OS PRESSUPOSTOS SÓCIO-ONTOLÓGICOS DA TEORIA CRÍTICA:

UM EXERCÍCIO DE AUTORREFLEXÃO

Autores

  • Leonardo da Hora Pereira

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v10i4.49655

Palavras-chave:

Teoria Crítica, Ontologia social, Autorreflexividade, Crítica imanente

Resumo

Neste artigo, procuramos defender a ideia de que o campo da ontologia social pode e deve interessar ao campo da teoria crítica. Para tanto, ressaltamos que uma teoria social que se pretende autorreflexiva não pode deixar de refletir sobre seus próprios pressupostos sócio-ontológicos. Sendo assim, num primeiro momento, procuraremos mostrar como a teoria crítica precisa pressupor uma ontologia social processual, na medida em que precisa encarar a mudança social como algo ontologicamente consistente. Num segundo momento, mostraremos que ela precisa igualmente lidar com pressupostos ontológicos substancialistas para compreender os obstáculos à emancipação. Por fim, sublinharemos os desafios que se colocam à compatibilização desta dupla perspectiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leonardo da Hora Pereira

Professor de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Doutor em Filosofia pela Universidade de Paris-Nanterre (França) com bolsa da CAPES.

Referências

ADORNO, T. W. Dialética negativa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
______. Crítica cultural e sociedade. In: ______. Prismas: crítica cultural e sociedade. São Paulo: Ática, 1998.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialektik der Aufklärung: philosophische Fragmente. Frankfurt: Suhrkamp, 1997.
BALIBAR, E. La philosophie de Marx. Nouv. éd. Paris: La Découverte, 2001.
BOURDIEU, P. Esquisse d’une theorie de la pratique. Paris: Seuil, 2000.
COHEN, J. Class and civil society: the limits of Marxian critical theory. Cambridge: MIT Press, 1982.
DARDOT, P.; LAVAL, C. Marx, prénom: Karl. Paris: Gallimard, 2012.

DURKHEIM, E. Les règles de la méthode sociologique. 14e éd. Paris: PUF, 2013.
GOFFMAN, E. Frame analysis: an essay of the organization of experience. Cambridge: Harvard University Press, 1974.
FISCHBACH, F. Philosophies de Marx. Paris: Vrin, 2015.
HABERMAS, J. Theorie des kommunikativen Handelns: Bd 2 – Zur Kritik der funktionalistischen Vernunft. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1981.
______. Technik und Wissenschaft als “Ideologie”. Frankfurt: Suhrkamp, 1969.
HEGEL, G. W. F. Gesammelte Werke. Bd. 11. Hamburg: Felix Meiner, 1968.
HORKHEIMER, M. Traditionelle und kritische Theorie. In: ______. Gesammelte Schriften. Bd 4. Frankfurt am Main: Fischer, 2009.
______. A presente situação da filosofia social e as tarefas de um Instituto de Pesquisas Sociais. Revista Praga, n. 7. São Paulo: Hucitec, 1999.
JAEGGI, R. Entfremdung. Frankfurt am Main: Campus Verlag, 2005.
JOAS, H. Die Kreativität des Handelns. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1996.
LÉVI-STRAUSS, C. Anthropologie structurale. Paris: Pocket, 2003.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro 1, tomo 1. Trad. Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo: Abril Cultural, 1996. (Os Economistas).
______. O capital. Livro 3, tomo 2. São Paulo: Nova cultural, 1986. (Os Economistas).
NOBRE, M. A teoria crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. (Filosofia Passo-a-Passo).
RENAULT, E. Critical theory and processual social ontology. Journal of Social Ontology. Vol. 2, n. 1, p. 17-32, 2016.
SEARLE J. The construction of social reality. New York: Free Press, 1997.
STAHL, T. Immanente Kritik: Elemente einer Theorie sozialer Praktiken. Frankfurt: Campus Verlag, 2013.
______. Habermas and the project of immanent critique. Constellations, Vol. 20, n. 4, p. 533-552, 2013.

Downloads

Publicado

16-12-2019