia Lentino (1971) e Eliane Mey (1995), e nas diversas edições do livro de Sebastião de Souza sobre o uso da CDU (SOUZA, 2004, 2010, 2012). Em 2016, foi publicado o primeiro livro brasileiro relacionado ao assunto, intitulado Ordenação de documentos na atividade bibliotecária, com 146 páginas, de autoria de Cristina Dotta Ortega, Camila Mariana Aparecida da Silva e Marcelo Nair dos Santos, pela editora Briquet de Lemos, que inclui conteúdos relativos aos sistemas de classificação como instrumentos de ordenação de documentos em bibliotecas, além do número de chamada propriamente dito, e aborda o tema menção nominal, também, de forma superficial.

Na base de dados Brapci, foram utilizados os termos número de chamada, notação de autor, notação e menção nominal e nenhum artigo foi recuperado.

Constatou-se que o tema número de chamada e notação de autor são pouco estudados e a menção nominal aparece menos ainda na literatura. Assim, buscou-se identificar, o autor que propôs pela primeira vez a menção nominal, o bibliotecário inglês, Louis Stanley Jast (1868-1944). Foram consultados, também, outros autores que trataram do assunto, mesmo que de forma superficial, com o objetivo de consolidar as orientações quanto a esse método de construir a notação de autor, utilizando-se das letras do sobrenome do autor.

Neste estudo foi constatado que atribuições a Jast quanto à autoria da menção nominal não foram observadas na literatura consultada, nem mesmo quando os autores se utilizam dos mesmos exemplos apresentados por Jast em seus artigos do início do século XX.

3 O SISTEMA DE MENÇÃO NOMINAL

O sistema proposto por Louis Stanley Jast foi apresentado em dois artigos publicados em 1901 (1901a, 1901b). Consiste em um sistema que cria a notação de autor a partir das primeiras letras do sobrenome do autor, possibilitando que os documentos sejam organizados dentro das classes (assuntos), em uma ordem alfabética.

É um sistema relativamente simples, que não requer recorrer a tabelas previamente elaboradas para representar os autores, como a tabela de Cutter, por exemplo. Embora o sistema seja aparentemente simples, muitas vezes essa afirmativa é enganosa, pois podem haver diferentes autores com iniciais idênticas, o que demanda o acréscimo de mais elementos para individualização da obra.

3.1 Orientações básicas

De forma geral, as orientações de Jast (1901a, 1901b) consistem no uso das duas primeiras letras do sobrenome do autor. Para solucionar o problema de autores com nomes parecidos, bem como para classes que têm uma grande quantidade de documentos, como é o caso de literatura, áreas científicas e tecnológicas, ele propôs o uso de três letras.

Jast (1901a, 1901b) enfatizou que a notação de cada autor deve ser exclusiva para: o sobrenome pessoal, a primeira palavra do título, do autor institucional ou do nome geográfico, independentemente se está na mesma classe ou não. Desta forma, a codificação independe de cada classe, todas as obras de um mesmo autor devem ter a mesma notação.

Cabe destacar que, independentemente do sistema de codificação de autor utilizado, deve-se consultar sempre o catálogo para verificar se a notação que está sendo construída representa uma codificação que individualiza o documento na coleção, conforme recomendam Lehnus (1978), Lentino (1964), Ortega, Silva e Santos (2016) dentre vários outros, pois há casos em que se pode incorrer no erro de formar dois números de chamada, exatamente iguais, ou seja, mesma notação de classificação ou número de classificação e mesma marca de autor para documentos diferentes.

O uso apenas das três primeiras letras do sobrenome do autor é bem simples. Um livro elaborado por Murilo Bastos da Cunha terá como notação de autor CUN. Essa prática facilita o trabalho dos profissionais envolvidos com o processamento técnico e a organização do acervo, bem como a compreensão do código pelo usuário. Alguns exemplos são apresentados no Quadro 1.

Quadro 1 - Exemplos de notações de autor utilizando três letras

Sobrenome do autor

Codificação

Albuquerque

ALB

Campelo

CAM

Planejamento

PLA

Cunha

CUN

Fonte: elaboração própria

Quando ocorrer mais de um autor dentro da mesma classe, com a mesma notação de autor Jast (1901 a) sugere o uso de alternativas para diferenciá-los.

3.2 Autores cujos sobrenomes iniciam com as mesmas letras

Para os sobrenomes de autores que começavam com as mesmas letras, Jast (1901a, 1901b) apresenta três alternativas para resolver o problema por meio da inclusão de outros dígitos.

Na alternativa mais simplificada, ele propõe acrescentar um algarismo arábico (1, 2, 3 etc.), sequencialmente, de acordo com a entrada do primeiro documento do autor no acervo. Como exemplo, Jast (1901a) citado por Sayers (1918, 1922), apresenta: se o autor Johnson foi o primeiro a ingressar no acervo sua notação será JO. Se, posteriormente, o autor Joyner for incluído ele receberá a notação JO1. Quando ao autor Jones for adicionado, ele será identificado por JO2, e se Jobson for então adicionado ele será JO3, e assim sucessivamente. Observa-se que, desta forma, a alfabetação não é rigorosa, pois os autores com sobrenomes semelhantes são numerados e, portanto, serão ordenados pela ordem de entrada do documento no acervo.

Se a ordem alfabética for considerada estritamente necessária, Jast (1901a) orienta que os números adicionados às letras iniciais do sobrenome do autor deveriam ser tratados como decimais, conforme apresentado no Quadro 2.

Quadro 2 - Codificação de autor adotando decimalidade

Sobrenome do autor

Codificação de autor

Harder

HAR2

Hardman

HAR25

Hardy, I. D.

HAR3

Hardy, T.

HAR35

Fonte: elaborado a partir de Jast (1901a)

Jast (1901b) aperfeiçoou suas orientações e propôs o uso de uma tabela (quadro 3) como alternativa para garantir a ordem alfabética. Deve-se observar que a tabela utiliza apenas os números pares propositalmente, com o objetivo de deixar vagos os ímpares. Desta forma, a tabela torna-se um guia que garante lacunas suficientes entre os números para serem utilizados posteriormente.

Quadro 3 – Tabela de Jast para diferenciação de autores que iniciam com as mesmas três letras

Letras do sobrenome do autor

Código a ser adotado

a-f

2

g-m

4

n-s

6

t-z

8

Fonte: elaboração própria a partir de Jast (1901b)

O uso da tabela é simples: após as três primeiras letras do sobrenome do autor será acrescentado um algarismo retirado da tabela (quadro 3). O algarismo dois será utilizado para codificar as letras a - f, o algarismo quatro para codificar g – m, o algarismo seis para codificar n – s, e o oito para codificar t – z.

Jast (1901b) exemplifica o uso de sua tabela com uma lista de autores que começam todos com as letras HAR (quadro 4) para os quais elaborou a notação de autor (colunas 1ª etapa, 2ª etapa do quadro 4). Neste caso, a tabela de Jast foi utilizada para identificar o número que corresponde à quarta letra do sobrenome do autor, (ver coluna: Quarta letra do sobrenome do autor) e o algarismo correspondente extraído da tabela que corresponde à coluna Codificação adotada, no quadro citado.

Quadro 4 – Aplicação da tabela de Jast para construção de notação nominal

Autores inseridos inicialmente

Autores inseridos posteriormente

Três primeiras letras do sobrenome do autor

Quarta letra do sobrenome do autor

Codifi-cação extraí-da da Tabela de Jast

Menção nominal construída

1ª etapa4-

2ª etapa5

3ª etapa6

Harder.

HAR

d

2

HAR2

Harding

HAR

d

23

HAR23

Hardman.

HAR

d

25

HAR25

Hardy, A. S.

HAR

d

27

HAR27

Hardy, I. D.

HAR

d

3

HAR3

Hardy, T.

HAR

d

35

HAR35

Haring.

HAR

i

4

HAR4

Harland.

HAR

l

45

HAR45

Harley.

HAR

l

5

HAR5

Harring

HAR

r

53

HAR53

Harrington

HAR

r

56

HAR56

Harris.

HAR

r

6

HAR6

Harrison.

HAR

r

65

HAR65

Harsha.

HAR

s

7

HAR7

Hart.

HAR

t

8

HAR8

Fonte: elaboração própria a partir de Jast (1901a, 1901b)456

Para o autor Harder, a letra que segue às três primeiras é a d, que se encontra no grupo a-f da tabela (quadro 3). Desta forma, Harder será representado por HAR2. Dentre os autores apresentados aquele que tem a quarta letra diferente é Haring, neste caso a letra i está no grupo g-m, portanto o algarismo 4. Assim, Haring será representado por HAR4. O autor cuja quarta letra é diferente corresponde a Harris que, seguindo o mesmo raciocínio, terá a notação HAR 6 e Hart terá a notação HAR8, conforme ilustrado no quadro 4, coluna referente a 1ª etapa.

De acordo com a lista apresentada no quadro 4, apenas quatro autores receberam uma marca/número, conforme ilustrado na coluna 1ª etapa. Os demais autores que na ordem alfabética ficaram entre os autores cuja marca encontra-se especificada na coluna 1ª etapa, receberam uma marca (número) de forma que eles fiquem entre os números distribuídos, com o objetivo de que a ordem alfabética não se perca. Entre Harder, HAR2 e Haring, HAR4, há três nomes. O único dígito/algarismo à disposição é o 3. Portanto, será utilizado para o nome do meio, Hardy, I. D., HAR3. Então, Hardman será HAR25 e Hardy. T., HAR35, conforme ilustrado na coluna do quadro 4, denominada 2ª etapa. Desta forma, as notações são construídas e organizadas como decimais.

Suponha que sejam inseridos outros autores na mesma classe bibliográfica, tais como Harding; Hardy, A. S.; Harring e Harrington. Neste caso será necessário encontrar uma notação adequada para que eles sejam inseridos na coleção, conforme ilustrado na coluna 3ª etapa do quadro 4.

Também na tentativa de se aproximar de uma melhor alfabetação, e em uma forma mais simplificada, Lentino (1967) sugere que os números a serem acrescentados não sejam sequenciais. Propõe a adoção dos números pares, por exemplo, de forma que outros possam ser inseridos. Exemplifica com os seguintes sobrenomes: Lafontaine – LA2; Lamartine – LA4; Laroque – LA8. Parece que esta alternativa foi inspirada no segundo trabalho de Jast apresentado em 1901 (JAST, 1901b), porém não há citação a ele,

3.3 Marca da obra

Um mesmo autor pode produzir várias obras; por isso será necessário distingui-las. Essas obras devem ser reunidas pelas marcas de classe e dentro destas pelo autor. Neste caso, será necessário acrescentar mais um elemento que representará o título do documento. Consiste na marca da obra que pode ser formada pela inicial do título e outro dígito, caso seja necessário.

Jast (1901a) sugere a inclusão da letra inicial do título, precedida por um ponto, de forma a separá-lo da notação do autor. Assim, Os problemas da filosofia, de Bertrand Russell será representado por RUS.P. Observe-se que os artigos iniciais não são considerados para efeito de construção da marca da obra.

Para obras de mesmo autor cujos títulos comecem com a mesma letra, Jast (1901a) orienta adicionar algarismos arábicos sequenciais, de acordo com a entrada do documento no acervo, seguindo orientação semelhante à apresentada para inclusão de diferentes autores cujo sobrenome começam com as mesmas letras.

Jast (1901a) ilustra esse procedimento, sintetizado no quadro 5, com obras de Shakespeare que começam com a mesma letra, no caso o M:

Quadro 5 – Exemplos de notação para obras diferentes do mesmo autor, que iniciam com mesma letra

Título da obra

Notação de autor e marca da obra

Macbeth

SHA.M

Merchant of Venice (Mercador de Veneza)

SHA.M1

Midsummer Night’s Dream (Sonho de uma noite de verão)

SHA.M2

Fonte: elaboração própria a partir de Jast (1901a, 1901b)

Observe-se que os algarismos são acrescentados na medida em que os documentos forem ingressando ao acervo. Jast (1901b) e Lentino (1967) sugerem, como alternativa para manter o mais próximo possível da ordem alfabética, o uso de algarismos alternados de forma que outros títulos possam ser acrescentados. Pode-se recorrer aos números pares ou ímpares para alternar a numeração com o uso semelhante ao que foi explicado no item anterior, inclusive adotando a decimalidade, de forma que a ordem alfabética não se perca.

Outro exemplo apresentado por Jast (1901b), refere-se às obras da autora escocesa Margaret Oliphant, cujos títulos iniciam com a letra M, exemplificados no quadro 6. O autor sugere que todos os números sejam usados sozinhos incialmente, tentando compatibiliza-lo com a ordem alfabética. Na medida em que outros documentos vão ingressando ao acervo eles deverão ser inseridos na ordem alfabética e será acrescentado um novo dígito, deixando números vagos, antes e depois, para que outros possam ser intercalados. Quando o acervo é formado por autores já falecidos, esta previsão torna-se bem fácil. Entretanto, com autores vivos a previsão é quase impossível.

Quadro 6 – Marca da obra de diferentes títulos iniciando com mesma letra do mesmo autor

Título da obra

Notação de autor

Marca da obra

Resultado

Madam

OLI

.M2

OLI.M2

Madona Mary

OLI

.M25

OLI.M25

Magdalen Hepburn

OLI

.M3

OLI.M3

Margaret Maitland

OLI

.M4

OLI.M4

Marriage of Elinor

OLI

.M45

OLI.M45

Mary

OLI

.M5

OLI.M5

Merkland

OLI

.M6

OLI.M6

Minister’s Wife

OLI

.M7

OLI.M7

Miss Marjoribanks

OLI

.M8

OLI.M8

Mrs. Arthur

OLI

.M9

OLI.M9

Fonte: elaboração própria a partir de Jast (1901b).

Quando autores escrevem diferentes obras cujo título inicia com a mesma palavra ou frases iguais, Jast(1901b) sugere que as obras sejam organizadas de acordo com a inicial da primeira palavra significativa que aparece no título, em seguida às palavras iguais. Como exemplo apresenta um conjunto de obras elaboradas por Perrot e Chipiez, ver quadro 7. Observe-se que neste caso são dois autores, entretanto a notação será construída apenas a partir do sobrenome do primeiro.

Quadro 7 – Notações com mesmo autor e mesmas palavras utilizadas no título

Título da obra

Notação de autor

Marca da obra

Resultado

History of Art in Chaldea and Assyria

PER

.C

PER.C

History of Art in Persia

PER

.P

PER.P

History of Art in Phrygia

PER

.P1

PER.P1

History of Art in Primitive Greece

PER

.G

PER.G

Fonte: elaboração própria a partir de Jast (1901b).

3.4 Obras de ficção

Jast (1901a) comenta que, para todas as obras que estão dentro de uma mesma classe de literatura, que geralmente é organizada por idioma, será necessário o uso de três letras para agrupar as obras de um mesmo autor e marca da obra. Assim, serão utilizadas as mesmas orientações apresentadas no item anterior referente à marca da obra, especialmente os exemplos que se encontram nos quadros 5, 6 e 7.

Para identificar a obra completa de um autor Jast (1901a) orienta que se deve utilizar apenas a notação de autor, como em Obras completas de Shakespeare, que receberá a notação SHA apenas e deverá preceder todas as obras individuais. Para a obra de The Farmer’s Boy, de Bloomfield deve-se utilizar apenas BLO. Da mesma forma, Modern Housewife, de Soyer será SO ou SOY. Observe-se que o princípio da maior extensão está subjacente, ou seja, a obra completa seguida das obras individualmente.

3.5 Exemplares

Quando houver no acervo vários exemplares ou duplicatas do mesmo documento, Jast (1901a) orienta que estes devem ser distinguidos por meio do uso da letra minúscula a, b, c etc. Exemplifica: a obra Macbeth, de Shakespeare, receberá a notação SHA.M; o segundo exemplar desta obra será identificado por SHA.Ma.

No caso de mais de um exemplar de uma obra completa, Jast (1901a) orienta acrescentar, da mesma forma, uma letra minúscula (a, b, c etc.). Assim, Obras completas de Shakespeare receberá a notação SHA apenas. Porém, um segundo exemplar desta obra será identificado por SHAa.

Detalhes desse procedimento podem ser observados na síntese das orientações que se encontra no Quadro 8.

3.6 Obras relacionadas

Jast (1901a, 1901b) não define o que são obras relacionadas. Entretanto, como este estudo pode vir a ser utilizado como recurso didático, recorreu-se a Barden (1937) e Lehnus (1978), que esclarecem que são obras elaboradas sobre outras obras e seus autores, ou seja, são obras derivadas de uma outra obra ou seu autor. Podem ser traduções, versões, edições, comentários, críticas, suplementos, concordâncias, versões anotadas, dicionários. Essas obras, por sua vez, devem ser armazenadas junto às obras originais. Assim, obras sobre um autor, devem estar próximas às obras do autor sobre o qual se escreve; críticas e comentários a uma obra devem ficar juntas às obras originais. Exceção para as biografias.

Jast (1901a, 1901b) sugere utilizar a notação de classe ou assunto adotada para as obras do autor, seguida da marca de autor, ou seja, das iniciais do sobrenome do autor, e em seguida acrescentar o sinal de + e a inicial do sobrenome do autor da crítica ou comentário.

Quanto à ordem nas estantes, Jast (1901a, 1901b) destaca que a obra original sempre tem precedência aos seus comentários ou críticas. Desta forma, as obras que recebem o ponto precedem as que recebem o sinal de +.

Por exemplo: A obra de Dowden intitulada Mind and art of Shakespeare terá a seguinte notação de autor SHA+D, neste caso o SHA corresponde às três primeiras letras de Shakespeare, o sinal de adição + significa que a obra trata-se de crítica ou comentário à obra de Shakespeare, e a letra D consiste na primeira letra do sobrenome do autor da crítica ou comentário. A segunda obra de Dowden, intitulada Shakespeare Primer terá a notação SHA+D1. Ver quadro 8 que contém esses exemplos.

Quanto às obras que comentam, criticam ou analisam uma obra específica de um autor, a notação de autor e a marca da obra deverão ser construídas utilizando-se as três letras do sobrenome do autor da obra original em maiúscula, seguidas de ponto e da letra inicial do título da obra em maiúscula, como já orientado para indicar a marca da obra. Para complementar, será acrescentada uma letra, em minúscula, entre x, y e z, reservadas para distinguir das duplicatas de outras edições, para as quais são utilizadas as outras letras do alfabeto (a – w).

A obra intitulada Some Notable Hamlets of our Time (que é uma obra sobre Hamlet) de autoria de Scott, terá a notação SHA.Hx. Outro livro que trate da obra Hamlet terá a notação SHA.Hy. Deve-se observar que os documentos que tratem sobre a obra Hamlet deverão vir em seguida à obra sobre a qual comentam, criticam etc. Assim, primeiro vem a obra SHA.H, que corresponde a Hamlet. Em seguida, vem os seus exemplares SHA.Ha; SHA.Hb e ao final vem os comentários e críticas etc. SHA.Hx; SHA.Hy (JAST, 1901a, 1901b), conforme ilustrado no quadro 8.

Uma biografia consiste em uma obra que analisa/descreve a vida de um determinado indivíduo/autor, por isso encontra-se entre as obras relacionadas, conforme definido acima. Neste item cabe um aparte. Os sistemas de classificação possuem uma classe específica para classificar biografias ou orientam classificar a biografia de determinada pessoa na área temática na qual a mesma se sobressaiu e acrescentar a forma de biografia, extraída da tabela de forma. Assim, a notação de classificação ou número de classificação construído a partir de um sistema de classificação reunirá todas as biografias em uma classe específica, dentro da qual as obras receberão a notação de autor, que neste estudo é a menção nominal correspondente ao biografado e biógrafo.

De acordo com as orientações de Jast (1901a), as biografias individuais são identificadas pelas três primeiras letras do biografado, seguidas de ponto e a primeira letra do sobrenome do biógrafo, em maiúscula, no lugar da marca da obra. Por exemplo, a obra de Morley, Life of Gladstone seria identificada por GLA.M, em que GLA vem do biografado e o M do autor da biografia, o biógrafo. Neste caso, a letra maiúscula em seguida ao ponto não é o título da obra, mas a primeira letra do sobrenome do autor da biografia.

Exemplo: as seguintes biografias de Shakespeare, ambas elaboradas por Samuel Schoenbaum, sendo a primeira publicada em 1987, intitulada William Shakespeare: a compact documentary life terá a notação SHA.S1; e a outra, Shakespeare’s lives, publicada em 1991 terá a notação SHA.S2.

Quadro 8: Exemplos de notações de autor e marca de obra

Autor

Título da obra

Notação de autor

Marca da obra

Exemplar 2

Exemplar 3

Obras completas

SHA

SHA

SHAa

SHAb

William Shakespeare

Hamlet

SHA

SHA.H

SHA.Ha

SHA.Hb

Scott

Some Notable Hamlets of our Time

SHA

SHA.Hx

SHA.Hxa

SHA.Hxb

Autor x

Outro documento que trate sobre a obra Hamlet

SHA

SHA.Hy

SHA.Hya

SHA.Hyb

William Shakespeare

Macbeth

SHA

SHA.M

SHA.Ma

SHA.Mb

William Shakespeare

Merchant of Venice

SHA

SHA.M1

SHA.M1a

SHA.M1b

William Shakespeare

Midsummer Night’s Dream

SHA

SHA.M2

SHA.M2a

SHA.M2b

Dowden

Mind and art of Shakespeare

SHA

SHA+D

SHA+Da

SHA+Db

Shakespeare Prime

SHA

SHA+D1

SHA+D1a

SHA+D1b

Fonte: elaboração própria a partir de JAST (1901a, b)

3.7 Pontos positivos e negativos da menção nominal

A prática de construção da menção nominal foi apresentada por Sayers (1918, 1922) e, em termos de aplicabilidade no século XXI, há bibliotecas que utilizam as três primeiras letras do sobrenome do autor como notação de autor (MEY, 1995; ORTEGA; SILVA; SOUZA, 2016). Mey (1995) afirma que essa prática é amplamente adotada por bibliotecas da Europa e tem alcançado resultados satisfatórios, pois é utilizada apenas para a localização dos documentos nas estantes. Ressalta que, até mesmo, bibliotecas que possuem acervos muito grandes adotam essa prática, podendo, inclusive, usar uma quantidade maior de letras para melhor identificar o documento.

Jast (1901a) afirma, como aspecto negativo, que seu sistema não garante uma ordem alfabética rigorosa. Por outro lado, para ele o sistema tem pontos positivos pois possibilita:

a) uma ordem alfabética aproximada;

b) que todas as obras de um autor em uma determinada classe fiquem juntas, e em ordem alfabética até a primeira letra do título;

c) que obras completas fiquem antes das obras individuais;

d) que as cópias de uma obra estejam organizadas lado a lado;

e) que as obras sobre um autor venham imediatamente depois de suas próprias obras;

f) que as obras sobre uma obra em particular, venha imediatamente após essa obra;

Ele argumenta que os números são facilmente aplicados, não requerendo nenhum tipo de cálculo ou previsão. E, finalmente, que os números são imutáveis.

Como contraponto, Slavic (2006) aponta uma série de problemas enfrentados por uma biblioteca da Croácia, que adotou as três primeiras letras do sobrenome do autor para identificá-los, e exemplifica com um sobrenome, muito comum na poesia croata, “Horvat”. Observe que as três primeiras letras do sobrenome dos autores não são suficientes para sua individualização, tornando-se necessário agregar outras letras, conforme evidenciado no Quadro 9.

Quadro 9: Exemplos de combinações de três letras para identificação de autor

Ordem de entrada do documento na biblioteca

Nome do autor

Codificação do nome do autor e sua ordenação

1

Horvat, Ivan

HOR

4

Horvat, Ana

HOR.A

3

Horvat, Dario

HOR.D

2

Horvat, Mladen

HOR.M

5

Horvat, Vladimir

HOR.V

Fonte: elaborado a partir de Slavic (2006)

Observe, no Quadro 9, que o primeiro autor a ingressar no acervo recebeu as três primeiras letras do sobrenome de autor para sua identificação e para as demais obras, cujos autores possuem o sobrenome igual, foi acrescentada a primeira letra do nome do autor, precedida de um ponto.

Cabe ressaltar que a solução para esse problema havia sido prevista por Jast (1901a, b), porém de maneira diferente à proposta por Slavic (2006). Ela propõe a inclusão da primeira letra do nome do autor em seguida ao ponto. Jast (1901a, b) orienta colocar após o ponto a marca da obra, ou seja, a primeira letra de palavra significativa do título. Para diferenciar autores com sobrenomes que iniciam com mesmas letras ele propõe o uso de algarismos, conforme já explicitado.

Ranganathan (1967) e Comaromi (1981) questionaram a eficácia dessa prática. Ranganathan argumentou que ela não diferencia autores que possuem sobrenomes semelhantes e nem exemplares. Estes questionamentos podem ser contestados: Jast (1901a, b) havia apresentado proposta para solução do problema dos sobrenomes semelhantes, conforme já explicitado, bem como para o problema dos exemplares, para o qual orienta o uso das letras do alfabeto em minúscula, após todos os elementos que integram a menção nominal.

Analisando os trabalhos de Jast (1901a, b) não foram identificadas orientações para diferenciar edições e volumes. Esses problemas foram apontados por Ranganathan (1967) como pontos negativos da prática da menção nominal. Entretanto, esta omissão pode ser facilmente resolvida ao adotar os elementos de edição (acrescentar a identificação de edição a partir da segunda, incluindo: 2.ed.; 3.ed. e assim sucessivamente) e os indicativos de volume (acrescentar v.1; v.2 e assim sucessivamente, para obras apresentadas em mais de um volume).

Outro ponto identificado como negativo, refere-se à orientação de Jast de usar a mesma forma de representação para coisas diferentes. Ele orienta usar as três primeiras letras do sobrenome do autor, seguida de ponto e depois uma letra maiúscula para indicar:

• qualquer documento que ingresse ao acervo – as três primeiras letras correspondem ao sobrenome do autor, seguidas de ponto e a primeira letra do título do documento. Por exemplo: SHA.M, a obra Macbeth de Shakespeare.

• uma biografia - as três primeiras letras correspondem ao sobrenome do biografado, seguidas de ponto e a primeira do sobrenome do biógrafo. Por exemplo: SHA.M, biografia de Shakespeare elaborada por um biógrafo cujo sobrenome comece com a letra M.

De acordo com o exemplo acima, na ordenação, a biografia de Shakespeare ficaria junto à obra Macbeth, seus exemplares, obras relacionadas etc., a não ser que esteja classificada na classe de biografias, conforme o sistema de classificação adotado.

Cutter e Dewey (OSBORN, 1982) consideraram esse método reacionário e rígido. Defenderam o sistema que utilizava a combinação de letras e números decimais como mais flexível, característica necessária para acompanhar o crescimento da coleção dentro de uma determinada ordem.

Para a construção da notação para obras completas de um autor, Jast (1901a) orienta no caso de obras completas deve-se utilizar apenas as três primeiras letras do sobrenome do autor, sem indicação do título da publicação. Sugere que para a obra de The Farmer’s Boy, de Bloomfield deve-se utilizar apenas BLO. Da mesma forma, Modern Housewife, de Soyer será SO ou SOY. Ele discute o uso dessa orientação, e no final conclui que sempre deverá ser incluída a marca da obra de forma que a ordem alfabética aproximada seja mantida. Esse problema pode ser resolvido no nível da notação de classificação. Em alguns sistemas de classificação é possível separar, na classificação, a obra completa de um determinado autor.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A menção nominal é utilizada por diversas bibliotecas, portanto, o seu estudo ainda é oportuno e necessário. Conforme mencionado no início desta pesquisa, a literatura da área da Ciência da Informação tratou de forma superficial esse tema, por esse motivo este artigo se propõe a lançar luz sobre o mesmo.

Como qualquer sistema de classificação, tabela de Cutter etc. é necessário dominar os detalhes do instrumento, metodologia ou sistema quanto ao seu uso. Neste caso, observou-se na literatura que vários autores tecem considerações quanto à menção nominal sem nenhuma citação a Jast. Esse fato evidencia que a obra dele não foi consultada e estudada. Por isso, a carência de detalhes e a presença de questionamentos que já haviam sido solucionados por Jast.

Como qualquer outra, a metodologia de Jast apresenta pontos para serem questionados, o que foi realizado, de forma tentativa, no item que tratou dos pontos positivos e negativos. A menção nominal é passível de ser adotada em qualquer tipo de biblioteca, utilizando os procedimentos apresentados por Jast. Porém, deve-se levar em consideração o tipo de biblioteca, os tipos de recursos informacionais que a biblioteca possui, o sistema de classificação bibliográfica adotado e compatibilizar todos esses fatores e características resultantes para a construção do número de chamada adotado pela biblioteca, para que o mesmo cumpra sua finalidade de ordenação e acesso às estantes.

REFERÊNCIAS

CARIBÉ, Rita de Cássia do Vale. Notação de autor: sua história. Informação e Sociedade: estudos. João Pessoa, v. 26, n. 2, p. 121-135, maio/ago. 2016.

COMAROMI, John Phillip. Book numbers: a historical study and practical guide to their use. Littleton: Libraries Unlimited, 1981. 145p.

JAST, Louis. Stanley. A new book number. The Library World, London, v. 3, n. 5, p. 120-123, 1901.

JAST, Louis. A new book number. The Library World, London, v. 3, n. 6, p. 150-152, 1901.

LEHNUS, Donald J. Notação de autor: manual para bibliotecas. Rio de Janeiro: BNG/Brasilart, 1978. 83p.

LENTINO, Noêmia. Classificação decimal universal (CDU): seu desenvolvimento, sua atualização. São Paulo: Folco Masucci, 1967. 127p.

LENTINO, Noêmia. Guia teórico, prático e comparado dos sistemas de classificação bibliográfica. São Paulo: Polígono, ١٩٧١. ٤٠٧p.

MANN, Margaret. Catalogação e classificação de livros. Rio de Janeiro: Cultrix, 1962. 339p.

MEY, Eliane Serrão Alves. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995. 123p.

ORTEGA, Cristina Dotta. Código de localização do documento. 2006. Disponível em: www.eca.usp.br/prof/fmodesto/disc/rdi/cris/código de localização do documento.doc. Acesso em: 22 set. 2013.

ORTEGA, Cristina Dotta. Fundamentos e métodos de ordenação de documentos. In: ORTEGA, C.D.; SILVA, M.A.; SANTOS, M.N. Ordenação de documentos na atividade bibliotecária. Brasília: Briquet de Lemos, 2016. 146p.

OSBORN, Jeanne. Dewey Decimal Classification, 19th edition: a study manual. Littleton: Libraries, 1982, 366p.

PINHEIRO, Ana Virgínia. A ordem dos livros na biblioteca. Rio de Janeiro: Interciência, 2007. 66p.

RANGANATHAN, Shiyali Ramamrita. Prolegomena to Library Classification. New York: Asia Publishing House, 1967. Disponível em: http://arizona.openrepository.com/arizona/handle/10150/106370. Acesso em: 02 jul. 2011.

SANTOS, Marcelo Nair dos. A ordenação de documentos pelo número de chamada. In.: ORTEGA, C.D.; SILVA, M.A.; SANTOS, M.N. Ordenação de documentos na atividade bibliotecária. Brasília: Briquet de Lemos, 2016. 146p.

SAYERS, William Charles Berwick. A Manual of classification for librarians and bibliographers. London: Grafton &Co, 1944. 345p.

SAYERS, William Charles Berwick. An introduction to library classification: with readings, questions and examination papers. London: Grafton &Co, 1918. 172p.

SAYERS, William Charles Berwick. An introduction to library classification: theoretical, historical and practical and a short course in practical classification, with readings, questions and examination papers. London: Grafton &Co, 1922. 256p.

SLAVIC, Aida. Call numbers, book numbers & collection arrangements in European Library Traditions. In.: SINGH, Jagtar; MALHAN, Indervir; KAUR, Trishanjit (ed.). Library & information Science in digital age. Portland: International Specialized Book Service, 2009. 2v. Cap. 25, p. 257-285.

SOUZA, Sebastião. CDU como entender e utilizar a Edição-padrão Internacional em Língua Portuguesa. 3.ed. Brasília: Thesaurus, 2004. 108p.

SOUZA, Sebastião. CDU como entender e utilizar a 2ª Edição-Padrão Internacional em Língua Portuguesa. 2.ed. Brasília: Thesaurus, 2010. 163p.

SOUZA, Sebastião. CDU como entender e utilizar a 2ª Edição-Padrão Internacional em Língua Portuguesa. 3.ed. Brasília: Thesaurus, 2012. 158p.

TAYLOR, Arlene G. Creation of complete call numbers. In: ______. Introduction to cataloging and classification. 10.ed. Westport: Libraries Unlimited, 2006. p. 448-455.

TAYLOR, Arlene G.; JOUDREY, Daniel N. The organization of information. 3.ed. London: Libraries, 2009. 512p.

1 Professora Adjunta da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília, Brasil. ORCID https://orcid.org/0000-0003-4799-9192. E-mail: rita.caribe@gmail.com

2 MERRYMAN, John Henry. Author notation. Stanford Law Library, 1966. 142p.

3 SATIJA, M.P. Book numbers: Indian and Cutter. New Delhi: Viva Books, 2008.

4 1ª etapa – autores com a quarta letra diferente

5 2ª etapa – autores com as primeiras quatro letras iguais

6 3ª etapa – autores que ingressaram ao acervo posteriormente

relato de pesquisa