RACIONALIDADE, COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM EM HABERMAS
Resumo
Nessa fala, depois de apresentar a perspectiva pragmática de Habermas e a centralidade de processos de aprendizagem na obra dele, vou concentrar em duas questões: 1) o conceito da racionalidade comunicativa e sua fundamentação na pragmática formal; 2) a argumentação como mecanismo central ao Discurso, necessário para resgatar ou rejeitar pretensões da validade. Meu argumento será (1) que a “estrutura interna de fala” (Cooke, 1994) identificada por Habermas na sua pragmática formal não é suficiente para assegurar a validade do conhecimento empírico e (2) a estrutura de argumentação necessária para o resgate (ou rejeição) de pretensões de validade, por não ser suficiente para justificar uma pretensão de verdade proposicional, no caso de atos de fala constativos, precisa ser acrescentada com aspectos pessoais necessários para assegurar confiabilidade em conhecimento empírico, especialmente virtudes epistêmicas. Em suma, a racionalidade dos interlocutores necessita mais elementos que aqueles analisados por Habermas.
Palavras-Chave: Aprendizagem – Habermas; Cognição; Racionalidade.