ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E AS BASES DO MODELO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL NA PARAÍBA
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2024v18n2.71593Resumo
A presente reflexão surge da discussão em voga (e em moda) sobre o “novo” modelo de escola integral implementado (ou resgatado) atualmente para atender o “novo” modelo pedagógico que se propõe para o nível de ensino médio. A primeira questão que levantamos é a desassociação desta proposta com o contexto educacional que estamos vivendo, aparentemente é como se a organização escolar não se adequasse em um contexto político e social vivenciado em determinado período da história. Em um contexto de reformas neoliberais, reflete na educação estratégias para (con)formar o cidadão a nova realidade, sendo a escola veículo disseminador desta (con)formação. Desta forma, entendendo a escola como espaço campo de disputas e interesses sociais, neste trabalho temos como objetivo refletir sobre as bases que norteiam a concepção de educação escolar integral na década de 1930 – quando no nosso país se institucionalizava o movimento renovador da Escola Nova – e no contexto atual, mais precisamente a partir do ano de 2016, quando do popularismo das reformas neoliberais para educação, e como estas reverberam na organização escolar (seja estrutural ou curricular). Para tanto, elegemos como recorte espacial o estado da Paraíba e nos pautamos metodologicamente na revisão de literatura. Como resultados, temos um panorama que não desassocia reformas educacionais de modelos escolares que (con)formem estudantes para as situações politicamente instauradas.