https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/issue/feedPolítica & Trabalho: revista de ciências sociais2024-03-01T00:00:00-03:00Editores Marcelo Burgos Pimentel dos Santos e Rogério de Souza Medeirospoliticaetrabalho@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista Política & Trabalho é a publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPB. Em circulação desde 1985, reflete o compromisso do PPGS-UFPB com a promoção de debates acadêmicos atualizados e de alta qualidade. Nas suas primeiras edições, a Revista enfatizava temas relativos ao mundo do trabalho e à política, mas ao longo dos anos passou a ampliar o seu escopo de atuação para contemplar os mais diversos temas nas áreas da Sociologia e Humanidades. A revista publica artigos inéditos por meio de dossiês e propostas individuais, de fluxo contínuo, bem como entrevistas, resenhas e traduções. Nossa missão é promover um debate científico qualificado sobre temas acadêmicos relevantes, embasados em pesquisas empíricas e/ou análises teóricas. A Política & Trabalho se destina a promover o intercâmbio de conhecimento entre brasileiros e estrangeiros, sejam eles pesquisadores ou público interessado.</p>https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66490PENSANDO LA VIDA DESDE LOS SUJETOS COLECTIVOS, LA COMPLEMENTARIEDAD Y LA RECIPROCIDAD2023-05-22T15:09:48-03:00Laura Collin Harguindeguylauracollin@gmail.com<p>Las ideas de complementariedad, reciprocidad y sujetos colectivos han sido señaladas como parte de los conceptos rectores del Buen Vivir en estudios del mundo andino y mesoamericano. En el artículo, con base en la interacción prolongada con pueblos originarios y la participación en organizaciones sociales que los involucran, reflexiono en torno a cómo estas nociones se reflejan y al mismo tiempo condicionan la vida cotidiana. Argumento como esos conceptos suponen un modo de vida que implica una versión contraria al modelo occidental. Concluyo que supone no solo una ontología y una epistemología otra, sino y sobre todo una alternativa civilizatoria, una propuesta de vida. Se relaciona esta visión del mundo con las propuestas de la teoría de la complejidad.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66444BEYOND “OUR AMERICA”2023-11-02T18:12:21-03:00Agustin Laó-Montesalaomontes@gmail.com<p>If Jose Marti coined the concept <em>Our America</em> as a key construct in the invention of Latin America as a continent, here we are proposing two geo-historical categories with the aim of decolonizing the spatial and temporal imaginary: <em>Our Abiayala</em> from Native American feel-thinking and <em>Our Afroamerica</em> from Afro-descendant feel-thinking. <em>Our Afroamerica </em>is a translocal territory that crosses over and transcends national borders throughout the Americas, while composing those spaces. Its historical universe and its spaces of culture and politics mark a geography extending from South to North, sketching the length and the width of the routes of enslavement and resistance, from Argentina to Canada, transgressing the –imaginary as well as material— ramparts of the Rio Grande, that separate <em>Our America </em>from the <em>Northern Colossus</em>. On that key, <em>Our Afroamerica</em> includes the Afro-Latin American histories and cultures from the Mexican North to the Patagonia, as well as the Afro-Latinx ones that exist in the United States, thus composing (together with the Afro-North American spaces, in themselves a montage of the cultures of Africanity) a vast and diverse historical archipelago that we denominate <em>Afro-American Diasporas</em>. The main argument of the article is that <em>Our Abiayala </em>and <em>Our Afroamerica</em> constitute critical geo-historical categories to decolonize our collective imaginaries and engender modes of re-identification of self, history, and future horizons, which are key in the new wave of antisystemic movements. The monograph will layout both categories but will focus in <em>Our Afroamerica</em>.</p>2024-11-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66769REVISITANDO LA CARTOGRAFÍA CUERPO-TERRITORIO DESDE LA AUTOETNOGRAFÍA FEMINISTA2023-08-03T10:25:12-03:00Delmy Tania Cruz Hernándezdelmy.cruz@unicach.mx<p>El artículo que presento revisita el adamiaje de la categoría cuerpo-territorio a partir de la cartografía corporal que impulsa el Colectivo Miradas Críticas del Territorio desde el Feminismo (CMCTF) desde 2012. Se parte de la autoetnografía y de la reflexividad como metodología. Es un aporte situado y desde una posicionalidad de militancia investigativa cuya reflexión está atravesada por el pensamiento del feminismo del sur. Invita a sentipensar en los aprendizajes y usos que se le ha dado a la cartografía cuerpo-territorio, pero sobre todo a posicionarla como una metodología que se construyó para aportar a las luchas sociales como sucedió en la frontera media de Chiapas en 2015.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66584ESPIRALES, TEJIDOS Y SABERES DE OTRO MODO DESDE LAS MUJERES KANKUAMAS EN RIOHACHA, COLOMBIA2023-08-28T10:25:08-03:00Yolanda Parrayolandaparra@uniguajira.edu.coSaray Gutiérrez Monterosngutierrez@uniguajira.edu.co<p>Este trabajo es un aporte a la consolidación de las epistemologías desde Abya Yala, con el propósito de vincular las discusiones del aula y el quehacer pedagógico en la Licenciatura de Etnoeducación e Interculturalidad de la Universidad de La Guajira en Colombia, con las dinámicas comunitarias de los Pueblos. La propuesta incluye el reconocimiento de la espiritualidad, como manifestación de los saberes ancestrales de las mujeres kankuamas, que desde su “ConoCSentir” han dado lugar a prácticas de la vida cotidiana desde las cuales afrontar los silencios históricos y los miedos originados por la violencia epistémica y espiritual perpetuada históricamente en sus territorios ancestrales. La metodología se teje a partir de la articulación entre la autobiografía, la fenomenología hermenéutica y la Matriz “TerritorioCuerpoMemoria” como referente epistémico que da cuenta del “cuerpo vivido, el espacio vivido y el tiempo vivido”. Este abordaje metodológico tiene como propósito reconocer las subjetividades e interacciones que consideran la naturaleza como sujeto de derecho, a la vez que propone nuevas rutas metodológicas que incorporen en los currículos escolarizados los conocimientos que subyacen en prácticas ancestrales que como el tejido y el “pagamento1”, se constituyen en anclaje del cuidado y crianza de la vida. Son entonces esas prácticas situadas en los “TerritorioSCuerpo” y los “CuerpoSMemoria” que dan cuenta del cuidado del cuerpo físico, espiritual y comunitario, las que han permitido desde la experiencia docente e investigativa de las autoras, presentar al final de este texto las espirales didácticas en cuanto expresión concreta de los “lenguajes, los lugares y los tiempos “de la memoria de las mujeres kankuamas.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66359ESTUDANTES INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA2023-07-07T15:01:51-03:00Cíntia Cinara Morais Borgescintia.cinara@hotmail.comAlícia Ferreira Gonçalvesaliciafg1@hotmail.com Maria Elena Martinez-Torresdesal@laneta.apc.orgMaristela Oliveira de Andradeandrademaristela@hotmail.com<p>Este artigo analisa o significado da presença de estudantes indígenas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e como essa presença tem sido capaz de promover o processo de interculturalidade no espaço acadêmico. O processo de inclusão social dos povos indígenas no ensino superior representa um desafio, pois envolve a discussão sobre o conceito de interculturalidade, que exige rompimento de paradigmas (decolonização), desconstrução do repasse unilateral de saberes e práticas hegemônicas colonialistas eurocêntricas nas universidades. O presente artigo divulga dados parciais de pesquisa descritiva quanti-qualitativa, obtidos através<br />do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) e fornecidos pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFPB, bem como das narrativas de 11 estudantes indígenas egressos dessa instituição entre o período de 2013 a 2022, que responderam a um questionário por meio digital. Esta pesquisa contribui com os estudos sobre inclusão dos povos indígenas no ensino superior, considerando sua identidade cultural, para além da condição de estudante, com abordagem de temas que envolvem o reconhecimento do pertencimento étnico dos estudantes indígenas pela comunidade acadêmica não indígena. A política de Ações<br />Afirmativas (Lei de Cotas), o Programa Bolsa Permanência e algumas ações desenvolvidas na UFPB representam avanços no processo de inclusão social dos povos indígenas no ensino superior. Contudo, a invisibilidade cultural da comunidade discente indígena, relatada pelos estudantes nas narrativas desta pesquisa coloca-se como um desafio a ser superado na construção da interculturalidade na (pluri)universidade.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/65421MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO EM CRISE2023-04-28T15:28:37-03:00Diego Torres de Matos Orteiroorteiro.diego@gmail.comEduardo Rezende Pereirae264257@dac.unicamp.brJoelson Gonçalves de Carvalhojoelsonjoe@yahoo.com.br<p>O fim do ciclo neodesenvolvimentista no Brasil foi marcado pelos efeitos de uma crise econômica e política sem precedentes no período recente, agudizada pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016. É nesse contexto que se assiste a um recrudescimento do neoliberalismo no país, com forte impacto sobre as condições de vida e de trabalho de milhares de brasileiros. Dito isso, este artigo tem por objetivo discutir as mudanças no mercado de trabalho brasileiro entre os anos de 2013 e 2019, período marcado por mudanças políticas de grande envergadura que abriram caminho para a reforma trabalhista de 2017, apresentada como<br />solução para o desemprego e a informalidade. Metodologicamente, o trabalho se assenta na análise de dados sobre o mercado de trabalho no Brasil, notadamente sobre ocupação, postos de trabalho formal e informal e rendimentos, além de uma revisão crítica da literatura especializada sobre o assunto. As conclusões da pesquisa indicam que, mesmo antes dos impactos negativos da pandemia de covid-19, o Brasil já convivia com a redução do salário real dos empregados no setor formal, intensificação da informalidade e a tendência à precarização no mercado de trabalho, fenômenos estes derivados da condução neoliberal da economia em geral e, mais<br />especificamente, das medidas contidas na reforma trabalhista imposta ao país.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66254DIVIDIR PARA FRAGILIZAR2023-08-23T17:44:04-03:00Bernardo Paim Cunha Massonpaim.bernardo@gmail.comMariana Bettega Braunertmbbraunert@gmail.com<p>O presente artigo analisa como as alterações realizadas na legislação trabalhista em 2017 impactaram negativamente nas condições de trabalho e na luta sindical de uma importante empresa pública brasileira, os Correios. Com base em pesquisa empírica na qual analisamos documentos oficiais da empresa e entrevistamos trabalhadores e dirigentes sindicais, identificamos uma ampliação da quantidade de trabalhadores terceirizados, que desempenham funções semelhantes às de trabalhadores contratados diretamente pela empresa, porém sem os mesmos direitos e em condições bem mais precárias. Além disso, constatamos um crescimento das contratações de trabalhadores autônomos, sobretudo carteiros, que desenvolvem suas atividades contratados como pessoas jurídicas, em moldes semelhantes ao formato de trabalho “uberizado”. Essas tendências não apenas contribuem com a precarização das condições de trabalho da categoria como também fragilizam a luta sindical, na medida em que pulverizam e fragmentam os trabalhadores.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/67533TWITCH.TV, AS NOVAS FRONTEIRAS DO TRABALHO PLATAFORMIZADO2023-09-20T10:46:23-03:00Maria Aparecida Bridi macbridi@gmail.comThiago Bedinthiagobedin@hotmail.com<p>A Twitch.tv é uma plataforma de transmissões ao vivo, onde milhares de pessoas tentam ganhar a vida realizando Transmissões ou streams. A Twitch nos apresenta a possibilidade de compreender parte de como as novas formas de trabalho são organizadas e condicionadas pelo desenvolvimento das novas tecnologias da informação (TICs). Os dados tornaram-se ponto central da produção capitalista. Empresas de plataforma utilizando suas bases de dados colocam-se como interface que medeia as relações produtivas entre seus diferentes autores. Além das plataformas, vemos outro tipo de configuração organizacional surgir com as TICs,<br />as redes de empresas, uma estrutura amorfa com vários pontos produtivos que se conectam, formando, assim, cadeias produtivas complexas. O trabalho dos streamers e outros produtores de conteúdo condicionados pelos modelos de empresa de plataforma e empresa em rede nos permite vislumbrar como o trabalho é moldado dentro da lógica do capitalismo de plataforma. Analisamos como o trabalho toma um aspecto não clássico que foge de uma relação diádica entre trabalhador e patrão e passa para uma concepção de uma multiplicidade de autores presentes no fazer-saber do trabalho. Para compreender como as relações de trabalho são organizadas e transformadas, adotamos a análise metodológica de netnografia na coleta de dados na plataforma Twitch.tv.<br />Também realizamos entrevistas com os trabalhadores que usam a Twitch como meio de trabalho, permitindo uma melhor compreensão das relações produtivas e do trabalho inseridos no capitalismo de plataforma.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/65924MINERAÇÃO E DESIGUALDADE DE RENDA2023-08-23T10:36:28-03:00Tádzio Peters Coelhotadzio@ufv.brLaura Maris Gomes e Silvalaura.maris@ufv.br<p>Neste artigo, buscamos conhecer os efeitos socioeconômicos gerados pela estrutura produtiva de extração e beneficiamento do calcário e sua relação com a desigualdade de renda, em Córrego Fundo (MG). O município de Córrego Fundo apresentou o menor índice de Gini da renda domiciliar per capita de Minas Gerais e o terceiro menor do país (IBGE, 2010). Perguntamos: a estrutura produtiva da mineração e beneficiamento de calcário em Córrego Fundo levou o município à situação de menor desigualdade de Minas Gerais? A metodologia inclui análise de indicadores sociais e econômicos de Córrego Fundo e municípios limítrofes e entrevistas semiestruturadas com agentes-chave. Os resultados apontam a prevalência de postos de trabalho e estabelecimentos na indústria de transformação do calcário em comparação ao restante da estrutura produtiva local, em específico à extração de calcário, e que os efeitos sobre a distribuição de renda em Córrego Fundo foram causados pelo beneficiamento do calcário, e não por sua extração. Os resultados apontam que o número relativamente alto de micro e pequenas empresas de transformação de calcário gerou uma necessidade de trabalhadores no setor, o que pressionou para cima o preço da força de trabalho. Esse processo teria gerado a situação de menor desigualdade social no município. Na percepção dos entrevistados, a indústria do calcário gera alguns danos ambientais, que são compensados pelos salários e postos de trabalho no município, o que caracterizaria uma situação de subestimação dos danos causados pela indústria caieira.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/67407CUIDADOS: tecendo e desfazendo direitos.2023-08-15T17:39:25-03:00Nadya Araújo Guimarãesnadya@usp.br<p>Findo o período ditatorial, o processo de redemocratização trouxe avanços significativos no campo dos direitos, especialmente a partir da Constituição brasileira de 1988. Tais avanços, entretanto, alcançaram de modo muito desigual a demandantes de cuidado, por um lado, e a beneficiário/as de cuidado, por outro. Este texto pretende analisar esse processo desigual de construção de novos sujeitos de direitos no campo do cuidado. Assim, se foram alcançados importantes avanços normativos que propiciaram a implementação de políticas públicas voltadas ao cuidado a idosos e crianças, ao mesmo tempo se negava o reconhecimento profissional e direitos às<br />trabalhadoras, domésticas e cuidadoras, que se constituíam nas principais provedoras de tais cuidados. Reconhecê-lo permite sentar as bases para o entendimento do cuidado enquanto um direito universal, em consonância com avanços progressivamente alcançados em outros países.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/67645AS CLASSES SOCIAIS NA TEORIA DE ERIK OLIN WRIGHT E O PROGRAMA MARXISTA DE PESQUISA CIENTÍFICA 2023-09-25T20:29:02-03:00Mateus Moretti Gomes de Azevedomateusmga@hotmail.comPaula Regina Pereira Marcelinoprpmarcelino@gmail.com<p>O tema do artigo é a teoria das classes sociais de Erik Olin Wright. Nosso objetivo é avaliar, a partir do programa de pesquisa marxista elaborado pelo sociólogo Michael Burawoy, quais aspectos específicos e conceitos da obra de Wright possuem maior relevância e consistência no tratamento de dois temas presentes em um dos postulados teóricos centrais do marxismo: aquele que afirma que a luta de classes é o motor da história. Os dois temas são: a) o papel das classes na reprodução e na transição entre modos de produção e b) o problema das classes médias para o marxismo, isto é, a expansão de posições interpostas entre burguesia e proletariado na<br />divisão social do trabalho em sociedades capitalistas avançadas. Defenderemos a tese de que Wright, ao se apropriar da problemática da estratificação social em sua teoria de classes, acaba se afastando do postulado central do marxismo que é aquele da luta de classes como motor da história. Isso ocorre porque Wright abandona a tese da constituição relacional das classes sociais — ou seja, a ideia de que elas se constituem através da contradição de interesses determinados pela sua posição na divisão social do trabalho —, assim como abandona as ideias de polarização e de conflito político transformador, contidas na base da teoria de classe marxista. O artigo foi elaborado a partir de uma pesquisa de natureza bibliográfica e teórica.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/68139APRESENTAÇÃO2023-09-30T10:27:34-03:00Alicia Ferreira Gonçalves aliciafg1@gmail.comMaría Elena Martínez-Torres desal@laneta.apc.org<p>Apresentação do dossiê 59</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66530DILEMAS DE COPRODUÇÃO2023-04-28T14:43:35-03:00Manuel Rosaldomanuel.rosaldo@gmail.com<p>No serviço público, sob quais condições a colaboração entre trabalhadores informais e o Estado leva a sinergias socialmente benéficas e quando podem intensificar as desigualdades? Este artigo, baseado em 14 meses de pesquisa etnográfica, trata dessa questão por meio de um estudo de caso comparativo de duas tentativas de coproduzir serviços de reciclagem em São Paulo. A primeira, um esforço de organização de base nos anos 1980 e 1990, melhorou a renda e as condições de trabalho de centenas de catadores e inspirou uma proliferação de organizações de catadores por todo o país. A segunda, uma ambiciosa revisão da gestão dos resíduos sólidos no início dos anos 2000, gerou cerca de 1.500 empregos, mas, na prática, excluiu a população de catadores de rua que pretendia beneficiar. A pesquisa sugere que a coprodução tem maior probabilidade de levar a resultados pró-pobres se forem feitos esforços para nivelar desigualdades entre os participantes pobres e outros, mais poderosos, durante os processos de projeto e implementação da política pública.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/69154Editorial2024-01-19T11:03:42-03:00Maurício Rombaldimauricio.rombaldi@gmail.comMiqueli Michettimiquelimichetti@gmail.com<p>Editorial da Edição 59</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/67729DIÁLOGOS DE SABERES: 2023-08-23T16:43:56-03:00Alícia Ferreira Gonçalvesaliciafg1@gmail.comMaria Elena Martines Torresaliciafg1@gmail.comMaria Elena Martinez Torres desal@laneta.apc.orgNathan Galdino Potiguara nathanpotiguara@hotmail.com<p>Em 2012 entra em vigor o Decreto n° 7.747/2012 – fruto de uma articulação interministerial e da pressão de movimentos indígenas instituindo a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Indígena (PNGATI) a ser executada mediante o Plano de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PGTA). A partir deste contexto jurídico e político, e, a partir da aproximação espontânea entre a comunidade potiguara e o <em>Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Sociedade & Ambiente</em> (GIPCSA) vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), se cria um espaço de interculturalidade entre pesquisadores, estudantes e indígenas, incluindo suas lideranças, os caciques, que se materializa neste artigo elaborado a partir do diálogo de saberes entre a(s) pesquisadora(s) e à época o cacique e atualmente liderança indígena.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/66487FAZENDO ARTE, MUITA POLÍTICA, E SONHANDO COM A REVOLUÇÃO: 2023-04-24T01:01:40-03:00Rodrigo Freire de Carvalho e Silvarfreirecs@hotmail.comGregória Benário Lins e Silvagbenario@hotmail.com<p class="paragraph" style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; line-height: 150%; vertical-align: baseline;"><span class="normaltextrun">A presente entrevista retrata a história de vida de Agamenon Travassos Sarinho, um dos principais militantes do PCdoB na Paraíba a partir dos anos 1970, atuando na reorganização partidária entre a ditadura militar e a transição para a democracia. Trata-se, portanto, de um documento importante sobre a história do PCdoB e da esquerda paraibana. Agamenon rememorou as principais lutas e orientações do PCdoB no período, vivenciadas na Paraíba, além da sua atuação no enfrentamento à ditadura e na construção da democracia no Brasil, seja no movimento estudantil nos anos mais duros da ditadura, seja no movimento sindical na UFPB já na redemocratização. Agamenon também tratou da resistência da juventude de João Pessoa à ditadura pela arte engajada, com o teatro estudantil. </span>Agamenon faleceu em 03 de dezembro de 2022. Seguia firme na luta pelo socialismo e no partido ao qual dedicou sua vida, ocupando, na ocasião, a Secretaria de Organização do PCdoB paraibano. Esta entrevista foi realizada em 23 de abril de 2020, por videoconferência.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociaishttps://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/65997A SOCIOLOGIA DO TRABALHO VAI AOS MERCADOS POPULARES2023-03-01T17:58:58-03:00Tiago Magalditmgranato@gmail.com<p>Resenha do livro de Felipe Rangel, <em>A empresarização dos mercados populares: trabalho e formalização excludente</em>. Belo Horizonte: Fino Traço, 2021. Nela reconstruo o argumento do autor e teço algumas considerações críticas, com foco particular nos diálogos pouco explicitados com a opinião de “senso comum” sobre mercados populares como caóticos, sujos e fonte de ilegalidades e com certa perspectiva marxista que informa boa parte dos estudos brasileiros do trabalho.</p>2024-01-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Política & Trabalho: revista de ciências sociais