AUTOFICÇÃO DO PRESENTE
cenas da pandemia na universidade
Resumo
Neste artigo, analiso a produção discente a partir de trabalhos artísticos desenvolvidos em sala de aula na pandemia e exibidos na Internet, orientados por mim em disciplina de graduação. Para isso, desenvolvo o conceito de autoficção do presente, defendendo que grande parte da produção cênica em momento pandêmico reflete a vivência do presente traumático, diante da elaboração do luto coletivo de mais de 500 mil brasileiros vitimados pela covid-19. Parto do pressuposto de que a situação política trágica no Brasil, acentuada pelo negacionismo, pela ausência de política sanitária e demais políticas públicas, incluindo o setor cultural e/ou educacional, corrobora para ampliar o sentimento de desalento e melancolia (BIRMAN, 2020), provocando a emergência de investigações ancoradas em experiências autoficcionais, que não se referem ao passado, mas ao presente, constituindo o testemunho da memória traumática, por meio da elaboração artística na vivência dos acontecimentos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 MORINGA - Artes do Espetáculo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Ao submeter um artigo à Revista Moringa - Artes do Espetáculo e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus meta dados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados, conexos à licença Creative Commons (CC by), conforme link a seguir. http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR