RELIGIÃO E DEMOCRACIA

parceiras no pensamento de Habermas

Autores

  • Irio Vieira Coutinho Abreu Gomes

Resumo

As sociedades democráticas atuais possuem dentre de seus pressupostos a laicidade do Estado. Isso quer dizer que o Estado não deve ter nenhuma religião como oficial bem como, qualquer cosmovisão, ideologia ou filosofia. Esse trabalho tem por objetivo defender que a religião oferece subsídios de consolidação ao Estado Democrático. Minha argumentação é construída segundo a Filosofia da Religião de Habermas. Na introdução discorro sobre o nascimento do Estado Democrático Laico a partir de duas heranças dos conflitos religiosos: o liberalismo político e o direito natural. Isso levou ao deslocamento da religião para fora do âmbito dos assuntos políticos levantando dúvidas se o Estado Laico não se tornara instrumento de discriminação da religião. Daí surgem as tensões entre seculares e religiosos que exploro logo em seguida. Na terceira parte, figurando como antessala da reconciliação entre religiosos e seculares, apresento uma breve história da razão segundo Habermas, que mostra a religião como formadora de nossa racionalidade filosófica secular. Como tentativa de solução aos problemas gerados pela diversidade cosmovisional contemporânea, termino o texto apresentando o que chamo de propostas habermasianas, pois algumas são do próprio Habermas e outras inspiradas nele.

Palavras-chave: Habermas; religião; democracia.

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Publicado

18-12-2022

Como Citar

Gomes, I. V. C. A. . (2022). RELIGIÃO E DEMOCRACIA: parceiras no pensamento de Habermas. Gestão &Amp; Aprendizagem, 11(Especial), 71–90. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/mpgoa/article/view/65157

Edição

Seção

Edição Temática