AUTOFICÇÃO DO PRESENTE

cenas da pandemia na universidade

Autores

  • Gabriela Lírio Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2177-8841.2021v12n2.61659

Resumo

Neste artigo, analiso a produção discente a partir de trabalhos artísticos desenvolvidos em sala de aula na pandemia e exibidos na Internet, orientados por mim em disciplina de graduação. Para isso, desenvolvo o conceito de autoficção do presente, defendendo que grande parte da produção cênica em momento pandêmico reflete a vivência do presente traumático, diante da elaboração do luto coletivo de mais de 500 mil brasileiros vitimados pela covid-19. Parto do pressuposto de que a situação política trágica no Brasil, acentuada pelo negacionismo, pela ausência de política sanitária e demais políticas públicas, incluindo o setor cultural e/ou educacional, corrobora para ampliar o sentimento de desalento e melancolia (BIRMAN, 2020), provocando a emergência de investigações ancoradas em experiências autoficcionais, que não se referem ao passado, mas ao presente, constituindo o testemunho da memória traumática, por meio da elaboração artística na vivência dos acontecimentos.

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Publicado

2021-12-19

Como Citar

LÍRIO, G. AUTOFICÇÃO DO PRESENTE: cenas da pandemia na universidade. MORINGA - Artes do Espetáculo, [S. l.], v. 12, n. 2, 2021. DOI: 10.22478/ufpb.2177-8841.2021v12n2.61659. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/moringa/article/view/61659. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Diálogos e fronteiras