A INFLUÊNCIA DAS ÁREAS VERDES URBANAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO ECOSSISTÊMICO DE REGULAÇÃO MICROCLIMÁTICA NA CIDADE DE SANTA RITA – PARAÍBA

Autores

  • Milca Laís da Luz Macieira Universidade Federal da Paraíba
  • Joel Silva dos Santos Universidade Federal da Paraíba
  • Leonardo Figueiredo de Meneses Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2024v18n3.69273

Resumo

Em diversas partes do mundo as cidades estão enfrentando desafios cada vez mais sérios devido ao agravamento da crise climática, resultante do consumo excessivo de recursos naturais e da emissão de poluentes na atmosfera. As áreas verdes desempenham um papel fundamental na atenuação dessa crise ao oferecer contribuições importantes ao ambiente, tal como a regulação do microclima urbano. Assim, a presente pesquisa tem como lócus de estudo a cidade de Santa Rita, localizada na região metropolitana de João Pessoa/PB, e objetiva verificar a influência das áreas verdes urbanas, mais especificamente as praças públicas, na oferta do serviço ecossistêmico de regulação microclimática. Para alcançar o objetivo proposto, a etapa inicial foi a revisão de literatura, seguida da escolha de duas praças amostrais que apresentassem condições de uso, ocupação e conservação distintas para efeito de comparação. Para o serviço de regulação foi feito o monitoramento das condições de temperatura e umidade relativa, sendo este realizado no período de transição entre as estações seca e chuvosa, determinando-se então a variação do Índice de Desconforto Térmico (IDT) de cada praça. Além disso, com o intuito de dar suporte aos dados do IDT, também foi aferida a percepção ambiental e térmica dos frequentadores e transeuntes nos locais sob monitoramento por meio de aplicação de questionários. De acordo com os resultados, foi possível perceber a ação da vegetação no efeito de resfriamento durante o período matutino em comparação com o período vespertino/noturno, mostrando uma diferença de 6,8°C de temperatura entre as praças às 09 horas. Com relação ao IDT, mesmo a praça arborizada não apresentou classificação confortável em nenhum dos períodos, e isso possivelmente se deve a influência das áreas circundantes. Por fim, percebe-se que, de maneira geral, os resultados da percepção da população indicam que nem sempre a avaliação do usuário coincide com os valores do IDT. Conclui-se, portanto, que o serviço de regulação microclimática foi mais evidente durante o período matutino. Vale salientar ainda que a morfologia urbana influencia diretamente na obstrução dos fluxos de vento e, consequentemente, nas variáveis monitoradas, comprometendo, o conforto térmico.

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Biografia do Autor

Milca Laís da Luz Macieira, Universidade Federal da Paraíba

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Gestão Ambiental pela Universidade Cruzeiro do Sul (2020). Bacharel em Ecologia pela Universidade Federal da Paraíba (2018) e graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (2021). Possui experiência na área de Meio Ambiente (e temáticas associadas) com ênfase em Ecologia Geral, Geociências e Planejamento Urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: Análises Socioambientais, Conservação e Preservação Ambiental e Geodiversidade.

Joel Silva dos Santos, Universidade Federal da Paraíba

Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba (PRODEMA/UFPB); Doutor em Recursos Naturais pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande (PPGRN/UFCG). Foi professor do curso de Gestão Ambiental da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN/2007-2008) e do curso de Ecologia da UFPB/Campus IV (2008-2021). Atualmente é professor Associado II da UFPB/Campus I vinculado ao Departamento de Geociências do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (DGEOC/CCEN/UFPB) e Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFPB). Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa: Clima Urbano e Recursos Naturais cadastrado no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq). Coordenador do Laboratório e Oficina de Geografia da Paraíba/LOGEPA/UFPB. Tem experiência nas seguintes áreas do conhecimento, GEOGRAFIA e CIÊNCIAS AMBIENTAIS, atuando em atividades de ensino, pesquisa e extensão nas linhas temáticas: Geografia e Meio Ambiente com ênfase em Ecologia Política e Epistemologia da Ciência Geográfica e Ambiental; Ecologia Urbana com ênfase em Áreas Verdes Urbanas e Serviços Ecossistêmicos e Climatologia Geográfica com ênfase em Climatologia Urbana e Bioclimatologia Humana.

Leonardo Figueiredo de Meneses, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2006) e graduação em Tecnologia em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (2007). Mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Doutor em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2020). Atualmente é Professor Assistente da Universidade Federal da Paraíba - Campus Litoral Norte, e vice-coordenador do Laboratório de Análises Geoambientais - LAGeo, da UFPB e Doutorando em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento aplicado a estudos ambientais e estudos sobre geodiversidade e geoconservação.

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Publicado

2024-12-27

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Seção

Artigos