Tecnologias sociais e adaptação climática:
sinergias entre agendas para o enfrentamento das mudanças climáticas no semiárido brasileiro
Palavras-chave:
Mudanças climáticas. Semiárido. Tecnologias sociais. Adaptação.Resumo
O cenário de vulnerabilidades que evidenciam os efeitos das mudanças climáticas no semiárido brasileiro, como os recorrentes e prolongados períodos de seca, revelam o importante desafio de responder a esses eventos climáticos. Medidas de mitigação e adaptação, conhecidas como “tecnologias sociais”, estão sendo consideradas como possíveis alternativas de resposta, possibilitando melhores condições de enfrentamento e adaptabilidade das ameaças climáticas nesta localidade. Nesta perspectiva, este artigo tem como objetivo compreender a contribuição das tecnologias sociais para a adaptação climática na região semiárida brasileira. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa fundamentada em levantamento bibliográfico e pesquisa documental. Entre os resultados obtidos, foi compreendido que as tecnologias sociais contribuem para a redução das vulnerabilidades na região semiárida, contudo é necessário refletir sobre os diversos fatores que influenciam esta capacidade adaptativa.
Downloads
Referências
BARBI, Fabiana. Governando as mudanças climáticas no nível local: riscos e respostas políticas. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campina – SP, 2014.
BRASIL. Índice de vulnerabilidade aos desastres naturais relacionados às secas no contexto da mudança do clima / Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacional, WWF-Brasil. – Brasília, DF: MMA, 2017.
BRASIL. Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima: volume 2: Estratégias setoriais e temáticas. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Mudança do Clima e Florestas. – Brasília, DF, 2016. Disponível em: < https://www.mma.gov.br/clima/adaptacao/plano-nacional-de-adaptacao > Acesso em: Jan. 2019.
BRASIL. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais. 1991-2010. Florianópolis-SC: CEPED UFSC, 2011.
BROOKS, N. Vulnerability, risk and adaptation: a conceptual framework. Tyndall Centre for Climate Change Research. Working Paper, n.38, 2003.
CAMPOS, José Nilson Bezerra. A evolução das políticas públicas no Nordeste. MAGALHÃES, AR a questão da água no Nordeste. Brasília: CGEE, 2012. p. 261-87.
CARVALHO, L. D. Ressignificação e reapropriação social da natureza: práticas e programas de “convivência com o semiárido” no território de Juazeiro-Bahia. (Tese de Doutorado em Geografia). Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de Sergipe. 2010. 342 p.
CORREIA, R. C. et al. A região semiárida brasileira. Embrapa Semiárido, 2011. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/54762/1/01-A-regiao-semiarida-brasileira.pdf-18-12-2011.pdf >. Acesso em: Jan. 2019.
DAGNINO, R.; BRANDÃO, F.C.; NOVAES, H.T. Sobre o marco analítico conceitual da tecnologia social. In: LASSANCE Jr...et al. Tecnologia Social – uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, 2004, p.15 a 64.
DARELA FILHO, J. P.; LAPOLA, D. M.; TORRES, R. R.; LEMOS, M. C. Socio-climatic hotspots in Brazil: how do changes driven by the new set of IPCC climatic projections affect their relevance for policy? Climatic Change, 136, 413-425, 2016.
DIAS, Rafael de Brito. Tecnologias sociais e políticas públicas: lições de experiências internacionais ligadas à água. Inclusão Social, v. 4, n. 2, 2011.
EAKIN, H. et al. Differentiating capacities as a means to sustainable climate change adaptation. Global Environmental Change, v. 27, p. 1-8, 2014.
EBI KL, HARTMAN J, CHAN N, MCCONNELL J, SCHLESINGER M, WEYANT J. Climate suitability for stable malaria transmission in Zimbabwe under different climate change scenarios. Clim Change. 2005;73:375–393.
FERNÁNDEZ, L., Ventura, A. C., Lumbreras, J., Andrade, J. C. S. Synergies and trade-offs between climate change mitigation and adaptation strategies: lessons from Social Technologies in the semiarid region of Bahia, Brazil. Climate and Development. 2013.
GIDDENS, A. A política da mudança climática. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
HILL, M., NATHAN, C. Adaptive Capacity of Water Governance Arrangements: A Comparativa Study of Barriers and Opportunities in Swiss and US States. Regional Environmental Change, 2013.
ITS - INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL. Caderno de debate Tecnologia Social. São Paulo: ITS Brasil, 2004. Disponível em: < http://itsbrasil.org.br/wp-content/uploads/2018/02/ebook_TSintroducao.pdf> Acesso em: Jan. 2019.
IPCC – INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. Fifth Assessment Report: Climate Change 2013. Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge. Press, 2013.
. Four Assessment Report: Climate Change 2007: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Group II to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), 2007.
IPCC. Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Contribution of Working Group II to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Edited by C. B. Field et al. Cambridge/New York, Cambridge University Press/IPCC, 2014.
KUNDZEWICZ, Z.W.; Matczak, P. Hydrological extremes and security. In: Hydrological Sciences and Water Security: Past, Present and Future (ed. by Cudennec, C. et al.), PIAHS 366, 2015, 44–53. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/276901531_Hydrological_extremes_and_security > Acesso em: Jan. 2019.
KÜSTER, A.; Martí, J. F.; Melchers, I. Tecnologias Apropriadas para Terras Secas - Manejo sustentável de recursos naturais em regiões semiáridas no Nordeste do Brasil. Fortaleza: Fundação Konrad Adenauer, GTZ, 2006. 212p. Disponível em: < https://www.kas.de/c/document_library/get_file?uuid=f074f040-a439-bfa5-e249-c19d6be9c259&groupId=252038 > Acesso em: Jan. 2019.
LUCENA, A.F.P., SZKLO, A.S., SCHAEFFER, R., 2010b, “Least-cost adaptation options for global climate change impacts on the Brazilian electric power system”. Global Environ. Change, Article in Press, 01.004, 2010.
MALVEZZI, R. Semi-árido: uma visão holística. Brasília: Confea, 2007. (Série Pensar o Brasil e Construir o Futuro da Nação).
MARANDOLA Jr., Eduardo et al . Crescimento urbano e áreas de risco no litoral norte de São Paulo. Rev. bras. estud. popul., São Paulo , v. 30, n. 1, p. 35-56, June 2013 . Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982013000100003&script=sci_abstract&tlng=pt > Acesso em: Jan. 2019.
MARENGO, J. A. Vulnerabilidade, impactos e adaptação à mudança do clima no semi-árido do Brasil. Parcerias Estratégicas. Brasília, v.13, n. 27, p.149-176, 2008. Disponível em: < http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/view/329 > Acesso em: Jan. 2019.
MCBEAN, G.; Rodgers, C. Climate Hazards and Disasters: the need for capacity building. Wiley Interdisciplinary Reviews, v. 1, n. 6, p. 871-884, 2009. Disponível em: < https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/wcc.77 > Acesso em: Jan. 2019.
MILLY, P. C. D.; et al. Stationarity Is Dead: Whither Water Management?SCIENCE Vol 319. 2008.
NEVES, J. A. Um índice de susceptibilidade ao fenômeno da seca para o Semiárido nordestino. Tese de Doutorado em Matemática Computacional. UFPE, Recife-PE, 2010.
OJIMA, Ricardo. A vulnerabilidade socioambiental como conceito interdisciplinar: avanços e potencialidades para pensar mudanças ambientais. Revista Cronos, [S.l.], v. 13, n. 1, p. 110 - 120, ago. 2014. Disponível em: < https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/5627 > Acesso em: Jan. 2019.
PONTES, Emílio Tarlis Mendes. Transições paradigmáticas: do combate à seca à convivência com o semiárido nordestino, o caso do programa um milhão de cisternas no município de Afogados da Ingazeira PE. 2010. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
SÁ, V. C. ; Souza, B. I. . Convivência com o semiárido: Desafios e possibilidades de uma comunidade rural. Revista de Globalizacion, Competitividad y Gobernabilidad , v. v.6, p. 46-65, 2012. Disponível em: < https://gcg.universia.net/article/download/427/553> Acesso em: Jan. 2019.
SANTOS, J. E. Estratégias de convivência para a conservação dos recursos naturais e mitigação dos efeitos da desertificação no semiárido. In: BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Desertificação e mudanças climáticas no semiárido brasileiro. Campina Grande, PB: Insa-PB, 2011.
SILVA, N. P. N. et. al. Dinâmica espaço-temporal da vegetação no semi-árido de Pernambuco. Revista Caatinga, v. 22, n. 4, 2009. Disponível em: < https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/download/1405/pdf/ > Acesso em: Jan. 2019.
THOMAS, H. E. Tecnologias para Inclusão Social e Políticas Públicas na América Latina. IN: OTTERLOO, Aldalice. Tecnologias sociais: caminhos para a sustentabilidade. Brasília-DF: Rede de Tecnologia Social, 2009.
VENTURA, A. C.; Fernández, L.; Andrade, J. C. S. Tecnologias Sociais para Enfrentamento às Mudanças Climáticas no Semiárido: Caracterização e Contribuições. Rev. Econ. NE, Fortaleza, v. 44, n. especial, p. 213-238, jun. 2013. Disponível em: < https://ren.emnuvens.com.br/ren/article/view/29 > Acesso em: Jan. 2019.
Downloads
Publicado
Versões
- 13.06.2023 (3)
- 13.06.2023 (2)
