A era dos quadrinhos da forma: uma análise de Gavião Arqueiro, de Matt Fraction e David Aja

Autores

  • Guilherme Miorando

Resumo

Resumo: Este artigo discute o advento da era dos quadrinhos da forma, em

que a leitura das obras através do layout da página ganha proeminência na

construção da narrativa, guiada pela forma do grid. Busca esclarecer processos

muitas vezes intuitivos dos produtores de arte sequencial e levantar

algumas questões sobre soluções aprendidas, repetidas e automatizadas

na produção de uma revista em quadrinhos. Parte das possibilidades de

fortalecimento dos quadrinhos em seu suporte mais antigo: o papel. Apesar

de grande competição, este suporte continua em evidência. Por arcaico

que seja, a leitura em papel permite uma experiência única. Através dele,

o leitor tem maior controle sobre o ritmo da história e da leitura. Esse ritmo

é trabalhado em muitos quadrinhos, que jogam com seu design como

são produzidos, em especial no layout de página. Apresenta-se aqui como

os estudos da História da Arte e do Design podem ajudar um quadrinista

a compor o layout das páginas dos seus quadrinhos. Argumenta-se que,

para tanto, é preciso entender como se dá a leitura e a compreensão das

palavras e imagens. Isso envolve observar os processos necessários para 

que a página de um quadrinho seja processada na nossa mente. Essa operação

permite explorar a maneira pela qual o quadrinista dialoga com o

público de sua produção artística, guiando a leitura através do layout da

página. O caso a ser analisado aqui são as edições 6 e 11 da revista Gavião

Arqueiro, que apresentaram algumas características que tangenciam esta

análise, com ênfase para o uso da construção e desconstrução do grid.

Palavras-chave: Histórias em Quadrinhos; Estruturas narrativas; Layout

da página

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Publicado

2019-05-15

Edição

Seção

Artigos