Autores
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Milca Laís da Luz Macieira
Universidade Federal da Paraíba
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Joel Silva dos Santos
Universidade Federal da Paraíba
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Leonardo Figueiredo de Meneses
Universidade Federal da Paraíba
Resumo
Em diversas partes do mundo as cidades estão enfrentando desafios cada vez mais sérios devido ao agravamento da crise climática, resultante do consumo excessivo de recursos naturais e da emissão de poluentes na atmosfera. As áreas verdes desempenham um papel fundamental na atenuação dessa crise ao oferecer contribuições importantes ao ambiente, tal como a regulação do microclima urbano. Assim, a presente pesquisa tem como lócus de estudo a cidade de Santa Rita, localizada na região metropolitana de João Pessoa/PB, e objetiva verificar a influência das áreas verdes urbanas, mais especificamente as praças públicas, na oferta do serviço ecossistêmico de regulação microclimática. Para alcançar o objetivo proposto, a etapa inicial foi a revisão de literatura, seguida da escolha de duas praças amostrais que apresentassem condições de uso, ocupação e conservação distintas para efeito de comparação. Para o serviço de regulação foi feito o monitoramento das condições de temperatura e umidade relativa, sendo este realizado no período de transição entre as estações seca e chuvosa, determinando-se então a variação do Índice de Desconforto Térmico (IDT) de cada praça. Além disso, com o intuito de dar suporte aos dados do IDT, também foi aferida a percepção ambiental e térmica dos frequentadores e transeuntes nos locais sob monitoramento por meio de aplicação de questionários. De acordo com os resultados, foi possível perceber a ação da vegetação no efeito de resfriamento durante o período matutino em comparação com o período vespertino/noturno, mostrando uma diferença de 6,8°C de temperatura entre as praças às 09 horas. Com relação ao IDT, mesmo a praça arborizada não apresentou classificação confortável em nenhum dos períodos, e isso possivelmente se deve a influência das áreas circundantes. Por fim, percebe-se que, de maneira geral, os resultados da percepção da população indicam que nem sempre a avaliação do usuário coincide com os valores do IDT. Conclui-se, portanto, que o serviço de regulação microclimática foi mais evidente durante o período matutino. Vale salientar ainda que a morfologia urbana influencia diretamente na obstrução dos fluxos de vento e, consequentemente, nas variáveis monitoradas, comprometendo, o conforto térmico.
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Biografia do Autor
Milca Laís da Luz Macieira, Universidade Federal da Paraíba
Mestranda no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Gestão Ambiental pela Universidade Cruzeiro do Sul (2020). Bacharel em Ecologia pela Universidade Federal da Paraíba (2018) e graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (2021). Possui experiência na área de Meio Ambiente (e temáticas associadas) com ênfase em Ecologia Geral, Geociências e Planejamento Urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: Análises Socioambientais, Conservação e Preservação Ambiental e Geodiversidade.
Joel Silva dos Santos, Universidade Federal da Paraíba
Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba (PRODEMA/UFPB); Doutor em Recursos Naturais pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande (PPGRN/UFCG). Foi professor do curso de Gestão Ambiental da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN/2007-2008) e do curso de Ecologia da UFPB/Campus IV (2008-2021). Atualmente é professor Associado II da UFPB/Campus I vinculado ao Departamento de Geociências do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (DGEOC/CCEN/UFPB) e Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFPB). Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa: Clima Urbano e Recursos Naturais cadastrado no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq). Coordenador do Laboratório e Oficina de Geografia da Paraíba/LOGEPA/UFPB. Tem experiência nas seguintes áreas do conhecimento, GEOGRAFIA e CIÊNCIAS AMBIENTAIS, atuando em atividades de ensino, pesquisa e extensão nas linhas temáticas: Geografia e Meio Ambiente com ênfase em Ecologia Política e Epistemologia da Ciência Geográfica e Ambiental; Ecologia Urbana com ênfase em Áreas Verdes Urbanas e Serviços Ecossistêmicos e Climatologia Geográfica com ênfase em Climatologia Urbana e Bioclimatologia Humana.
Leonardo Figueiredo de Meneses, Universidade Federal da Paraíba
Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2006) e graduação em Tecnologia em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (2007). Mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Doutor em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2020). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal da Paraíba - Campus Litoral Norte, e vice-coordenador do Laboratório de Análises Geoambientais - LAGeo, da UFPB e Doutorando em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento aplicado a estudos ambientais e estudos sobre geodiversidade e geoconservação.
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