A IMPORTÂNCIA DA REDE HIDROVIÁRIA PARA O ESTADO DO AMAZONAS

Autores

  • João Henrique Santana Stacciarini Universidade Federal de Goiás
  • Luana Feldmann Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.0vn0.53886

Resumo

No estado do Amazonas (maior unidade federativa do país), a densa floresta equatorial - de difícil penetração humana - e as grandes distâncias contribuíram para que, historicamente, a hidrografia se fizesse como importante rede de organização territorial. Nas últimas duas décadas, uma série de reestruturações territoriais impostas e organizadas pelo avanço de novos agentes econômicos no Amazonas - sobretudo aqueles estabelecidos por intermédio da Zona Franca de Manaus, da expansão da fronteira agrícola brasileira (agropecuária), do incentivo à urbanização e ocupação territorial e dos megaprojetos (mineração, energia e derivados de petróleo) - estimularam uma ampliação dos fixos e fluxos envolvidos no transporte hidroviário. Pelas linhas estaduais amazonenses de transporte aquático circularam, aproximadamente, 1,7 milhões de passageiros durante o ano de 2017. Manaus desponta como foco central de gerenciamento, organização e dispersão desse complexo sistema. Para além das pequenas estações de embarque, a referida capital estadual conta com treze grandes plataformas portuárias em atividade, as quais foram responsáveis, durante o intervalo dos anos de 2010 a 2018, pela movimentação de quase 200 milhões de toneladas de cargas. Tais elementos evidenciam as redes como verdadeiras transmissoras do processo de globalização e ressaltam a importância da fluidez que o capitalismo contemporâneo necessita para reprodução em caráter sistêmico e global.

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Publicado

2020-07-11

Edição

Seção

Artigos