BIOGEOGRAFIA E FLORÍSTICA DOS BOSQUES SECOS ESTACIONAIS NEOTROPICAIS (BSEN)

Autores

  • Virginia Y. Mogni; Luis J. Oakley; Hernán M. Maturo
  • Luciano A. Galetti; Darién Eros Prado

Resumo

Existe na América do Sul um padrão de distribuição altamente coincidente entre as diferentes espécies de lenhosas arbóreas de bosques estacionais secos, que atravessa o continente em forma de ferradura ou arco desde a Caatinga do NE do Brasil, até o setor das antigas missões jesuítas do Brasil, Paraguai e Argentina, na Chiquitania boliviana, o Bosque Pedemontano Subandino do SW da Bolívia e NW da Argentina, e inclui alguns vales secos interandinos de Bolivia e Perú. Este artigo apresenta a proposta de estabelecer essa distribuição fragmentaria e disjunta de Bosques Secos Estacionais Neotropicais (BSEN) como um novo Domínio fitogeográfico, com a arvore Anadenanthera colubrina (Mimosoideae, Fabaceae) sendo a espécie mais paradigmática. O conceito atual dos BSEN abarca tipos de vegetação lenhosa correlacionados com uma forte estacionalidade climático nos trópicos da América do Sul, com uma estação seca bem definida, porém de duração muito variável. O vinculo mais forte entre BSEN e sua composição florística, o qual foi demostrado por analises os padrões de distribuição biogeográfica de suas espécies lenhosas mais importantes comparando sua vegetação (com analises fitosociológica clássica e por análises numéricas). Esta nova interpretação dos BSEN conduz a várias derivações com impactos biogeográficos (Teoria do Arco Pleistocênico), evolutivos (com estudos recentes a nível molecular) e com impacto em outras ciências (v.g. Zoologia). Os BSEN receberam pouca atenção de conservacionistas comparando com os bosques tropicais chuvosos. É preciso uma urgente chamada para a preservação dos recursos genéticos e da biodiversidade.

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Publicado

2015-12-19

Edição

Seção

Artigos